King of Ping Pong: MEGAMIX entrega uma experiência curiosa e divertida, ainda que limitada. A proposta é simples: enfrentar uma sequência de oponentes em partidas de tênis de mesa, com cada duelo exigindo precisão, reflexos rápidos e um bom entendimento dos padrões de ataque dos adversários. O ciclo de tentativa e erro é viciante e garante aquele sentimento de “só mais uma partida”. No entanto, seria ótimo se houvesse níveis de dificuldade para tornar a curva de aprendizado mais acessível.
Desenvolvimento: Suspicious Jam
Distribuição: Eastasiasoft
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Esportes, Luta
Classificação: 10 anos (Violência fantasiosa)
Português: Não
Plataformas: PC, Switch, PS5, Xbox Series X|S
Duração: 1 hora (campanha)
Ritmo e estilo em perfeita sintonia

O visual é um dos grandes trunfos aqui. O estilo artístico inspirado em anime combina muito bem com o clima exagerado e dramático das partidas, e cada personagem carrega um toque próprio, com pequenas histórias e motivações que dão vida ao universo do jogo.
Essa abordagem narrativa, mesmo que leve, faz diferença, dando a impressão de estar em um verdadeiro torneio shonen, cheio de rivais carismáticos e golpes especiais de aparência absurda — apesar da falta de dublagem.
As animações também reforçam essa sensação de dinamismo, com efeitos vibrantes e transições que lembram aberturas de séries japonesas. É um pacote visual e sonoro que mantém o jogador imerso, mesmo quando o desafio aperta.
Falta algo essencial

O maior pecado de King of Ping Pong: MEGAMIX é não incluir um modo multiplayer. É difícil entender como um jogo de pingue-pongue — que praticamente clama por confrontos entre humanos — ficou restrito apenas ao modo solo.
A ausência desse recurso tira boa parte do potencial de diversão, principalmente para quem imaginava competições locais ou online com amigos. Acho que todos que jogarem o game perguntarão: um modo versus local não é mais do que óbvio?

Além disso, alguns adversários têm movimentos tão imprevisíveis que a experiência se torna frustrante. A ideia de dar a cada personagem um efeito diferente na bola é boa, mas às vezes as partidas parecem injustas, mais baseadas na sorte do que na habilidade.
E, no caso da versão para Switch, a falta de controles por giroscópio é uma decepção — seria a oportunidade perfeita para explorar os Joy-Cons de forma mais criativa, visto que esse recurso é presente nos ports pra Switch. Mesmo que de maneira secundária, seria bem bacana poder mover os braços em vez dos analógicos.
Um bom começo, mas longe de ser um campeão
King of Ping Pong: MEGAMIX tem estilo, ritmo e carisma, mas deixa escapar o que poderia torná-lo inesquecível. Faltam modos de jogo e ajustes de equilíbrio que aproveitem melhor seu ótimo visual e sua pegada arcade. No fim, é uma experiência divertida por um tempo, mas que logo faz você imaginar o quanto melhor poderia ser se houvesse alguém do outro lado da mesa.
Cópia de Switch cedida pelos produtores




