Timberman: The Big Adventure é um jogo de aventura e plataforma com visual charmoso em 16-bits.

Desenvolvimento: Digital Melody Games
Distribuição: Forever Entertainment
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Plataforma, Aventura
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch
Duração: Sem registro

Uma aventura imprecisa

Timberman coloca um lenhador parrudo e barbudo como protagonista, ao lado de um urso grandão pai de família e habitante da floresta. Juntos, os dois brutamontes devem enfrentar a Corporação Malvada e seus capangas operários do mal para salvar a floresta do desmatamento iminente e proteger os animais que ali habitam.

Para alcançar seu objetivo, o lenhador deve dar socos nos inimigos, lançar caixas de metal em espinhos, pular em plataformas de madeira que se movem, se esgueirar agachado por espaços estreitos, desviar de robôs agressivos e cruzar todo tipo de armadilha possível que encontrar em seu caminho.

Timberman tem dois pontos cruciais em sua jogabilidade: parte dela é precisa, como na movimentação, nos pulos e nos ataques com o lançamento do machado; a outra parte, no entanto, deixa a desejar, com socos em sequência imprecisos e a ativação de um movimento de planagem excessivamente sensível.

É difícil não focar nos aspectos mais negativos da jogabilidade. O que poderia ser um beat ’em up mais simplificado, porém divertido, se torna uma experiência insossa, cuja execução da sequência de três golpes principais se mostra ineficaz; pois o jogo tende a não registrar o segundo ataque, fazendo com que os malvadões acertem o herói sem dificuldade.

No que concerne a movimentação, pulos e momentos de plataforma, Timberman peca ao ter um movimento de planagem que é ativado de forma muito sensível. É preciso milissegundos para começar a planar após um salto ao segurar o botão de pulo. Para completar, a planagem é lenta e atrasa a movimentação do boneco, o que prejudica a precisão dos pulos na hora de superar obstáculos.

The small adventure

Timberman: The Big Adventures é o extremo oposto de seu título. A aventura tem uma duração curtíssima, contando com apenas quinze fases em três cenários diferentes. Embora pareça uma quantidade razoável, o jogo pode ser concluído em duas ou três horas. É muito pouco.

A variedade de inimigos é até boa para a baixa quantidade de níveis. Ao mesmo tempo, as batalhas contra chefes são curtas e simples. O que é uma pena, pois há certa criatividade nos chefões, como enfrentar um trator que avança com tudo para cima do nosso herói barbudo.

Os desafios de plataforma incluem empilhar caixas para alcançar locais mais altos, cruzar espaços cheios de espinhos perigosos, desviar de chamas inimigas e armadilhas de raios elétricos. Tudo isso é o básico do básico para jogos de plataforma, e poucas disposições desses obstáculos se mostram, de fato, desafiadoras.

Para instigar a exploração, é possível encontrar segredos pelas fases, como letras que formam a palavra TIMBER, moedas que contam como pontuação na conclusão das fases e gabinetes de arcade que permitem jogar uma versão semelhante à versão mobile do jogo Timberman. Nada disso, no entanto, é algo inovador ou revolucionário.

Um título “quase” bom

Timberman: The Big Adventure se destaca mais por seu visual em 16-bits repleto de cores e charme nostálgico. Entretanto, esse título não se destaca em nenhum outro aspecto, mesmo que conte com bons momentos de plataforma. É um jogo que poderia contar com um sistema mais preciso e refinado na hora de colocar o lenhador para socar os inimigos, bem como ajustar alguns desafios de plataforma para serem mais acentuados, assim como calibrar o movimento de planagem para ser mais preciso, menos sensível em sua ativação e menos lento em sua execução.

Simples ao extremo, o game desenvolvido pela Digital Melody Games não consegue se destacar em nenhum aspecto, sendo apenas um “mais do mesmo” em um mercado recheado de opções mais completas.