AVISO: Informamos que este jogo possui sexualização de alguns personagens em suas vestimentas, apesar de nada explícito. Verifique a classificação indicativa.
A Nihon Falcom é uma das desenvolvedoras de JRPGs mais ambiciosas da atualidade. A empresa foi uma das responsáveis por popularizar o gênero, mas ganhou ainda mais destaque na última década graças à saga The Legend of Heroes, que já conta com pelo menos 12 jogos lançados, considerando somente a linha Trails. The Legend of Heroes: Trails Through Daybreak II é a segunda parte do chamado arco de Calvard, e começa, literalmente, no ponto em que o primeiro termina.
Desenvolvimento: Nihon Falcom
Distribuição: NIS America
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 18 anos (violência extrema, drogas lícitas, conteúdo sexual, drogas)
Português: Não
Plataformas: PS4, PS5, Switch, PC
Duração: 46 horas (campanha)/84 horas (100%)
Uma grande campanha

Como esse é o segundo capítulo do arco de Calvard, é necessário, pelo menos, ter conhecimento prévio da aventura do primeiro jogo. Ainda assim, o jogo conta com um bom vídeo de retrospectiva para situar os novatos ou relembrar os já iniciados. Além disso, há um compêndio com muitas informações importantes para se aprofundar ainda mais no universo explorado pelo game.
A história de The Legend of Heroes: Trails Through Daybreak II apresenta um monstro que assassinou cruelmente um grupo de soldados das Forças Especiais. Isso faz com que o destino junte Van Arkride e Elaine Auclair em uma investigação, mas um estranho fenômeno acontece quando eles se encontram com Agnès Claudel, e assim começa uma nova jornada.
O desenvolvimento da aventura é ótimo e extremamente dinâmico até o terceiro ato, que acaba se tornando um tanto quanto enrolado. Ainda assim, a maneira como o jogo foi construído nos incentiva a explorar e a investigar, e isso é bastante divertido. Fora a missão principal, há muitas missões extras para se fazer, o que ajuda em muito a desenvolver ainda mais o mundo.
Dois combates

The Legend of Heroes: Trails Through Daybreak II possui dois tipos diferentes de combate: um em tempo real e outro através de turnos. No geral, é possível navegar pelos mapas destruindo monstros dando bordoadas neles em tempo real, mas os confrontos contra chefes sempre ocorrem em turnos.
Há uma abundância de personagens disponíveis, sempre com suas próprias características. Alguns deles usam espadas, outros possuem armas de fogo, equipamentos de contusão e por aí vai, cada um com seu próprio tempo e forma de jogar. Ou seja, o ideal é sempre escolher aquele que melhor se adequa ao seu estilo de jogo.
No combate por turnos, podemos acompanhar a sequência de movimentos em uma barra dupla que divide inimigos de aliados. Ainda assim, é preciso andar pelo mapa, sempre a partir de um raio de ação, e, quando possível, atingir mais inimigos com golpes em áreas.

No geral, as lutas são divertidas, mas alguns chefões possuem uma quantidade de pontos de vida excessivamente alta. Por fim, uma das coisas mais legais que o jogo tem são os golpes especiais. Todos são cinematográficos e muito bonitos de se ver, isso sem falar na quantidade de dano causado por eles.
Uma longa aventura
A história contada pela Nihon Falcom é bem longa. A empresa já anunciou que The Legend of Heroes: Trails Through Daybreak II é situado na metade da saga, então ainda tem muito chão pela frente. Dito isso, é excelente ver como a jogabilidade evolui a cada jogo, ficando ainda mais dinâmico, muito pelo fato de haver mecânicas que aceleram a velocidade da corrida dos personagens e também o tempo de demora para que cada golpe seja executado.
Por fim, o combate do jogo é ótimo, e os gráficos estão entre os melhores que a empresa já produziu até hoje. A dublagem é de alto nível, com o único pesar de não possuir legendas em português. Recomendo muito o game para aqueles já iniciados na saga, e acredite, vale bastante a pena mergulhar nessa aventura.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro