Pumpkin Jack é uma aventura em terceira pessoa onde o jogador controla Jack, uma abóbora que foi enfeitiçada e colocada no corpo de um ser humano. A história conta com uma odisseia extremamente bem feita, com cenários e inimigos de outro mundo.
Desenvolvimento: Nicolas Meyssonnier
Distribuição: Headup Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Ação
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataforma: Xbox One, PS4, PC e Switch
Duração: 4 horas (campanha)/6 horas (100%)
Enigmas de perder a cabeça, literalmente
Em Pumpkin Jack, além de pular entre plataformas e fazer parkour em um cenário 3D completamente amedrontador e escuro (às vezes até demais). Em algumas partes, o jogador viaja pelo mapa em um carro de mina, estilo montanha russa, essa viagem é extremamente divertida e desafiadora, porém a câmera em terceira pessoa atrapalha a visão em alguns momentos, ficando muito baixa e impedindo de enxergar o caminho a frente causando a morte do jogador. Além de tudo, após a morte de Jack, existe um longo loading, que pode ser inconveniente principalmente quando o intervalo entre as mortes é muito curto.
Nos níveis são encontrados alguns enigmas e neles o personagem principal tira sua cabeça e a controla. Esses desafios são medianos, isso é, se o jogador já tem costume em quebrar a cabeça ou já jogou outros títulos com essa mecânica, e essas etapas podem se tornar fáceis – no entanto, a diversão permanece a mesma.
Um órgão dentro de casa
A trilha sonora é um elemento extremamente importante tanto para criar um clima quanto para gerar emoção. O jogo utiliza as músicas para causar esses dois efeitos, as músicas de halloween estão por toda parte, gerando uma adrenalina no jogador e parece como se alguém estivesse tocando um órgão ao seu lado, principalmente durante as partes de ação, em que a trilha se torna mais intensa. Além do mais, a composição musical é originalmente desenvolvida por Nicolas Meyssonnier apresentando músicas originais ou até mesmo já conhecidas, mas com um toque arrepiante.
A vida de Jack é relativamente alta visto que o jogador consegue recuperá-la nos checkpoints ou quebrando alguns objetos pelo cenário, como caixas e barris. A luta com os chefes é boa e cada batalha se adapta a característica do boss, ao final Jack é recompensado com uma arma diferente e cada arma conta com uma sequência de combos diferentes e possuem uma característica específica.
Jogar no switch é bom?
Normalmente, um jogo 3D com bons gráficos não rodam muito bem no híbrido da Nintendo, tanto por conta da portabilidade quanto pelo hardware. No modo portátil, os gráficos são reduzidos para 900p e o jogador consegue visualizar um serrilhado, isso pode dificultar a visualização do mapa, principalmente durante os saltos em que é necessário mais precisão. Já no modo TV a imagem melhora um pouco, o gráfico aumenta para 1080p e o serrilhado diminui consideravelmente, porém algumas quedas de frames acontecem, especialmente em locais que apresentam mais elementos como árvores, pequenas partículas e fogo em excesso.
No PC, por mais que necessite de um computador relativamente bom, o fps se mantêm em 60 sendo possível chegar até 120 frames. Contudo, a qualidade gráfica não muda muito, exceto se o equipamento possui uma placa da Nvidia capaz de utilizar Nvidia Physx ou Ray Tracing. Esses recursos de imagem vão mudar os detalhes como, por exemplo, os reflexos, texturas e sombras. Apesar de bastante impressionante, são detalhes meramente visuais, que vão encher os olhos apenas daqueles que são vidrados em recursos gráficos.
Temática diferente, jogo para todas as épocas
Pumpkin Jack é extremamente divertido e repleto de ação, a experiência foi extremamente agradável e me surpreendeu bastante. Mas nem tudo são flores, a escuridão exagerada do mapa e falta de controle de brilho atrelado, a câmera mal colocada durante as partes do carro de mina e o serrilhado exagerado no Switch atrapalham a jogatina, contudo tudo isso pode ser corrigido posteriormente em algum patch.
Jack é um personagem extremamente carismático e a história é linear. Além disso, é possível coletar itens colecionáveis e trocá-los por skins, o que aumenta o fator replay e a diversão – quem não gosta de coletar todos os itens e liberar todas as skins para seu personagem? Por fim, o cenário é extremamente bem feito e tudo se encaixa perfeitamente na temática. Apesar do conteúdo voltado para o Halloween, o jogo é extremamente atemporal, sendo possível jogá-lo em qualquer época.
Esta review foi feita com uma cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Bia Bock