A Taito chegou com mais uma coletânea retrô, agora sob o nome Taito Milestones 3. Esse terceiro pacote traz uma seleção de jogos clássicos da Taito que fizeram história nos arcades dos anos 80 e 90. O grande destaque da vez é a série Rastan, acompanhada de outros jogos nostálgicos – alguns que ainda se sustentam bem e outros que parecem ultrapassados para os padrões atuais. Vamos mergulhar nesse pacote e descobrir o que ele tem a oferecer.
Desenvolvimento: Hamster Corporation
Distribuição: ININ Games
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Arcade, Ação, Plataforma
Classificação: 12 anos (violência, conteúdo sexual, drogas lícitas)
Português: Não
Plataformas: Switch, PS4, PS5
Duração: Sem registros
Meu primeiro contato com a série Milestones
Confesso que não joguei os pacotes anteriores da Taito, então essa foi minha estreia com a série Milestones. A primeira coisa que notei foi a simplicidade do menu principal. A seleção de jogos é bastante básica, com as capas dos títulos exibidas sobre um plano de fundo em JPEG. Você escolhe um jogo e, “boom,” ele inicia imediatamente.
Algo que gostei foi a adaptação da interface, especialmente para títulos como Warrior Blade. Esse jogo usava duas máquinas arcade lado a lado para ser jogado, mas aqui ele ganha suporte widescreen, que reproduz bem a experiência original. Foi um toque de respeito à nostalgia que merece elogios.
Os ajustes disponíveis são bem práticos, mesmo que simples. Você pode alterar a dificuldade, o número de vidas, os continues e outras configurações específicas de cada título. Além disso, alguns jogos permitem adicionar informações visuais que não existiam originalmente, como um contador de balas fora da tela principal. É um recurso interessante e muito bem-vindo para modernizar a experiência.
Infelizmente, a coletânea deixa a desejar em alguns aspectos. Cheats, por exemplo, não estão presentes, algo que teria sido um extra divertido para esses clássicos. Também não há modos online – uma ausência notável, especialmente para jogos cooperativos.
O melhor e o pior da coletânea
Entre os jogos disponíveis, Dead Connection foi meu favorito. Ele é curto, mas muito divertido, especialmente em co-op. O estilo lembra bastante Wild Guns do SNES, com mecânicas de pegar novas armas e derrotar inimigos em 8 cenários diferentes. Apesar da jogabilidade cativante, o jogo peca em não ter legendas traduzidas – os textos estão em japonês, o que é frustrante para quem gosta de acompanhar a história.
Por outro lado, nem todos os jogos brilham. Runark é um dos pontos baixos do pacote, assim como o jogo de luta livre. Este último é simplesmente terrível, com um gameplay atrasado e cheio de bugs. Runark também segue uma direção estranha e meio bagunçada, com inimigos que vão de homens indianos a garotas de salto alto jogando granadas. É algo engraçado à primeira vista, mas completamente desconexo e mal planejado.
Diversão para fãs de beat ‘em ups
Se você curte jogos de beat ’em up, Taito Milestones 3 vai agradar. A coletânea traz títulos que flertam com outros gêneros, como plataforma ou até RPG, caso de Thunder Fox e Cadash. Muitos dos jogos suportam co-op para até dois jogadores, o que garante boas horas de diversão com amigos.
Por outro lado, senti falta de melhorias nos jogos. A ausência de ajustes para otimizar engines antigas, como redução de lentidão quando a tela está cheia de sprites, é decepcionante. Esses pequenos detalhes poderiam tornar a experiência muito mais fluida, mas infelizmente foram ignorados. No fim das contas, o pacote entrega diversão, mas está longe de ser o tributo definitivo que esses clássicos merecem.
Cópia de Switch cedida pelos produtores