Temos visto o retorno dos RPGs estratégicos para as plataformas atuais. Isso vale tanto para novos títulos como para remasters, como Record of Agarest War. O título produzido pela Compile Hearts é extremamente divertido e competente naquilo que se oferece, além de possuir muita coisa para se fazer.
Desenvolvimento: Compile Hearts
Distribuição: Aksys Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Estratégia, RPG
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: Switch
Duração: 75 horas (campanha)/168 horas (100%)
Uma guerra de gerações
Nossa jornada começa com o herói Leonhardt, mas ele acaba perecendo ao tentar salvar a vida de uma jovem elfa. Então, quando tudo parece perdido, Dyshana aparece e oferece um pacto ao herói: sua alma e de seus descendentes ou a morte. Começando, assim, a nossa jornada.
Record of Agarest War tem uma história bastante densa. O mundo onde se passa a trama possui eventos bastante elaborados, e o enredo visto no game segue por esse caminho. Em determinados momentos precisamos realizar algumas escolhas. Elas afetam diretamente o relacionamento do personagem que estamos usando com as moças do grupo. Isso vai ao encontro de um medidor que pode alternar entre as trevas, neutro e luz. Isso segue até o momento em que o personagem usado precisa partir, deixando espaço para seu filho, que varia de acordo com o interesse amoroso escolhido.
Uma das coisas que mais senti falta no game foram as legendas em português. Há tanta coisa para ver, tantas histórias e pontos para aprender que, caso você não domine o inglês, acabará passando despercebido. Ainda mais quando se tem tantos diálogos e linhas para ler.
Espada geracional
Fique tranquilo, pois todo o progresso de uma geração passa para a outra e nada é perdido. A única coisa que muda ao escolher determinada esposa é a aparência do seu herdeiro. Agora vamos para a parte divertida: o combate.
As lutas ocorrem em arenas no estilo tabuleiro e é dividida em duas partes: a movimentação e a ação. Cada casa a mais que o personagem se move, ele recebe menos pontos de AP (Action Points, pontos de ação em tradução literal), mas pode receber um bônus caso tenha uma ligação com outros personagens no campo.
Esses pontos são usados para realizar ações, ou seja, usar um item, atacar, entre outros. É possível usar vários movimentos enquanto tivermos AP, mas algumas habilidades precisam de SP (Special Points, pontos especiais em tradução literal). Ganhamos 5 deles por ação realizada, como, por exemplo, esquiva, contra-ataque e outros. O mesmo vale para os inimigos.
A movimentação no mapa ocorre em pontos de interesse, e há batalhas aleatórias, então fique preparado. Temos a possibilidade de visitar cidades para melhorar armas, comprar equipamentos, ressuscitar uma unidade caída e outras. Eventualmente iremos visitar locais onde poderemos explorar. Lá os nossos pontos de vida não se recuperam após cada luta, e é preciso manejar bem, já que, eventualmente, erramos golpes de maneira extremamente idiota.
Todas às vezes em que ganhamos níveis somos agraciados com alguns pontos que podem ser usados nos personagens. Com isso podemos melhorar seus atributos, mas é preciso estar sempre de olho também nos equipamentos e mantê-los sempre maximizados.
Um remaster de respeito
Por ter sido lançado na geração do PlayStation 3 e do Xbox 360, sua transição para o Nintendo Switch foi bastante satisfatória. Claro que podemos ver que não foi usado todo o poder do híbrido da Big N, mas a qualidade ficou muito boa. Tanto o combate quanto o desenvolvimento da história são muito divertidos, mas a falta de uma legenda em português com certeza afastará possíveis jogadores. Ainda assim, recomendo-o para os amantes do gênero, que vão se divertir por muitas horas.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong