The Last Friend (Switch) Cover

Review The Last Friend (Switch) – Resgatando doguinhos em um mundo apocalíptico

Em uma mistura inusitada, mas formidável de tower defense com beat’ em up, The Last Friend te coloca na pele de Alpha, um homem de poucas palavras, mas de grande coração. Ele tem como objetivo salvar todos os cachorrinhos sequestrados por seus inimigos! 

Desenvolvimento: The Stonebot Studios, Ludus Games

Distribuição: Skystone Games Inc.

Jogadores: 1-2 (local)

Gênero: Arcade, Luta, Aventura, Estratégia 

Classificação: 10 anos

Português: Não

Plataforma: PC, PS4, Switch, Xbox One

Duração: 4.5 horas (campanha)/12 horas (100%)

Todo dia é um dia de cão

Alpha em seu acampamento com os cães já resgatados

Alpha é um barbudão, marrento, musculoso e com cara de mal, mas que na verdade é super gente boa. O mundo sofreu uma espécie de apocalipse, e tudo agora é desértico. Mas isso nem é a pior parte, pois infelizmente os cachorros estão desaparecendo misteriosamente. 

Junto de seu fiel companheiro, T. Juan, um chihuahua extremamente carismático e bem humorado, Alpha parte para resgatar os mais diversos cãezinhos. Com 4 mapas distintos, assim como os inimigos e fases variadas para não cair na monotonia, uma história simples, bem humorada e cativante, The Last Friend vai roubar seu coração, enquanto te faz salvar muitos “catiorinhos”. 

Todos os cães merecem o céu 

Placar ao final da missão.

Com uma mistura intrigante e bem aplicada de tower defense e beat’ em up, temos cãezinhos que comandam as torres e criam armadilhas para impedir os inimigos de se aproximarem do trailer de Alpha e T. Juan. São 40 cachorros ao total que podemos encontrar e resgatar nas mais diversas fases. Cada qual, com sua arma/armadilha ou habilidade. A gama de combinações e estratégias que o jogador pode criar são bem amplas. São tantas opções que às vezes fica até difícil de escolher.

As armas dos seus cãopanheiros variam bastante, podendo ser tiros com diversos efeitos diferentes, como fogo e choque que causam dano prolongado, água que deixa os inimigos mais lentos, minas terrestres, armadilhas que prendem por um momento sua vítima, e até mesmo um cão que pode garimpar mais scraps para Alpha. 

Além disso, há ainda habilidades passivas e especiais. O jogador é livre a escolher na maioria das fases quantos cães de cada tipo irá usar. Já os scraps são como os materiais necessários para construir suas armas. Fora isso, ainda é possível aumentar o nível de seus cães, para melhorar suas torres, armadilhas e habilidades. Assim como é possível fazer com seu trailer e com Alpha, também. 

Mapa

Existe uma variedade de fases que não foca apenas em se defender, mas algumas te colocam no modo total de “porradaria”, principalmente nas fases de chefes. Outras são fases de habilidades, que te desafiam a conseguir realizar algo antes que o tempo acabe, além de outros tipos para não te deixar ficar entediado. É possível encontrar NPC’s que te pedem ajuda, o que gera algumas side quests para apimentar ainda mais seu gameplay. 

O mais interessante é ver como gêneros tão diferentes conseguem conversar tão bem, pois enquanto monta suas torres cheias de cãezinhos mandando ver, Alpha está à frente da batalha com seus punhos e chutes poderosos, mostrando como um bom trabalho em equipe funciona. Ele possui um arsenal bem completo de movimentos, podendo atacar com socos e chutes, defender, contra atacar, desferir golpes carregados e até usar especiais. 

Há um modo multiplayer local, em que é possível bater nos vilões sequestradores de cachorros em dupla. Jogar em modo co-op é extremamente divertido, porém acaba caindo no único problema deste jogo: sua baixa dificuldade. O que já não era desafiador em single player, passa a ser ainda mais fácil jogando em multiplayer.  

Arremessando um inimigo

O bacana é que o player 2 joga com o T. Juan em uma espécie de mecha (armadura robô) e tem uma jogabilidade um pouco diferente de Alpha. O chihuahua possui habilidades distintas, podendo garimpar scraps, invocar um drone para auxiliar no combate e fazer uma explosão de energia, tudo isso sem precisar depender dos scraps.É impossível também não perceber que The Last Friend teve um pézinho de inspiração lá no primeiro Plants VS Zombie, pois existem algumas semelhanças entre eles. 

Latidos e Design

Fazendo um upgrade com T. Juan

The Last Friend tem um equilíbrio brilhante entre gameplay, gráficos cartunescos, trilha sonora e enredo. A música casou bem com suas fases horas mais movimentadas, com diversos inimigos, tiros para todo lado e horas com porradaria desenfreada. 

Como dito, o game possui gráficos cartunescos muito legais e que combinam totalmente com a vibe de desenho animado descontraído que o jogo passa.   Infelizmente não há localização para nossa língua, o que é uma pena, pois isso faz com que o jogador não fluente em inglês não desfrute totalmente da experiência do jogo.

Legal pra cachorro 

Com toda certeza The Last Friend é algo em que eu não esperava nada e ganhei tudo! Ele é cativante, divertido, fofo, bem feito e, o melhor, com “doguinhos”! Apesar da mistura inusitada, ele é muito satisfatório, e é impossível começar a jogar e não se empolgar do começo ao fim.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

The Last Friend

9

Nota Final

9.0/10

Prós

  • Divertido, cativante e emocionante
  • Ótima jogabilidade
  • Sistema de melhorias
  • Bom humor
  • Excelente mistura entre Tower Defense e Beat' em Up

Contras

  • Sem localização
  • Sem seleção de dificuldade, que deixa o jogo bem fácil.