Onimusha 2 capa

Review Onimusha 2: Samurai’s Destiny Remaster (Switch) – Limitado mas ainda divertido

A Capcom traz de volta um dos títulos mais queridos do início dos anos 2000 com o lançamento de Onimusha 2: Samurai’s Destiny Remaster. O game original chegou em 2002, apostando em combates intensos, ambientação inspirada no Japão feudal e toques sobrenaturais. Agora, em 2025, o título retorna com visuais aprimorados, melhorias de jogabilidade e um polimento geral que tenta equilibrar o charme retrô com expectativas modernas.

Desenvolvimento: Capcom
Distribuição: Capcom
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura
Classificação: 16 anos (Violência, Drogas Lícitas)
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, PC, Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5
Duração9 horas (campanha)

Gráficos e performance atualizados

Visuais repaginados com suporte a widescreen
Visuais repaginados com suporte a widescreen

A primeira grande mudança visível está na parte técnica. O remaster roda em 1080p com desempenho a 60 quadros por segundo, garantindo uma fluidez que o original jamais teve. Os visuais foram levemente retocados: os modelos de personagens estão mais nítidos, e as animações foram suavizadas sem perder o estilo artístico da época. Ainda assim, Onimusha 2 não tenta modernizar demais o visual, o que funciona a favor da autenticidade — destaque como uma escolha consciente da Capcom.

Melhorias que tornam o jogo mais acessível

Combate ainda é bem competente no dias atuais
Combate ainda é bem competente no dias atuais

Alguns aprimoramentos de qualidade de vida tornam a experiência mais acessível hoje. Além dos gráficos e performance, há mudanças sutis e eficazes: os controles estão mais responsivos por conta da performance, o sistema de salvamento está menos punitivo e a interface de usuário foi modernizada. Transições de cenas foram otimizadas, diminuindo tempos de carregamento, e alguns menus foram redesenhados para facilitar o entendimento.

Essas mudanças fazem com que o remaster se sinta mais fluido, sem alterar o núcleo da experiência — algo muito valorizado pelos fãs de longa data.

Fidelidade na jogabilidade

Podemos melhorar habilidades e salvar nos pontos de salvamento
Podemos melhorar habilidades e salvar nos pontos de salvamento

A jogabilidade foi preservada quase totalmente, o que é uma faca de dois gumes. O combate ainda exige atenção ao tempo de execução, com ênfase em contra-ataques e no uso estratégico de itens. As câmeras fixas e os fundos pré-renderizados permanecem, o que pode parecer estranho para quem começou a jogar após a era PlayStation 2.

No entanto, essa decisão é parte essencial da identidade da série. É importante destacar que o remaster não tenta modernizar a estrutura ou reimaginar sistemas — ele apenas refina o que já existia.

Atmosfera e Trilha Sonora Imersivas

Câmera fixa às vezes atrapalha
Câmera fixa às vezes atrapalha

O game continua sendo um deleite para quem aprecia ambientações históricas com um toque sobrenatural. A história acompanha o guerreiro Jubei Yagyu em sua missão para vingar a morte de sua vila e enfrentar o exército demoníaco de Nobunaga Oda. A trilha sonora foi remasterizada discretamente, respeitando as composições originais, mas com ganho em clareza e profundidade sonora. A ambientação permanece densa, com vilarejos abandonados, cavernas místicas e castelos imponentes compondo o cenário da jornada.

O fator nostalgia é um dos pontos mais fortes do remaster, como ressaltado. Ele compartilha memórias da época do lançamento original, destacando o quanto Onimusha 2 marcou sua infância e influenciou sua paixão por jogos de ação. Para esse público, revisitar esses cenários com um polimento moderno pode ser uma experiência emocional e reconfortante — quase como folhear um álbum de fotos antigo.

Veredito Final: Um Resgate Bem Executado

Onimusha 2: Samurai’s Destiny Remaster é uma carta de amor aos fãs. Ele não tenta reinventar ou modernizar radicalmente, e justamente por isso funciona tão bem. Em vez disso, entrega uma experiência fiel, com melhorias suficientes para facilitar a vida de quem joga em 2025, sem apagar o DNA do original. Final, se trata de um remaster e não um remake. Para quem jogou lá em 2002, é uma oportunidade de reviver a história com conforto. Para novos chegados, pode ser um mergulho fascinante numa era onde o design era mais rígido, mas cheio de personalidade e desafio por conta de decisões da época.

Onimusha 2: Samurai’s Destiny Remaster

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Suporte a widescreen
  • Gráficos atualizados
  • Legendas em PtBR
  • Combate ainda é bem bom
  • Duas opções de controle da câmera

Contras

  • Câmera fixa não ajuda, às vezes
  • Sistema de save não é dos melhores