Superliminal é um aclamado indie de puzzle game que foi lançado para PS4, Xbox One e PC em novembro de 2019 e chegou para o Switch em julho de 2020. Nele o jogador controla um personagem numa câmera em primeira pessoa durante vários cenários criados por uma máquina virtual.
Desenvolvimento: Pillow Castle Games
Distribuição: Pillow Castle Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Puzzle
Classificação: Livre
Português: Interface e Legendas
Plataforma: Switch, PS4, Xbox One e PC
Duração: 2.5 horas (campanha)/4.5 horas (100%)
Brincando com sua mente
Em Superliminal, o personagem principal está numa clínica de terapia do sono e o tratamento é, nada mais nada menos, que visualizar os sonhos dos pacientes e, assim, identificar o que se passa na cabeça dele, desde a parte mais externa até o subconsciente. O jogo começa já dentro do sonho de seu personagem, e uma doutora te explica toda a situação e começa a testá-lo, e é aqui que começam os jogos mentais que vão lidar, não só com a forma que sua cabeça processa elementos, mas também com o raciocínio lógico do ser humano.
A principal mecânica é alterar a proporção dos objetos colocando eles mais longe ou mais perto da câmera, e todos os primeiros testes são feitos dessa forma com diferentes objetos. Durante a gameplay, o level design força o jogador a aprender várias situações e possibilidades de se manipular um objeto, por conta da alta dificuldade, parece que Superliminal quer fixar todos os conceitos básicos inicialmente, para aí sim apresentar outra forma de lidar com os desafios .
Duvide de qualquer coisa
Enquanto caminhamos pelos corredores e salas, vão sendo mostradas diferentes ilusões de ótica e pegadinhas com perspectivas que, quando você perceber, já será tarde demais. Em Superliminal, é necessário deixar o óbvio de lado e pensar fora da caixa. Em alguns níveis será necessário quebrar a cabeça para descobrir como abrir certa porta ou até mesmo desvendar o caminho por meio de algum labirinto ou pintura escondida no cenário. Alguns desafios podem durar segundos, já outros podem te levar horas ou até mesmo dias e, à medida que o jogador avança, a dificuldade vai aumentando de maneira proporcional.
Para além disso, Superliminal te faz questionar até mesmo a vida real, criando situações específicas e acostumando o olho de tal forma que nos impressiona ao “voltar para a realidade” e refletir sobre como o ponto de vista de algo pode alterar o seu posicionamento e a interpretação sobre aquilo.
Jogo de cabeceira
No Switch, o desempenho de Superliminal é extremamente agradável, exceto pelos loadings que são um pouco longos, contudo é um excelente jogo para se passar o tempo e se divertir antes de dormir. A gameplay é bem calma e lembra muito Portal 2 em seu estilo. A história é bem curiosa e dá vontade de conhecer mais sobre o que está acontecendo com o personagem e como a clínica foi feita, contudo, os puzzles vão ficando cada vez mais difíceis. Portanto, apesar da pouca duração em horas, é possível aproveitar bastante os momentos.
Além da história principal, existem algumas conquistas a serem desbloqueadas, o que cria uma maior durabilidade e objetivos extras. Porém, essas conquistas se dão interagindo com vários itens espalhados pelo cenário, e não apresentam nenhuma relação com a história principal.
Por fim, o desafio é bem interessante, e Superliminal é um jogo que vale a pena ser jogado, principalmente se a pessoa já é fã de puzzles desafiadores. Ele precisa ser experienciado ininterruptamente, caso contrário pode não ser aproveitado em sua totalidade, mas isso não o torna menos divertido. Acredito que é algo para ser apreciado até os mínimos detalhes, e mais interessante ainda é tentar entender todos os fenômenos oculares e físicos trazidos Superliminal de fato explora nossa mente, a forma como pensamos e raciocinamos de um jeito muito interessante.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong
Superliminal
Prós
- Jogo divertido
- Desafiador
- Conceito interessante
- Conteúdo fora da caixa
Contras
- Pequena duração para alguns
- Loadings um pouco longos
