Os videogames nos proporcionam experiências incríveis e atemporais, e mesmo depois de décadas de avanços tecnológicos nos vemos indo atrás de jogos retrôs, que por muitos podem ser tidos como datados, mas para outros podem ser uma fonte de diversão. É isso que Taito Milestones 2 tenta trazer: a diversão de décadas no passado. Mas e aí, será que o jogo consegue?
Desenvolvimento: Taito Corporation
Distribuição: ININ Games
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Ação, Luta, Arcade, Aventura
Classificação: 14 anos
Português: Não
Plataformas: Nintendo Switch
Duração: Não há registros
Indo ao passado
O objetivo da compilação é de fato nos pescar pela nostalgia, contudo o que vemos em Taito Milestones 2 é quase como uma emulação sem muitos floreios. Não existem melhorias e novidades que deixem o título mais agradável aos olhos de hoje.
A Taito tem jogos que marcaram época como Arkanoid e Space Invaders. Embora sejam esses os jogos que validaram a desenvolvedora como uma das gigantes da vanguarda na era dos arcades, eles não estão presentes nesta compilação.
Esta segunda coleção conta com 10 títulos da desenvolvedora japonesa, assim como sua antecessora, que foi lançada no ano passado. Temos uma variedade ainda maior de gêneros em Taito Milestones 2 e que não trazem novidades e melhorias, mas são divertidos e podem agradar muito os mais saudosistas.
Os jogos que encontramos aqui são de títulos e gêneros variados, e isso é uma coisa que pode ser muito atrativa. Pesquisando sobre o Taito Milestones 2, percebi que a maioria dos nomes da coleção podem ser comprados separadamente. Mas existem alguns exclusivos, como Dino Rex, Darius II e Solitary Fighters, que serão somente encontrados aqui.
Jogos que valem a pena
Na minha jogatina, alguns games me divertiram genuinamente, apesar das limitações de épocas no passado. Alguns desses são os melhores – ou piores – títulos que dão a cara na coleção:
Darius II: Um shoot’ em up vertical, que não é apenas competente, mas consegue passar toda uma atmosfera desejada. Destruir coisas pelo espaço ao som de boa trilha me divertiu bastante, e acredito que possa ser um dos mais legais da compilação.
The New Zealand Story: Game de ação e plataforma de 1988, que até hoje consegue ser um primor. Aqui, nos aventuramos com um pássaro kiwi que se joga num mundo fofo e cheio de cores.
Outro título que conseguiu me entreter bastante por algum tempo foi Black Metal (1991), um jogo shooter no estilo do já citado Darius II. Black Metal é também atmosférico com suas batalhas de laser e consegue prender por um tempo. Já dá pra dizer que a coleção traz ótimos shooters, não é mesmo?
O resto dos jogos também são atraentes, como o adventurer The Legend of Kage (1985) e o shooter Liquid Kids. Estes me fisgaram menos que os que eu citei acima, mas com certeza tem seus fãs mundo afora.
Pude notar que a grande maioria dos jogos ficavam ótimos graficamente tanto na TV, quanto no modo portátil. Isso pode ter vindo do trabalho dos responsáveis pela compilação e se veio, parabéns a eles por isso.
Porém, dois jogos exclusivos da complicação foram surpresas ruins, na minha experiência, e aqui vão eles:
Dino Rex: Um jogo de luta que mescla um tipo de futurismo com dinossauros, mas que é uma bagunça quando se trata de jogabilidade.
Solitary Fighter: Por acaso, esse é outro título de luta, que não é dos melhores, sendo travado e bagunçado. Talvez alguém consiga aproveitar o game, já que eu não consegui.
Décadas depois
Taito Milestones 2 vem com obras que são mais gostosas se compararmos a do seu antecessor. Em termos de qualidade, temos aqui uma emulação sólida. Os fãs de jogos retrô vão encontrar, com certeza, dezenas de horas de diversão. Já o jogador médio pode se assustar com o preço do jogo. No final, acredito que é um título que não pode ser deixado de lado e que pode ser resumido em três palavras: diversão, simplicidade e nostalgia.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro