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Review ScourgeBringer (PS5) – Morre, recomeça, e vai outra vez

O gênero Roguelike consegue, ao mesmo tempo, ser bastante único e extremamente irritante. Quando você acha que está “pegando o esquema”, o jogo ri da sua cara e muda tudo, aí lá vai você ter que aprender tudo de novo. E assim é ScourgeBringer.

Desenvolvimento:  Dear Villagers

Distribuição:  PLUG IN DIGITAL LTD

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Ação

Classificação: 10 anos

Português: Sim

Plataformas: PS4, PS5, PC, Switch

Duração: 9 horas(campanha)/12 horas (100%)

Mata, morre e perde tudo. 

Gif com o combate de ScourgeBringer
O combate veloz é um dos pontos mais altos de ScourgeBringer

Pertencente ao subgênero Roguelike, ScourgeBringer trata muito bem seu jogador. Durante a partida, podemos obter uma série de itens que melhoram nosso desempenho, como maior número de balas, maior alcance da espada, mais pontos de vida, e por aí vai. Contudo, ao morrer, isso tudo nos é tirado, e voltamos à famosa estaca zero. 

A jogabilidade, se me permitem uma comparação, é uma mistura da espada do Zero, com as armas de Mega, visto em Mega Man e Mega Man X. Como dito acima, a quantidade de munição é bastante limitada no começo, e deve ser melhorada com o tempo (explicarei a seguir) ou com os itens encontrados na tela. Então, passamos boa parte do tempo fatiando inimigos. 

Para isso podemos usar uma aceleração sempre que quisermos, o que é primordial para escapar de golpes de inimigos, acertar adversários que estão longes e obter vantagem no combate. As espadadas são divididas em duas: uma rápida que causa dano mínimo e um porradão que pode atordoar determinados inimigos. Com o tempo, é possível adquirir habilidade e rebater projéteis de inimigos, o que é uma verdadeira “mão na roda”. 

Essas habilidades são adquiridas em uma árvore. O pulo do gato vem na forma de adquirir os pontos para comprar essas belezinhas: você precisa matar o chefinho e o chefão de cada fase para tal feito. Ou seja, morrer é quase como uma necessidade. E isso te leva pro começo de tudo, sem nada, mas só com as habilidades compradas…

Um mundo em pixels

Imagem do vendedor em scourgebringer
Os vendedores são bastante gentis.

A história do jogo é bastante simples, e controlamos uma personagem que precisa desvendar os motivos da grande destruição do planeta. Devo dizer que essa foi uma das partes que menos me chamou a atenção. Agora, sua jogatina dinâmica é bastante divertida.

Uma das decisões mais acertadas dos desenvolvedores foi ter feito seu jogo totalmente em pixel art. Isso é ótimo já que não pesa para os consoles, mesmo os mais antigos, rodarem sem engasgar. No PlayStation 5 foi um espetáculo. Tiro o chapéu ainda por nos darem a opção de mudar o tipo de fonte. Há duas opções: uma pixelizada e uma mais próxima a esta que você está lendo. 

Outra coisa a salientar é a beleza dos cenários. Sempre há salas escondidas com itens esperando para serem adquiridos, e também uma espécie de altar que concede uma melhoria, bastando escolher entre as disponíveis. Além disso, há dois tipos de mercadores: um que pede pontos de vida e outro que pede moedas de ouro. Cada um oferece vantagens únicas, mas sempre naquele esquema: morreu, já era. 

Os ambientes possuem temas, e, consequentemente, seus monstros também. É muito legal passar para uma nova parte e descobrir coisas novas, mas é extremamente frustrante voltar pro começo com nada. Contudo, isso não ocorre sempre. 

ScourgeBringer possui um sistema de níveis adaptativos. Caso você morra muitas e muitas vezes, como este que vos escreve, um personagem aparece e tira um pequeno sarro da cara, dizendo algo como “pegue isso, pois você está precisando”. Ele também te dá uma série de itens que ajudam na jornada, como mais pontos de vida, maior dano, entre outros. Mas é só morrer que tudo se perde.

A essência de ScourgeBringer

Essa ideia de morrer, perder, e começar de novo é meio repetitiva, se sua habilidade não for muito boa, mas matar aquele chefão é sempre prazeroso demais. Os gráficos são muito bem feitos e sua trilha sonora é de um heavy metal muito, mas muito bom. Caso esse subgênero seja do seu interesse, adquira ScourgeBringer, já que, além de ser bastante divertido, também está em português, e ajuda demais na hora de escolher entre as habilidades.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

ScourgeBringer

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Gráficos Pixel Art muito bonitos
  • Ação dinâmica
  • Bom sentimento de progressão
  • Trilha sonora animal

Contras

  • Extremamente punitivo