Quem viveu principalmente nos anos 80 e 90, com certeza deve se lembrar dos famosos soldadinhos de chumbo – que na maioria das vezes era de plástico -, não é mesmo? Basicamente, Toy Soldiers usa desses bonequinhos para recriar confrontos que realmente aconteceram. Felizmente, tudo vai bem mais além de apenas infantarias e é possível ter acesso a um exército mais que completo para defender sua caixa de brinquedos das forças inimigas, enquanto ainda aprende um pouco mais sobre história – caso tenha perdido algumas aulas.
Desenvolvimento: Signal Studios
Distribuição: Accelerate Games
Jogadores: 1-2 (Local e online)
Gênero: Ação, Estratégia, Multiplayer
Classificação: 10 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, PC, PS4, e Xbox One
Duração: 6 horas (campanha)/23 horas (100%)
Recriando momentos históricos

Somos inseridos na Primeira Guerra Mundial aqui, com recriações dessas batalhas com brinquedos e a imaginação fértil de alguma criança. O campo de guerra é uma mistura da realidade com a brincadeira, onde partes do cenário são montados com objetos comuns como um vidro de ketchup, ou então com desenhos em papéis pra mostrar o céu ou as paisagens em volta, mas, no geral, ele é bem “realista”.
Somos inseridos na Primeira Guerra Mundial aqui, com recriações dessas batalhas com brinquedos e a imaginação fértil de alguma criança. O campo de guerra é uma mistura da realidade com a brincadeira, onde partes do cenário são montados com objetos comuns como um vidro de ketchup, ou então com desenhos em papéis pra mostrar o céu ou as paisagens em volta, mas, no geral, ele é bem “realista”.

Cada desafio representa alguma parte importante da Primeira Guerra Mundial, pontos que foram decisivos para a vitória sobre os alemães, e sempre há um resuminho sobre aquele lugar ao apresentar a fase ao jogador.
As telas de loading também são como propagandas do exército, tudo com a cara da época, tipo de letra, imagens e até mensagens para inspirar e chamar as pessoas para a luta, mas com um toque de brincadeira. E eu devo dizer que isso é muito legal, pois nos instiga a ficar querendo ver os posters que são apresentados. A única parte triste é que eles não estão localizados, então, para captar melhor a mensagem, um bom inglês será necessário.

Já o campo de batalha mantêm locais determinados para se posicionar as armas, bases pré estabelecidas de tamanhos variados para que se possa aloca-las. Cada artilharia é eficaz contra algum tipo de tropa inimiga, por isso é importante variar e até mesmo trocar algumas vezes as defesas já existentes para poder ser efetivo contra seu adversário. Dentre as opções possíveis de armas há metralhadoras, morteiros, armas químicas, antiaéreas e até mesmo veículos para serem usados manualmente como aviões e tanques, além de uma torre de snipers – que raramente é útil.
Cada batalha funciona à base de ondas, e há um determinado número ao qual deve sobreviver para avançar. O objetivo é proteger sua caixa de brinquedos do exército alemão até o fim.
Não só comandante, mas soldado também

Toy Soldiers é um Tower Defense e RTS (Real Time Strategy) que te deixa pôr a mão na massa. Aliás, é extremamente necessário que você assuma o controle para poder vencer, já que apenas deixar que o jogo role só assegurará sua derrota.
Com uma visão isométrica e também em primeira pessoa, é possível viajar pelo campo de batalha e analisá-lo para melhor montar sua estratégia, mas de longe a melhor opção é tomar o controle direto do combate. Entre as opções que suas armas possuem, uma delas deixa que tome o controle absoluto, podendo você mesmo exterminar os inimigos. E isso conta muito mais pontos. Eles são convertidos em dinheiro para que possa melhorar e colocar novas armas em campo. Se conseguir uma boa sequência de mortes sua grana vai às alturas, multiplicando bastante as chances de vitória por ter mais recursos.

Fora o controle das armas é possível assumir o controle dos automóveis, mas infelizmente ela é bem travada. O que deveria ajudar a ter um maior controle e poder viajar livremente pelo mapa, acaba se tornando complicado e frustrante. A movimentação não ajuda em nada, e muitas vezes te faz perder mais tempo tentando controlá-los do que realmente abatendo a tropa inimiga. Tudo isso demanda um pouco de treino para ter um controle relativamente aceitável sobre eles.
O jogo também apresenta uma dificuldade progressiva, que vai aumentando a cada nova fase, tornando- se sempre mais desafiador. As ondas de inimigos aumentam e até mesmo existem chefes gigantes extremamente resistentes e poderosos. Muitas vezes você falhará antes de encontrar a melhor maneira de vencer a batalha, mas é sempre satisfatório quando acontece.
Brinque de guerrinha com seus amigos

É possível jogar multiplayer local e online. Com a tela dividida e com cada jogador representando, um dos exércitos (Britânico e Alemão), vence aquele que conseguir destruir a caixa de brinquedos do outro primeiro.
Todas as mecânicas da campanha e as armas estão presentes no multiplayer, mas com a novidade de poder organizar e mandar as ondas de seu próprio exército para destruir seu amigo. Como as armas, elas dependem de dinheiro, e cada tipo de onda tem um valor e um tempo para ser executada. O que deixa o jogo mais equilibrado, não permitindo hordas gigantescas de quem tiver mais dinheiro pra comprá-las. As disputas também tendem a ser bem mais acirradas que no modo campanha, principalmente se os jogadores já foram familiarizados com o jogo.
Já o modo online não foi possível testar, pois algum problema com os servidores impede a conexão dos jogadores – ao menos até a data desta análise. É possível criar a sala e convidar um amigo para o jogo, mas ficamos no “aguardando jogador” pra sempre. O mesmo acontece se tentar uma partida rápida, e ela fica apenas procurando outros jogadores e nunca os encontra, infelizmente.
Efeitos realista, mas trilha sonora fraca

Os efeitos sonoros são bem legais, e as sirenes tocando aos ataques, o barulho das armas, sons de explosão e tudo mais é bem convincente, mas em contrapartida a trilha sonora é bem aquém. Ela não é nada empolgante para as batalhas, não te cativa e nem nada do tipo. O que é uma pena, pois jogos de guerra com músicas motivadoras são muito bons de se desfrutar.
Considerando que se trata de um remaster, já que o jogo original foi lançado na sétima geração para o Xbox 360, ele tem uma melhoria simples. Os gráficos em si para a época já eram bem simples, e aqui eles continuam assim. Longe disso ser um problema, pois na verdade ele atende bem ao jogo; e ser simples, neste caso, é muito bom.
Junte seus soldados e vá a guerra
Toy Soldiers é um jogo de estratégia ao melhor estilo Tower Defense que convence bastante, te diverte, te desafia e ainda dá uma aulinha de história básica sobre a Primeira Guerra Mundial. É um título que merece uma chance de ser jogado, principalmente se você já gosta desse gênero e até mesmo para quem gosta de outros tipos de jogos de estratégia vale aquela conferida.
Cópia de switch cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong