Sword of the Vagrant é um jogo de RPG de ação 2D com combate para usar, doar, reciclar e usar de novo. Para Vivian, a protagonista, lutar constantemente tem um único propósito: seguir a investigação de seu pai desaparecido. No caminho, hordas não só de inimigos, mas de empecilhos simples, tornam essa jornada em um misto de muita ação, enrolação e contemplação.
Desenvolvimento: O.T.K Games, DICO Co. Ltd.
Distribuição: RAINYFROG
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura, Luta, RPG
Classificação: 14 anos
Português: Não
Plataformas: Android, iOS, PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series S/X
Duração: Sem registros
Mercenários são armas vivas
A busca de Vivian por respostas a leva até Mythrilia, uma ilha prolifera de perigos e tragédias. O que não faltará nesse pequeno pedaço de terra são monstros, que constantemente cercam a mercenária. Digo isso uma vez que em todas as áreas e subáreas da ilha, exceto fogueiras que servem para salvar, Vivian deverá lutar duas ou mais vezes.
Por sorte do destino ou não, esses combates são rápidos e podem ser bem fáceis. Mesmo com uma quantidade grande de inimigos e, às vezes, chatos, destruí-los com combos e habilidades formidáveis é agradável uma boa parte do tempo. Depois de um médio período, ataques fracos e fortes, assim como combos adquiríveis em uma simplória árvore de habilidade permitem um avanço rápido. No entanto, há tantos deles pelo caminho que passa a ser chato ficar preso nesses confrontos.
Grande parte da facilidade é consequência de sua exploração. Muitas áreas alternativas nos levam a armas, armaduras e consumíveis que aumentam o poder de Vivian. Além disso, as lutas dão mana, produto essencial para melhorar equipamentos e comprar melhorias na árvore de habilidades. Algumas delas precisam de outros itens chaves, exigindo ainda mais exploração. Tudo isso reflete na facilidade, mas demanda paciência para explorar e lutar mais.
Quem realmente consegue elevar o fator desafio e diversão são os chefes e suas masmorras, Sword of the Vagrant demonstra ligeiramente uma boa carga de dificuldade quando um gigante aparece em nossa frente. Para chegar até esses grandiosos inimigos, é preciso explorar toda uma masmorra, que não te prende em combates, mas os eleva.
Nesses combates mais complicados é necessário usar a cambalhota, fazer combos e atacar os inimigos certos. No entanto, é a Raiva de Vivian e o uso de suas habilidades especiais que podem ser determinantes para suceder. Estas que são difíceis de encontrar, mas que são ótimas para complementar combos. Outro ponto positivo delas, é que são envolvidas pelo elemento da arma de Vivian, o que traz maior beleza aos combates.
A beleza de Mythrilia
Outro grande ponto chamativo de Sword of the Vagrant, além dos muitos combates, é a arte visual. É difícil não andar por Mythrilia e seus arredores sem reparar no fundo, bem colorido com cores vivas. O que mais impressiona é como a variedade de biomas é exposta pelo traço artístico e se distinguem.
Mythrilia é grande e tem muitos caminhos que, às vezes, são interconectados ou nos levam a uma estrada fechada. Escolher seu percurso nessas encruzilhadas é dar de cara com uma batalha de chefe escondida ou baús do tesouro. Independentemente do que for, ambos irão sempre recompensar Vivian com bons artifícios para a aventura.
Tanto quanto os ambientes, o design dos personagens são bem detalhados, apesar de serem vulgares, principalmente os corpos femininos. Sem julgamentos, pois há quem goste. Porém, é questionável olhar para Vivian, uma mercenária forte que aguenta muita porrada, e ver que sua armadura é um top minúsculo. Aliás, outras personagens possuem muita mais roupa, mas ainda tem uma exuberância nos seus corpos que é discrepante com a realidade. Os monstros também estão longe da realidade, mas isso é muito positivo.
Já que controlamos uma mercenária que caminha com o sofrimento por locais deslumbrantes, a trilha sonora representa isso muito bem. Portanto, a música de Sword of the Vagrant junta o épico ao melancólico. No entanto, novamente, a sexualização é grande com os gritos estereotipados de Vivian.
Muitas respostas, algumas são boas
Sword of the Vagrant é um jogo com uma história objetiva, mas que desencadeia subtramas que alargam a experiência. No começo, tudo que buscamos é uma resposta, e logo depois estamos em um emaranhado de respostas que nem sempre levam a algum lugar importante. No entanto, a resposta certa para lidar com isso são combates divertidos, enquanto a errada é a sua facilidade. O visual é mais uma resposta positiva, sendo de grande atrativo e contemplação. A negativa é o design estereotipado.
Portanto, Sword of the Vagrant é um jogo de ação atraente que vale a pena caso queira exatamente isso: muita porradaria com bonitos detalhes. Existe um glitch em que Vivian atravessa toda a tela quando fica presa entre inimigos, mas ocorreu poucas vezes e não me prejudicou. Pelo preço razoavelmente baixo, Sword of the Vagrant é adquirível para quem quer uma mulher muito atraente descendo a porrada em geral em busca de respostas, e apenas isso.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Ailton Bueno