Jogos de terror sempre foram minha praia desde a infância, e lembro-me vividamente de meus pais jogando Resident Evil e Silent Hill no PS1 enquanto eu observava, antes de todos irem para a cama. Foi aterrorizante naquela época, mas alguns anos depois, por mera curiosidade, eu me encontrava jogando esse tipo de game. Até hoje, sou um grande fã do gênero, especialmente de jogos dentro dele que conseguem captar minha atenção com mecânicas de sobrevivência e um mapa explorável bem definido. Fora isso, é difícil me manter entretido por mais de 30 minutos. Sunshine Manor parecia promissor, considerando o primeiro vídeo que vi de sua jogabilidade.
Desenvolvimento: Fossil Games
Distribuição: Hound Picked Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Puzzle, Ação, Terror
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: PC, Switch, Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5
Duração: 6 horas (campanha)
Caminhe e explore a mansão
Sunshine Manor é um jogo de terror que gira em torno de uma figura muito famosa da TV que acabou vendendo sua alma a uma cartomante. No entanto, a cartomante era uma espécie de demônio, e o ganancioso e famoso astro acabou tendo seu espírito aprisionado em sua própria mansão. Em um dia de Halloween, enquanto as crianças brincavam pelo prédio, uma delas desafiou a outra a entrar na mansão e passar uma noite lá.
Assim que todos entram, fantasmas aparecem e sequestram duas crianças. A última acaba sendo a protagonista do jogo, Ada, que utiliza um selo misterioso para fazer desaparecer o fantasma que a agarra. Nossa missão é resgatar nossas amigas e descobrir o que está por trás da maldição da mansão.
Jogamos como Ada, e suas principais habilidades são andar, correr e usar o selo mágico. Podemos andar extremamente devagar (sem exagero no “extremamente”), explorando o mapa interagindo com objetos e o próprio ambiente, em um incrível processo tedioso. Há muito idas e voltas por aqui, e retornar às salas visitadas anteriormente é uma tarefa maçante devido à falta de agilidade.
Tarefas monótonas e potencial desperdiçado
Todas as tarefas exigem que você encontre um item para libertar o espírito de um dos fantasmas que eram funcionários da mansão. Após encontrar um deles, você é transportado para uma dimensão diferente da mansão, uma dimensão assustadora que lembra, de alguma forma, a franquia Silent Hill, com pisos de metal, grades e correntes nas paredes.
Inimigos e até mesmo um chefe aparecem nesses momentos supostamente aterrorizantes, mas você pode derrotá-los facilmente usando o círculo mágico de Ada – tirando que eles não são assustadores ou desafiadores. Já os chefes exigem um pouco mais de trabalho da sua parte, mas não é nada absurdo também.
Por fim, o jogo se prende nesse ciclo de exploração vagarosa, com itens a serem achados, puzzles simplistas a serem solucionados e batalhas ridiculamente fáceis que não dão nem um trabalho real pro pior dos jogadores.
Fácil, lento e maçante
Sunshine Manor tinha muito potencial, mas ficou preso em sua jogabilidade central repetitiva e mal executada. As tarefas são enfadonhas, exigindo muitos retrocessos, o que torna tudo tedioso rapidamente. O enredo é o único ponto envolvente aqui, e, fora isso, o jogo deixa a desejar em termos de diversão e progressão das mecânicas. De forma geral, recomendo a ficar longe.
Cópía de Switch cedida pelos produtores