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Review Tannenberg (Xbox One) – A guerra para acabar com todas as guerras

Desenvolvido e publicado pela ‪M2H & BlackMill Games‬, mesmos desenvolvedores de Verdun, Tannenberg coloca o jogador na pele de soldados de diversas nações em diferentes frontes de batalha na primeira guerra mundial, a guerra que acabaria com todas as guerras. Prepare seu rifle e máscara de gás para vivenciar um dos conflitos mais importantes da humanidade.

Desenvolvimento: M2H & BlackMill Games‬
Edição: M2H & BlackMill Games‬
Jogadores: 1-40 (online)
Gênero: Ação, Aventura, Tiro, Estratégia, Simulação
Classificação indicativa: 16 anos
Português: Interface e legendas
Plataformas: PS4, PC e Xbox One
Duração: Sem registros

Campo de batalha.

Precisão histórica

Tannenberg tenta oferecer ao jogador uma experiência fiel sobre como era estar em meio às trincheiras durante a Grande Guerra, mantendo a maior autenticidade possível nos uniformes, armas utilizadas durante os combates e os respectivos campos de batalhas, que não eram poucos. 

Os mapas são muito bem construídos e contam com uma bela variedade. Você poderá combater seus inimigos em lagos lamacentos com péssimos terrenos que dificultaram sua vida, pois sua visibilidade será horrível em diversos pontos.

Além dos lagos, temos florestas que estarão cheias de inimigos apenas esperando o seu primeiro erro, montanhas com um terreno irregular que podem acabar servindo tanto como vantagem ou desvantagem, e planícies nevadas que possibilitam ver o inimigo se movimentando ao longe, cabendo a você acertar o melhor tiro possível e atrasar a investida do oponente.

Todos os embates se passarão no fronte oriental, e você experimentará o pior de uma guerra, desde a chuva de balas de uma metralhadora pesada até o aterrorizante ataque de gás mostarda que fez tantas vítimas.

Colina com metralhadora pesada.

Jogabilidade

Não espere uma jogabilidade tão fluida quanto a de um Battlefield ou Call of Duty da vida. Tannenberg vai na contramão disso, principalmente por se tratar de um jogo que tenta se aproximar de uma experiência realista.

Contamos com uma bela quantidade de armas – mais de cinquenta – e claro que não se comparam as atuais, pois eram mais pesadas, com pior precisão, carregamento demorado, etc. E todos esses aspectos impactam diretamente na jogabilidade, sendo mais lenta e cadenciada, exigindo maior esforço para que o jogador tenha um total domínio do seu rifle.

Outro ponto na forma de jogar, e esse me incomodou um pouco, é a velocidade para mirar. O jogo consegue ser bem lento e incomoda a princípio, e demorou algumas partidas até que eu conseguisse compreender completamente o tempo necessário para começar a atirar contra meu inimigos.

Também não podemos esquecer que as estrelas desse jogo são os rifles que, diferente de outros jogos onde necessitamos de vários tiros para acabar com os oponentes, aqui um tiro costuma ser suficiente para matar na maioria das vezes, por isso os rifles são implacáveis e mortais.

E caso você fique sem munição, temos sempre uma arma secundária à nossa disposição, seja um revolver ou então um sabre, além da sempre confiável Baioneta.

Ponto estratégico.

Modos de jogo

Contando com três modos de jogo, todos sendo multiplayer, Tannenberg não nos oferece uma campanha e, dos três disponíveis, em todas as vezes que joguei, só encontrei jogadores no modo principal, o carro chefe do jogo, o Manobra.

No Manobra, este que se assemelha muito ao Dominação de outros jogos, mas com características próprias e bem interessantes, os dois times devem batalhar pelo domínio de oito pontos diferente espalhados pelos mapas, e cada um dá um bônus para a equipe que estiver dominando, como um ressurgimento mais rápido ou poder solicitar um ataque de gás mais rapidamente.

Os outros dois modos são bem simples e vazios, como falei anteriormente. O Atrito, onde dois times se enfrentam e aquele com a maior quantidade de abates vence, e o Mata-mata de rifles, onde os jogadores estão cada um por si e aquele com o maior número de abates vence. Também podemos personalizar uma partida de qualquer um dos modos disponíveis de acordo com nossa preferências, além de podermos jogar apenas contra bots.

Ame ou odeie

Tannenberg é aquele tipo de jogo que ou você ama ou odeia. Ele não conta com os melhores gráficos ou jogabilidade, além de ter algumas animações de movimentação bem pobres, mas consegue entregar uma boa experiência – com um ótimo trabalho na parte sonora – para um nicho de jogadores que procuram algo mais fiel aos campos de batalha da primeira Guerra Mundial.

Então, se você se encaixa nesse perfil, sem dúvidas deverá dar uma chance ao game.

Esta review foi feita com uma cópia de Xbox One cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Tannenberg

8

Nota final

8.0/10

Prós

  • Fidelidade histórica
  • Variados campos de batalha
  • Bom trabalho de áudio
  • Diversas armas.

Contras

  • Gráficos datados
  • Jogabilidade travada
  • Animações deixam a desejar