Estamos vivendo uma das melhores épocas para os fãs de RPGs, com uma variedade de ótimos títulos sendo lançados. Sky Oceans: Wings for Hire é mais um jogo que chega para enriquecer o ano de 2024. No entanto, alguns aspectos do jogo ofuscam o seu brilho.
Desenvolvimento: Octeto Studios
Distribuição: PQube
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 10 anos
Português: Não
Plataformas: PS5, PC, Xbox Series X|S, Switch
Duração: 9 horas (campanha)
Ás da aviação
Nosso protagonista é Glenn Windwalker, que vem de uma família com um grande passado de renomados pilotos, mas que escondem um grande segredo. Ele e seus amigos estão treinando para se tornarem pilotos de sua tribo, e basta cumprir uma última missão para alcançar esse título.
O grupo consegue cumprir a missão e um grande festival será realizado para celebrar o momento. Contudo, antes do grande dia, a Aliança ataca a vila, destruindo quase tudo que há pela frente. Glenn consegue fugir do caos com a ajuda da sua mãe, mas nem tudo sai conforme o planejado, e assim começa a grande aventura.
A história de Sky Oceans: Wings for Hire tem um bom ritmo, e o desenvolvimento da trama é bom, e a forma escolhida para apresentar os acontecimentos foi muito bem feita. Porém, há momentos em que precisamos ficar indo e voltando para pegar alguma informação, e só assim dar sequência a ação. Felizmente tudo é muito bem marcado, então se perder não é uma opção.
Há duas formas de explorar locais: a pé, igual a todos os outros, e com as naves. Por diversos momentos, precisamos usar as naves para completar missões, seja para explorar um mapa ou chegar até outra localidade.
Para diferenciar os personagens, cada um possui habilidades diferentes. Glenn consegue usar um radar para mostrar possíveis inimigos, enquanto Mira consegue carregar itens, e assim vai. Mas não é tão fácil assim de as controlar, além da velocidade ser variável, sendo preferível deixar sempre abaixo do máximo, o suficiente para ter total autonomia na movimentação.
Combatente do ar
As lutas em Sky Oceans: Wings for Hire acontecem no ar, obviamente. Cada personagem tem sua própria indumentária e acesso a ataques especiais com diferentes elementos. Geralmente, eles causam algum efeito nos adversários, conforme o seu tipo, então o ideal é abusar desse sistema. Ou seja, é sempre bom causar uma paralisia temporária, deixar o inimigo queimado, entre outros.
Uma das coisas mais legais que temos aqui é a possibilidade de ver quem será atacado no nosso time, antes mesmo de definirmos os nossos próprios comandos. Isto é, podemos tentar proteger um membro que esteja com poucos pontos de vida, usar um item de recuperação, ou liquidar o adversário. No geral, o combate é bastante divertido, com muitas opções de movimentos e táticas, sendo possível abusar bastante das mecânicas e assim destruir os inimigos com facilidade.
Por fim, os times são formados com até quatro participantes, porém, podemos escolher quem levar – exceto nos momentos em que há membros obrigatórios em missões. Mas aqui reside um problema, já que somente os membros efetivos do time ganham pontos de experiência, e consequentemente, sobem de nível. Então, o ideal é ficar rotacionando entre os parceiros de time para tentar manter todos em um nível parecido.
Aviador dos céus
No geral, Sky Oceans: Wings for Hire cumpre bem o seu papel. Seu mundo, repleto de ilhas e baseado em um “mar” de ventos, é bastante interessante e curioso de se explorar. A história tem um bom desenvolvimento, exceto naquelas partes em que precisamos ficar indo e voltando para conversar com vários personagens.
O combate é extremamente divertido e com vários personagens diferentes, o que nos dá uma sensação distinta ao controlar cada um deles. Os gráficos são até bons até, mas há um capricho especial principalmente nas cenas com os aviões. Por fim, a falta de legendas em português por afastar potenciais fãs, mas que ainda assim deveriam dar uma chance para esta excelente obra.
Cópia de Xbox Series X cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro