The Ascent chega aos jogadores com a proposta de ser um shooter repleto de momentos frenéticos com muita ação, combinado a elementos de RPG e um forte apelo ao multiplayer para até quatro jogadores, tanto online quanto localmente. Fazendo uso da temática Cyberpunk, os desenvolvedores da Neon Giant conseguiram construir uma ambientação de cair o queixo, aquilo que todo fã do estilo gostaria de ver em um jogo. Tudo isso em conjunto com uma boa trilha sonora que nos acompanha em momentos de matança e exploração. Devemos mergulhar em um mundo catastrófico e enfrentar diversas gangues para evitar que a arcologia, na qual nos encontramos, entre em colapso.
Desenvolvimento: Neon Giant
Distribuição: Curve Digital
Jogadores: 1-4 (local e online)
Gênero: Ação, Aventura, RPG
Classificação: 10 anos
Português: Legendas e Interface
Plataformas: PC, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração: 10 horas (campanha)/21 horas (100%)
Fim iminente
The Ascent se passa em Veles – um mundo Cyberpunk – em uma cidade do grupo que dá nome ao jogo, sendo uma metrópole corporativa de tamanho colossal, com construções que se estendem até onde os olhos alcançam, repleta de operários de várias raças diferentes de toda a galáxia. Nosso protagonista é só mais uma engrenagem dessa máquina controlada pelas grandes corporações, mais um que serve como mão de obra praticamente escrava, pois é disso que se trata a temática.
O que deveria ser mais um dia de trabalho normal, acaba como uma série de acontecimentos catastróficos, pois a empresa dona de todo o conglomerado fecha abruptamente, sem avisos prévios. E isso coloca nosso setor em um nível de caos absurdo, fazendo com que a violência aconteça de forma desenfreada entre os moradores. Nossa única opção acaba sendo nos armar e ir em busca de respostas sobre como tudo isso começou.
Ambientação e trilha sonora impecáveis
A ambientação do The Ascent consegue deixar maior parte dos jogadores boquiabertos, pois toda aquela construção de metal imensa, cheia de tubulações, gases, máquinas funcionando vinte e quatro horas por dia, lixos em todos os locais, luzes neon e muita destruição são, sem dúvidas, um dos pontos mais forte da obra.
Somente esse aspecto já é o suficiente para cativar quem der uma chance ao jogo, mas os desenvolvedores foram além, trazendo uma trilha sonora muito boa que se adequa perfeitamente aos diferentes momentos e acontecimentos, e que nos faz lembrar de filmes como o próprio Blade Runner, que com certeza serviu como grande inspiração. Porém, esses belos gráficos, estilo artístico, sistema de iluminação incríveis, efeitos de tiros e explosões, e boas músicas só servem como complemento para os trechos de frenesi e violência exagerada.
Combate frenético e armamentos
As batalhas fluidas em conjunto aos vários tipos de armamentos, fazem com que esses momentos sejam extremamente agradáveis para os jogadores, já que tudo ocorre de forma muito orgânica e intuitiva. Podemos rolar, atirar, pegar cobertura, usar ataques especiais e jogar granadas, coisas básicas que já vimos em outros jogos e que não fogem do convencional, mas que, ao serem bem executadas, são o suficiente para nos entreter por horas e horas a fio.
As muitas armas existentes aqui nos possibilitam testar diferentes estratégias para acabarmos com as hordas de inimigos de Veles, permitindo-nos usar metralhadoras, escopetas, fuzis, pistolas, lasers, lança foguetes e mais. Essas variadas opções são mais do que suficientes para nos tornar uma máquina de destruição que acabará com tudo aquilo que se mexer na sua frente, e pouco sobrará depois que o jogador passar pelos cenários com elementos destrutíveis.
Além disso, também podemos equipar melhorias tecnológicas que nos permitem executar golpes extremamente poderosos que evaporam nossos alvos. Também temos à nossa disposição um número expressivo de armaduras que focam em determinados tipos de defesa, e todos esses equipamentos presentes em The Ascent podem ser melhorados, assim como nosso próprio personagem ao subir de nível.
Principais problemas
Mesmo trazendo vários pontos positivos, The Ascent também peca em vários quesitos, com sua história fraca, personagens sem carisma, missões secundárias extremamente genéricas, builds rasas e um sistema de progressão bem fraco. Além disso, existem vários bugs que atrapalham o jogador a ponto de não conseguir avançar na campanha, como também problemas de áudio, itens flutuando, travamentos e cenários carregando na sua frente. Em relação ao multiplayer, fica o aviso de que seu save pode ser perdido ao ingressar na sala de um amigo que, aliás, é a única forma de se jogar o online no momento, considerando que não existe ainda um matchmaking para entrar em partidas públicas.
Felizmente, a maior parte desses problemas podem ser resolvidos com futuras atualizações, e não ofuscam por completo os pontos positivos do The Ascent, que é um título que merece uma chance e a atenção dos jogadores que só querem passar umas boas horas combatendo diferentes inimigos, principalmente depois de alguns patches.
Cópia de Xbox One cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong