Fãs de Sword Art Online, alegrem-se, pois finalmente temos uma nova e excelente aventura nesse universo repleto de oportunidades. Sword Art Online: Fractured Daydream abusa do que os jogos antecessores criaram, mas sem exageros. Aqui, temos a chance de visitar os muitos mundos que a franquia nos apresenta e, principalmente, lutar contra diversas figuras icônicas.
Desenvolvimento: Dimps Corporation
Distribuição: Bandai Namco
Jogadores: 1 (local), 1-20 (online)
Gênero: Ação, Tiro, RPG
Classificação: 12 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PS5, PC, Xbox Series X|S, Switch
Duração: 5 horas (campanha)/9 horas (100%)
Um mundo em pedaços
Sword Art Online: Fractured Daydream nos leva para uma linha do tempo em frangalhos. A implementação do sistema Galáxia, que permite que os jogadores revivam certas memórias, deu algum tipo de problema. Fuuka e Neige são as novas personagens apresentadas, e elas são, respectivamente, uma testadora do novo sistema e uma IA que a auxilia na tarefa.
A história demora bastante tempo para engrenar, já que são muitos personagens para apresentar e juntar. Em determinadas missões, precisamos usar somente alguns membros, com times que podem ter até 4 membros. A história se desenvolve bem, com os produtores aproveitando ganchos do anime para enriquecer o roteiro. Para os fãs de SAO, o jogo é um prato cheio de referências e nostalgia.
No caminho, vamos descobrindo que os muitos mundos de Sword Art Online estão conectados, ou seja, podemos jogar com personagens do jogo original, de Alfheim Online, Gun Gale Online e até do Underworld, presente na terceira temporada do anime. Isso faz com que uma miríade de personagens estejam disponíveis, o que aumenta (e muito) a rejogabilidade do game.
Ou seja, temos como escolher nomes como Kirito, Asuna, Death Gun, Eugeo, a Administradora, Sinon, e vários outros. Cada um deles tem uma função específica dentro do time, como lutador, tanque, mago e outros. Todos possuem uma jogabilidade totalmente diferente, o que faz com que seja necessário encontrar aqueles que se adequem ao seu estilo.
Estilos de jogo
Para começar, vamos usar como exemplo o protagonista, Kirito. Ele é um lutador, o que faz com que ele seja um dos personagens mais básicos do jogo. Ele possui três tipos de golpes especiais diferentes, e sua aparência é a mesma vista na parte inicial da primeira temporada do anime, sem ter as asas de ALO.
Enquanto isso, Death Gun é um atirador, e sua jogabilidade é muito similar aos jogos de tiro em terceira pessoa. Então, a coisa muda de figura conforme o personagem que está sendo controlado. E isso é um problema, já que o sistema de mira, automática ou não, é completamente atroz. Muitas das vezes, é mais fácil girar a câmera até o alvo e aí bater ou atirar.
Isso torna o uso de golpes especiais frustrante, pois eles frequentemente acabam sendo lançados no vazio. Contudo, como geralmente estamos lutando contra hordas imensas de inimigos e chefões enormes, isso não é um problema tão grande – com o perdão da piada.
Um time bem equilibrado é essencial para conquistar as melhores notas em cada uma das fases, então é preciso escolher com parcimônia quem fará parte do time. Para o meu estilo, o ideal sempre foi ter um lutador, um mago, um suporte e um tanque, variando de personagem conforme necessário.
Mapas e mais mapas
Diferente dos jogos anteriores, que possuíam diversas áreas conectadas formando um grande mundo, agora temos fases. Isto é, em alguns momentos, temos as cidades pós-apocalípticas de Gun Gale Online, e em outros, temos as florestas de Alfheim Online. Isso traz um frescor para as fases, já que não há grandes áreas vazias.
A maioria das fases consiste em completar determinadas missões, como eliminar inimigos, proteger companheiros ou objetos da missão, entre outros. Muitas das vezes, há alguns itens que precisam ser descobertos, ou itens cosméticos a serem coletados. Isso meio que nos obriga a ficar caçando esses objetos para aumentar nossa nota no final de cada fase.
Modo online
Finalmente temos um modo online ótimo em Sword Art Online: Fractured Daydream. Há 4 estilos de jogo diferentes: mundo aberto, que é autoexplicativo; as raides de chefes; a torre da determinação, onde encaramos hordas de monstros com diversas restrições; e a quest cooperativa, que junta os jogadores em cinco times de 4 pessoas em missões que resultam na luta contra um chefão.
Seja sozinho ou com amigos, esses modos são extremamente divertidos e aumentam e muito a longevidade do game. Cada personagem sobe de nível de forma individual durante os eventos, isto é, tudo depende do seu desempenho e habilidade durante as fases.
Dessa maneira, é possível que a Bandai Namco transforme o jogo em uma espécie de live service , já que há a possibilidade de comprar moedas dentro do jogo para obter equipamentos e outros itens. Resumindo, se o jogo for um sucesso, mais missões, modos, personagens e conteúdos poderão ser adicionados posteriormente.
Por exemplo, adoraria ter a opção de jogar com a versão de Kirito do Alfheim Online e poder voar um pouco pelos mapas, ou então a versão arqueira de Sinon, vista no Underworld. Enfim, as possibilidades são imensas.
Quase perfeito
Sword Art Online: Fractured Daydream é um daqueles jogos que celebram a franquia de forma brilhante. Felizmente, há legendas em português com textos maravilhosamente bem adaptados, com diversas piadas muito bem localizadas. A dublagem japonesa é um espetáculo à parte. Os gráficos são sensacionais e de alto nível. O detalhamento de vários personagens é excelente, mas o mesmo não pode ser dito para os monstros mais básicos, por assim dizer, já que eles aparentam ser um tanto quanto genéricos, ao contrário dos chefões.
A jogabilidade está ótima, apesar do sistema de mira, que precisa ser revisto urgentemente. Por fim, Sword Art Online: Fractured Daydream é recomendado para quem procura um grande jogo baseado em animes, mas também para quem quer uma aventura que respeite o seu tempo e dinheiro, já que há conteúdo suficiente para ser jogado (e rejogado) por muitas horas.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro