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Review The Caligula Effect: Overdose (PS5) – Uma jornada em busca da realidade 

Depois que a franquia Persona se popularizou, todos querem ter um game do estilo para chamar de seu, e The Caligula Effect: Overdose não foge disso. O jogo se passa em uma tradicional escola japonesa, mas não precisamos fazer nenhuma aula, lidando com outro tema central: a música. Vamos por partes.

Desenvolvimento: FuRyu
Distribuição: NIS America
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG, Ação
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, PS5,
Duração: 27 horas (campanha)/76 horas (100%)

Um futuro… possível?

imagem de um diálogo de the caligula effect: overdose
Não envelhecer seria bom ou ruim?

A história de The Caligula Effect se passa, na verdade, em um mundo virtual que prendeu a mente de diversos estudantes japoneses. Ele foi inventado pela vocaloid μ (Mu), e lá ela é a senhora de tudo, querendo fazer todas as vontades dos seus habitantes, mas com o preço de que eles nunca poderão sair dali. 

Porém, um belo dia, seu personagem (que pode ser menino ou menina) “acorda” e percebe que algo de errado está em curso naquele local. Assim, ele conhece o Go-Home Club (Clube de voltar para casa, em tradução literal) e a pequena X, uma virtual doll que ajuda o grupo a liberar seus poderes. 

A partir daí conhecemos outros ídolos que são seguidores de Mu, até finalmente encontrá-la e dar um ponto final na sua história. Há alguns conflitos muito interessantes no decorrer do jogo, e muitos deles dizem muito sobre como a sociedade japonesa é formada, então é interessante conhecer esse lado. Porém, algumas situações podem parecer um pouco exageradas demais para quem vê de fora.

Corra pelos corredores

imagem de um corredor
Esse shopping tem muitos corredores, acredite.

Uma coisa que The Caligula Effect peca é em sua quantidade exagerada de corredores. A própria escola usada como pano de fundo parece um labirinto gigante, isso sem falar nos muitos outros prédios que visitamos. Eventualmente, temos que encontrar maneiras de abrir portas, e é aquele clichê chato de ter que apertar um botão lá do outro lado do mapa para conseguir seguir adiante. 

Felizmente, podemos evitar o combate. Os demais alunos que são controlados por Mu perdem o controle após um contador atingir 50%, aí não tem jeito: é briga. Para mim, esse é o grande destaque do jogo.

Lutando, atirando, socando

imagem do protagonista masculino
O jeito é atirar em quem interferir a nossa jornada.

O combate é a parte divertida do jogo. Cada membro do grupo pode ter até 3 ações por turno, e não importa se é atacar, usar uma habilidade ou se posicionar no mapa. Para não ficar muito cansativo, é possível ativar um modo automático, mas ele só dá um ataque com cada personagem, enquanto podemos decidir o que fazer com nosso principal.

Além disso, podemos ver o que o adversário pretende fazer e assim agir de acordo, o que nos faz ganhar uma imensa vantagem. Aí é só usar os seus golpes e destruir os adversários. O que eu mais fiz foi tentar lutar contra inimigos com níveis mais altos que os meus para ganhar mais pontos de experiência, subir de nível e ganhar pontos de habilidade.

Com ele podemos liberar novas técnicas ou aumentar o nível de golpes que já temos, mas eles são compartilhados por todos. Isso faz com que tenhamos que avaliar bem quem ganhará o que. Outra coisa que podemos fazer com eles é reviver certos cenários com os nossos personagens. Por exemplo, podemos conversar com os colegas e fazer algumas escolhas de diálogo que afetam se vamos ou não ganhar pontos. Caso o erro seja grave, aí podemos refazer aquele cenário ao custo citado. Essa é uma boa maneira de nos manter sempre evoluindo e acumulando pontos. 

Os efeitos de calígula

The Caligula Effect: Overdose nos faz pensar em vários momentos, algo que pode tornar o título em algo exaustivo. A música é um dos pontos principais do jogo, e a parte cantada só entra durante as lutas, o que também pode cansar rápido. A edição do PlayStation 5 melhorou bastante a qualidade dos personagens e cenários, mas é possível notar que não temos um jogo dessa geração, e sim uma adaptação. Se estiver procurando uma aventura, dê uma chance, apesar da falta de legendas em inglês poder ser um problema – mas isso é facilmente contornável.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro/Jason Ming Hong

The Caligula Effect: Overdose

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Combate divertido e automatizado
  • O jogo incentiva a exploração
  • Bons gráficos

Contras

  • Falta de legendas em português
  • Excesso de corredores