Joguei bastante Children of Morta na época de seu lançamento, lá pra meados de 2020, justamente porque ele me fazia lembrar Diablo 1. O game independente é um Roguelike que te faz voltar do zero, uma vez que você morre, mas sem deletar o seu progresso. Aos poucos, atualizações vão chegando e, felizmente, o jogo demonstra receber bastante atenção por parte de seus desenvolvedores. Até mesmo um modo cooperativo online, algo do qual senti falta desde o primeiro contato, já foi disponibilizado para PC, além de que chegará futuramente aos consoles com direito a crossplay entre todas as plataformas. Enfim, falemos sobre Acient Spirits, o mais recente DLC de Children of Morta.
Desenvolvimento: Dead Mage
Distribuição: 11 Bit Studios
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Ação, RPG
Classificação: 12 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PS4, Switch, Xbox One, PC
Duração: Sem registros
Novo personagem exclusivo
Até pouco tempo atrás, ainda não tínhamos o Family Trials, que consiste num modo mais arcade com dungeons e objetivos a serem cumpridos. Isso deu uma sobrevida ao produto, já que o modo história era a única coisa disponível, até então. Porém, a nova figura selecionável do conteúdo adicional em questão só pode ser usado ali.
O personagem da vez é o Yajouj’Majouj, que possui duas formas: azul e vermelha. A primeira é focada em ataques rápidos em uma cor azul, os quais são realizados através do botão de golpe principal que, ao ser segurado, arremessa projéteis em alta velocidade contra inimigos. O golpe especial traz consigo uma capacidade de perseguir os monstros em tela, porém, com uma baixa taxa de dano, o que não se mostra tão eficaz assim. A segunda forma é bem mais concentrada em dano por área. O golpe especial suga inimigos para o local no qual uma espécie de granada é lançada, fazendo com que eles fiquem presos ali por poucos segundos. É tempo o suficiente para utilizar o ataque padrão, que lança uma bomba de fogo e acerta os monstros em uma área circular.
Mesmo com uma skillset tão variada e divididas em dois estilos, Children of Morta continua sendo algo sem qualquer misericórdia e bastante difícil, se jogado sozinho. A quantidade de inimigos na tela é um tanto quanto injusta no single player, o que acabou causando minha sensação de que falta muito um coop online.
Jogar sozinho continua sendo irritante, e uma dificuldade fácil não está disponível, mas apenas a normal, difícil e extrema. Outro ponto negativo é que o novo espírito não está disponível no modo história, mas apenas para uso exclusivo no Family Trials, o que é uma pena. Poderia ter sido criado uma maneira de o encaixar no enredo, mesmo que sem qualquer tipo de cutscenes. Digo isso porque o Trials não tem o mesmo apelo que a trama principal, que conta com diferentes dungeons e cenários, além do sistema de progressão.
Fora isso, algumas novidades chegaram junto com esse pacote de atualização, que conta com 15 itens novos, entre eles Divine Graces, Charms e Divine Relics, os quais fazem parte do sistema de itens e pontos de interação durante o cenário (que concedem bençãos temporárias). Adicionalmente, personagens recebem máscaras para serem usadas, mas de maneira cosmética apenas, sem qualquer implicância em atributos.
Conclusão
O novo DLC de Children of Morta anima por conta de seu personagem único disponível, porém, decepciona ao permitir com que ele seja usado apenas no Family Trials, cujo apelo não é nem de longe o mesmo que a campanha principal por não existir um progresso real. A experiência aqui é bem mais Roguelite do que qualquer outra coisa, removendo todo seu progresso caso perca a vida do personagem. No mais, ainda espero um modo mais facilitado e o tão esperado cooperativo online, que certamente mudará minha visão atual que ainda tenho sobre Children of Morta: um jogo punitivo e sem personalização de experiência, para que eu possa jogar como desejo. O maior problema é que já se passaram 2 anos desde seu lançamento.
Cópia de Switch cedida pelos produtores