Capa de Resident Evil 4

Review Resident Evil 4 (macOS) – Aprendendo com o erros

Após o lançamento de Resident Evil Village para iPads com chips M1, iPhone 15 Pro e 15 Pro Max, agora é a vez do remake de Resident Evil 4 chegar às lojas, junto com a versão de computadores da Apple, e finalizar a agenda da Capcom para o ano de 2023. Estes jogos vieram para mostrar a capacidade de rodar jogos extremamente detalhados nestes aparelhos e o interesse da desenvolvedora em disponibilizar seus títulos no máximo de plataformas possíveis, permitindo que os usuários escolham onde e quando jogar.

Testes realizados em um Macbook Pro M1 Pro com 16GB de RAM e um iPad Air de 5a geração

Desenvolvimento: Capcom
Distribuição: Capcom
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Tiro, Terror
Classificação: 18 anos
Português: Dublagem, legendas e interface
Plataforma: Xbox One, PS4, PS5, Xbox Series X|S, PC, iOS
Duração: 16 horas (campanha)/59 horas (100%)

O retorno de Leon

O retorno de Leon S Kennedy
Leon S Kennedy está de volta

Após os eventos de Resident Evil 2, Leon S. Kennedy é submetido a um treinamento militar pesado para proteção dos Estados Unidos, sendo inclusive um dos principais guarda-costas do presidente. Por conta disso, ele recebe um pedido do político para buscar sua filha, que foi raptada e levada para uma vila no interior da Espanha.

Chegando ao local indicado, Leon descobre que algo de estranho está acontecendo com os moradores. Eles atacam de forma extremamente violenta e com intenção de matar qualquer um que venha de fora dela. Além disso, o protagonista percebe que há algum tipo de praga infectando os moradores, transformando alguns em seres extremamente asquerosos e ainda mais perigosos.

Versão para macOS

Foto tirada da versão de macOS
Foto de exemplo da versão de macOS

A versão para Macs com chips M1 não possui grandes diferenças em comparação com a versão de Windows. O jogador pode optar por jogar com mouse/teclado ou um controle de Xbox ou Playstation, podendo customizar sensibilidade, velocidade de mira, assistência de mira e layout dos botões.

Já nas opções de qualidade gráfica, há uma gama gigantesca de opções para customizar como preferir, já presentes em jogos anteriores da série nos computadores. É possível escolher níveis de qualidade de textura, iluminação, ambiente, HDR e muito mais. Se o jogador não tiver conhecimento destas configurações e estiver com receio de alterar por conta própria, há opções pré-definidas para priorizar desempenho ou qualidade.

A única exclusividade desta versão é o MetalFX Upscaling, que permite utilizar os gráficos de uma resolução mais baixa e processá-los em resolução 4K sem exigir demais da placa de vídeo e entregar um desempenho melhor em processadores mais básicos. Como ele produz uma imagem mais borrada, não é recomendado ativar se seu dispositivo possuir um chip mais potente e com maior capacidade gráfica, como os chips Pro, Max ou Ultra.

A versão de dispositivos móveis

Foto tirada da versão iOS/iPadOS
Imagem de demonstração da versão de iPad

Já na versão para iPad e iPhone, temos uma versão bem diferenciada e parecida com o port de Resident Evil Village. Por padrão, os controles são botões virtuais presentes na tela, o que pode ser bastante desconfortável para enxergar parte da tela ou controlar em telas grandes com as duas mãos. Por isso, a própria Capcom recomenda fortemente que o jogador conecte um controle Bluetooth e utilize esta opção.

As texturas desta versão são obviamente inferiores e a taxa de quadros é fixa em 30 quadros por segundo. Diferente do jogo anterior, as opções de customização gráfica foram totalmente removidas, então não há como customizar absolutamente nada. Possivelmente, estas opções estavam causando mais dificuldades de entregar uma experiência aceitável aos jogadores e a empresa decidiu remover desta vez, ainda mais que Resident Evil 4 ocupa um espaço bem maior que o antecessor.

Conteúdo extra também disponível

Imagem de Ada na expansão Caminhos Distintos

Nesta versão, todos os bônus e extras presentes nas versões de consoles também estão disponíveis. Portanto, o jogador poderá comprar melhorias, tickets do mercador para evoluir armas, roupas novas e muito mais conforme avança o jogo e completa a lista de desafios que o jogo fornece. O modo Os Mercenários também está disponível logo de cara.

É permitido jogar um pequeno trecho sem custo nenhum ao jogador, como uma demonstração. Caso o jogador se sinta satisfeito, só comprar a versão completa dentro do próprio aplicativo. Assim como as versões citadas acima, o episódio Caminhos Distintos é uma compra separada do jogo base e não é necessário terminar a história principal para jogar, ainda que seja recomendado.

Feedback dos fãs foi ouvido

Em Resident Evil Village para iOS e iPadOS, muitas pessoas criticaram estas versões em relação à forma que o jogo foi lançado e seu desempenho. Desta vez, a Capcom ouviu com atenção e felizmente corrigiu boa parte deles de forma satisfatória.

O ponto mais criticado foi que, como Village para portáteis foi lançado muito depois da versão de computadores, eles se tornaram dois aplicativos distintos e era necessário comprá-lo duas vezes: uma para computadores e uma para celulares/tablets. Desta vez, o lançamento foi simultâneo em ambas as plataformas e é um aplicativo universal. Ou seja, basta comprar uma única vez e ele estará disponível para ambas plataformas.

Consequentemente, isto também leva a resolver outro ponto que foi bastante criticado: a incompatibilidade de saves entre Macs e iPhones. Agora, o jogador poderá fazer o upload do save dentro do jogo e baixá-lo em outro aparelho para prosseguir de onde parou sem problema algum. 

Por conta destas melhorias e correções feitas, Resident Evil 4 é com certeza uma versão muito melhor em comparação a Resident Evil Village. Apesar de alguns engasgos na versão portátil, ainda é uma conversão bastante impressionante e mostra que a desenvolvedora está no caminho certo e irá entregar produtos cada vez melhores no futuro.

Cópia de macOS cedida pelos produtores do jogo

Revisão: Julio Pinheiro

Resident Evil 4

9.5

Nota final

9.5/10

Prós

  • Jogo supera o original
  • Compra universal
  • Cross-save disponível para todos os aparelhos

Contras

  • Alguns travamentos leves na versão de iOS/iPadOS