Ao que tudo indica, todos os jogos da série Skautfold irão mesmo aparecer no Switch, o que é uma grande notícia. Essa franquia independente e desconhecida possui quatro jogos que se passam em um único universo, mas cada um conta com uma jogabilidade diferente. Então, já pegue sua arma e venha comigo para sobreviver em Skautfold: Into the Fray, um jogo de tiro frenético com elementos de exploração.
Desenvolvimento: Pugware, Steve Gal
Distribuição: Red Art Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Tiro, Ação
Classificação: 16 anos
Português: Não
Plataformas: Switch, PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S
Duração: 8 horas (campanha)
Bem-vindo à mais um jogo da saga Skautfold
Em Into the Fray, controlamos um personagem que se assemelha muito ao Vincent de Final Fantasy VII (assim como em Usurper, o personagem principal lembra muito Leon Belmont, de Castlevania: Lament of Innocence, e em Shrouded in Sanity, em que o personagem lembra muito o Alucard, de Symphony of the Night). O protagonista conta com um arsenal de armas para enfrentar monstros e um culto que traz elementos da obra de Cthulhu, do famoso escritor H.P. Lovecraft.
O jogo possui uma câmera aérea, em que o jogador controla Hito, o protagonista e terceiro cavaleiro do Império da Britânia, utilizando o analógico esquerdo para se movimentar e o direito para controlar a mira da arma. Há também uma esquiva muito útil para desviar das balas em momentos complicados.
O arsenal de Hito é vasto, indo desde uma espada para ataques corpo a corpo até armas de fogo, como espingardas, cujo tiro é mais esparso e alcança uma grande área, ou armas de tiro único e poderoso, mas que requerem uma pontaria mais precisa. E sim, as armas possuem munição, então será necessário ter habilidade para acertar os alvos e evitar ficar sem balas..
Além disso, ao serem derrotados, os inimigos ficam imóveis por um curto período de tempo, e se você conseguir chutá-los a tempo, é possível recuperar uma certa quantidade de vida. Essa é uma mecânica muito interessante que mantém o jogo desafiador e divertido.
Explorar ou ir direto à ação? Eis a questão
Ao iniciar o jogo, é possível selecionar entre dois modos: um de ação, que deixa o jogo mais fluido e sem detalhes de exploração, permitindo que você saia atirando para avançar mais rapidamente na campanha, ou o de RPG, que conta com mais elementos de exploração.
O mapa do mundo deixa você explorar novas áreas do mapa, e as fases também possuem alguns puzzles simples, como, por exemplo, ter que encontrar o pedestal que bloqueia a passagem de certa área da fase para progredir. Esses desafios trazem um pouco mais da mitologia da franquia para o jogador.
Paleta de cores deixam o cenário confuso e feio
Assim como os outros jogos da série, os gráficos dos cenários atrapalham muito a ação. Na parte inferior da tela, sempre que há casas ou objetos maiores, a visão em torno se torna horrível, especialmente durante os momentos de exploração.
Porém, o que mais incomoda são as imagens de explosão, sangue e demais elementos da ação que poluem o cenário conforme acontecem, deixando o jogo feio e confuso após eliminar todos os inimigos. Esse é, infelizmente, um problema comum até mesmo nos outros jogos da série, onde a câmera fica muito afastada e com paleta de cores que se misturam com a dos personagens e dos inimigos.
Divertido, mas pouco polido
Assim como Skautfold: Usurper e Shrouded in Sanity, eu me diverti muito com Into the Fray. A ação frenética, o equilíbrio e a história pouco convencional realmente cativam o jogador. Mas é inegável a falta de polimento nos gráficos e na música, assim como em alguns momentos de direção que afetam muito a qualidade final do jogo.
No Nintendo Switch, ao jogar na tela do próprio console, Into the Fray parece visivelmente mais bonito, mas não evita a confusão que as paletas de cores causam nos momentos de ação. Mas, se você busca um jogo indie 2D para pular diretamente em uma ação frenética, esse título pode ser uma boa recomendação.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro