Capa do Crysis Remastered Trilogy

Review Crysis Remastered Trilogy (Xbox Series X) – O Xbox Series X roda Crysis?

A franquia Crysis já marcou uma geração com seus belos gráficos, utilizado como referência quando os jogadores discutiam sobre jogos bonitos anos atrás. Além de toda sua beleza, Crysis conta com personagens marcantes, boa história, mecânicas interessantes e muita ação repleta de tiros e explosões. Agora, essa aclamada trilogia retorna as plataformas atuais trazendo tudo que fazia de bom em um remaster com o Crysis Remastered Trilogy, entregando uma experiência satisfatória a novatos e fãs de longa data.

Desenvolvimento: Crytek, Saber Interactive
Distribuição: Crytek
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Tiro
Classificação: 16 anos
Português: Não
Plataformas: Switch, PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração: 26 horas (campanha)/41 horas (100%)

Trilogia marcante

Acabando com inimigos no Crysis 1.
Acabando com inimigos no Crysis 1.

Crysis Remastered nos coloca na pele do super soldado Nomad, em uma missão de resgate numa ilha paradisíaca cheia de tropas inimigas da Coreia do Norte. Devemos avançar por um mapa repleto de perigos para localizar nosso alvo e o resgatar, porém, nada será tão fácil como parecia, e iremos nos deparar com uma ameaça muito maior do que imaginamos.

O inimigo agora é outro: uma coisa jamais vista ou enfrentada pela humanidade anteriormente, demonstrando ser uma raça alienígena implacável quando se trata de exterminar humanos. Devemos usar tudo que estiver à nossa disposição para acabar com esses novos inimigos e evitar que se espalhem pelo resto do planeta.

Avançando pelas ruas de Nova York no Crysis 2.
Avançando pelas ruas de Nova York no Crysis 2.

Já em Crysis 2 Remastered, controlamos um fuzileiro naval chamado Alcatraz, que, depois de uma quase morte, acaba no nanotraje de Prophet (Crysis 1) sem muitas formas de escapar dessa situação. Infelizmente, nossos esforços anteriores não foram o suficiente, as criaturas estão destruindo o mundo, e vai ser preciso liderar uma resistência com a ajuda de vários personagens a fim de sobreviver a esse desastre que assolou a cidade de Nova York.

Em Crysis 3 Remastered, acompanhamos a jornada da máquina de guerra perfeita, o super soldado conhecido como Prophet, personagem presente desde o primeiro jogo – sendo muito importante para a trama.

Explorando o mundo do Crysis 3.
Explorando o mundo do Crysis 3.

Aparentemente, a luta contra os alienígenas havia terminado, porém, descobrimos que nossos inimigos ainda não foram derrotados por completo, e o resto deles estão adormecidos, mas não por muito tempo. Precisaremos não só acabar de vez com essa raça que representa um perigo a humanidade, mas também lutaremos contra a organização Cell, a qual utiliza a energia extraterrestre de forma perigosa.

Prophet irá embarcar nesta jornada pela última vez, abrindo caminho à força, destruindo as tropas inimigas, indo em direção ao alien alfa: o líder de todos esses monstros. Com novos e antigos aliados, e equipado com um super arco, trilharemos o caminho para salvar os humanos.

Mecânicas de combate

Usando a blindagem do nanotraje no Crysis 2.
Usando a blindagem do nanotraje no Crysis 2.

Crysis conta com algumas mecânicas de combate bem únicas, que funcionam como marca registrada da saga. Durante os vários confrontos com inimigos, sejam eles humanos ou alienígenas, podemos utilizar nosso nanotraje de diferentes formas.

É possível ficar invisível, e emboscar cada um dos nossos alvos de forma silenciosa e brutal. Ou ativar a blindagem do traje e incorporar o “Rambo”, metralhando tudo e todos de forma épica.

Mas, só é possível fazer uso dessas melhorias enquanto tivermos energia, a qual é drenada enquanto estamos com elas ativas, sendo necessário esperar um breve período para recarregar. Além dessas duas funcionalidades, nossa armadura também conta com super força, velocidade e pulo, nos transformando em uma verdadeira máquina de combate.

No mais, Crysis não foge muito dos FPS padrões, e iremos de um ponto a outro matando nossos inimigos da forma que preferirmos, com algumas das várias armas presentes na franquia, como metralhadoras, escopetas, fuzis de longo alcance, granadas, lanças foguetes e muito mais, como o icônico arco e flecha da terceira obra. Lembrando que o primeiro jogo possui mapas abertos que podem ser explorados da forma que o jogador preferir, já as sequências são mais contidas e lineares.

Também é possível modificar partes das armas a qualquer momento em todos os três jogos. E não menos importante, comprar upgrades para nossa armadura no segundo e terceiro título, trazendo um pouco mais a sensação de ser um super soldado.

Melhorias gráficas e bugs

Um pouco dos belos gráficos do Crysis 3.
Um pouco dos belos gráficos do Crysis 3.

A trilogia Crysis continua tão bonita quanto sempre foi, mais do que muitos games das atuais gerações, mesmo sendo apenas um remaster. Um dos principais pontos positivos dessas novas versões se dá pela sua beleza e melhorias no fps.

Poder explorar os belos cenários da ilha do primeiro jogo, ou as cidades destruídas do segundo e terceiro, repletas de detalhes que enriquecem a ambientação e a experiência dos jogadores, é algo marcante durante as jogatinas.

Porém, Crysis Remastered Trilogy apresenta alguns problemas que podem ser frustrantes, além de contar com alguns bugs que podem atrapalhar o progresso do jogador, como, por exemplo, não conseguir atirar mesmo estando com uma arma carregada em mãos.

Apreciando os belos cenários do Crysis 1.
Apreciando os belos cenários do Crysis 1.

Dentre esses inconvenientes, podemos citar como os mais graves os do primeiro título. Crysis 1 conta com uma jogabilidade bastante datada, que não foi refeita, já que se trata de um simples remaster, e nem mesmo a sensação de ser um super soldado é alcançada.

Embora nosso soldado tenha um super nanotraje, ele ainda irá morrer com pouquíssimos tiros, mesmo na dificuldade normal, e os inimigos parecem ter a mesma resistência que o protagonista. Isso se dá ao fato de muitos dos nossos tiros, que visivelmente acertaram nossos alvos, os atravessar e não causar dano. Felizmente, esses problemas não estão presentes nos outros dois jogos como nesse, somente alguns bugs.

Uma experiência satisfatória

Crysis Remastered Trilogy consegue entregar uma experiência satisfatória, tanto aos novatos quanto aos fãs da franquia. Mesmo com alguns problemas de performance, ainda é muito divertido acompanhar a jornada desses super soldados que tentam salvar a humanidade.

E mesmo que seja possível jogar as versões do Xbox 360 no Xbox Series X graças à retrocompatibilidade – que, aliás, envelheceram muito bem e não deixam a desejar -, poder vislumbrar esses três jogos mais bonitos do que nunca vale muito a pena.

Se você é um amante de FPS, boas campanhas, ou um jogador casual que quer se divertir por algumas horas com um título bacana, a trilogia Crysis é uma ótima escolha e não vai decepcionar, mesmo sem contar com uma mísera tradução.

Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Crysis Remastered Trilogy

8.5

8.5/10

Prós

  • Gráficos belíssimos
  • História interessante
  • Personagens memoráveis
  • Boa jogabilidade no Crysis 2 e 3
  • Mecânicas de combate interessantes com os nanotrajes

Contras

  • Jogabilidade datada no primeiro Crysis
  • Dificuldade desbalanceada no primeiro Crysis
  • Bugs em todos os três títulos
  • Não possui tradução