Dizem que o hóquei tem suas origens no Império Kushan, atual Paquistão, e que foi levado até a Europa, especialmente para a França, onde se tornou o hoquet, que, por sua vez, deu origem à palavra inglesa Hockey. No rígido frio canadiano, era inviável praticar esse esporte na relva, logo ele foi adaptado ao gelo, tornando-se assim o Ice Hockey, sua versão mais popular.
A modalidade de inverno é, em países como Finlândia, Russia, Chéquia e Canadá, uma paixão nacional e é justamente essa paixão que NHL 22 tenta nos passar em meio ao gelo, bastões, o disco e os gritos de gol. Apesar do foco maior ser a NHL (National Hockey League), o jogo também traz ligas menores do Canadá e algumas competições oficiais da europa. O game é o segundo para a geração atual e traz algumas melhorias técnicas, mas será que isso é o suficiente para se sustentar no gelo?
Desenvolvimento: EA Sports, Tiburon
Distribuição: Electronic Arts
Jogadores: 1-4 (local) e 1-6 (online)
Gênero: Esporte, Simulação
Classificação: Livre
Português: Não
Plataforma: PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S, PC
Duração: Sem Registros
Repaginado
Com a chegada de NHL 22 para Playstation 5 e para Xbox Series, vemos várias melhorias no game. Entre elas, a engine gráfica de hóquei no gelo mudou, e a antiga engine Ignite dá espaço à Frostbite, que já era utilizada pelo Madden e pelo FIFA. É inegável que isso deixou tudo mais bonito e até mais real, dando um ar de novidade ao título.
O game também pegou emprestado da franquia Madden a mecânica de Superstar X-Factor. Essa ferramenta da gameplay traz jogadores com habilidades diferenciadas para a arena, nos dando a impressão, através de jogadas e movimentações particulares, de que jogadores do mais alto nível do esporte estão presentes naquela partida. Essa mecânica traz um pouco mais de competitividade, seja contra a CPU, contra um amigo ou durante os matches.
Como NHL 22 usa Frostbite, portanto, é normal que as pessoas esperem ter um jogo muito mais suave e próximo da realidade. Embora seja impossível simular completamente a vida real em um videogame.
O jogo oferece uma qualidade quase perfeita do ponto de vista visual e em termos de mecânica. Além disso, o gelo exibe reflexos incríveis e a cada deslize na arena gelada, é possível perceber o desgaste dela. Com relação a outras melhorias, torna-se cada vez mais difícil distinguir o que foi feito neste ano em relação ao ano passado.
A cada temporada são, em sua maioria, pequenas mudanças que chegam ao título, as quais poderiam ser disponibilizadas em uma atualização para a versão anterior. Dito isso, existem, sim, aperfeiçoamentos no NHL 22, especialmente na inteligência artificial da defesa dos goleiros, que podem ser sentidos e são realmente melhores na versão 2022.
Bastante familiar
Embora o NHL 22 ofereça um sistema de menu visualmente mais bonito, ele ainda não é fácil de usar ou intuitivo. Muitas vezes temos que “nos virar nos 30” para chegar onde queremos naquele menu imenso. Coisas pequenas, como fazer substituições de jogadores ou mudar a câmera, se tornam uma grande confusão, e talvez seja preciso trabalhar para simplificar ainda mais a interface dos menus do game.
Em contrapartida, tudo é muito familiar e o fato da jogabilidade ser quase a mesma do NHL 21 é um ponto positivo, especialmente quando pensamos nos jogadores profissionais e nos que prezam pelo competitivo. Outro ponto positivo é a variedade imensa de ligas, times, seleções nacionais e arenas, alguns retornando de temporadas anteriores, outros fazendo sua estreia na versão 2022. Essa abundância de possibilidades traz uma imersão gigante, e nos leva a uma experiência próxima do real universo do hóquei no gelo, modalidade amada no globo inteiro.
Com o motor Frostbite, as melhorias observadas também afetam o ambiente e o modo como ele reage à luz dinâmica, e todo o visual está sujeito à ela: os uniformes dos jogadores, os efeitos de sombreamento e até mesmo as animações dos olhos. Embora os rostos ainda sejam um ponto a trabalhar (mesmo com a remodelação de mais de 100 jogadores e modelos genéricos), especialmente na área das expressões faciais, que ainda são um problema, a apresentação visual está ótima e, junto da jogabilidade super fluída, fácil e familiar, faz com que a franquia da NHL mostre seu melhor este ano.
Os resultados negativos do match
Infelizmente, apesar de lindo, a nova versão de NHL não apresenta grandes novidades e também não traz novos modos de jogo. Embora os modos Be A Pro e Franchise agora contenham as habilidades do Superstar X-Factor, nada mudou, e esses modos permanecem os mesmos. Assim como a mesma experiência do lado do Mundo de CHEL, que não apresenta nenhuma inovação, além de um menu mais fácil de navegar. Uma pequena decepção pessoal foi ter jogado Longshot em jogos anteriores do Madden, saber que o FIFA agora tem o The Journey e ver que o NHL 22 não possui modo para um jogador com uma história. Não é o fim do mundo, mas seria legal a adição de algo do tipo.
Outro ponto negativo é o das cartas HUT (Hockey Ultimate Team), que vão permitir fortalecer seus jogadores, já que, ao receber uma carta HUT X-Factor, ela começará no nível 1, mas irá subindo. Você terá que gastar algum dinheiro para passar para o nível 2, depois para o nível 3, e assim por diante. Porém, quanto mais cartas sobem de nível, mais custa para subi-las, para exigir cartas de jogador ou para conseguir power-ups e avançar de nível. Isso torna tudo muito monetizado e bastante frustrante para o jogador casual, infelizmente, é algo estabelecido há anos e nada nos dá pistas de que possa mudar.
Pontuação final
O NHL 22 é visualmente agradável (se esquecermos dos rostos dos jogadores), as inteligências artificiais defensivas e dos goleiros estão ainda mais refinadas e vimos alguns problemas desaparecerem. Contudo, isso não o torna um jogo imprescindível e mesmo os fãs de hóquei no gelo podem dispensar o game por enquanto, já que a versão anterior continua muito boa e eu, sinceramente, aconselho a esperar uma promoção.
Por conta da falta de concorrentes, o título da EA começa a ficar desleixado e sem novidades grandes, contudo NHL 22 é o mais bonito e o mais divertido jogo de hockey lançado até agora, mas com as faltas de novidades e as semelhanças ao título de 2021, que foi lançado para a geração atual, ele se torna um pouco redundante. Contudo, se você jogou ou tem os NHL de três anos atrás ou ainda mais antigos, se torna realmente interessante procurar o NHL 22.
Cópia de Xbox Series X cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong
NHL 22
Prós
- Variedade de equipes e arenas
- A engine Frostbite faz diferença
- Gameplay acessível
- Visualmente bem bonito
Contras
- Muito igual a versão anterior
- O modo Be A Pro é um copiar e colar do NHL 21
- Navegação nos menus é bem problemática
- Falta de novidades
