Capa do The Wild at Heart

Review The Wild at Heart (Switch) – Uma aventura emocionante pelo Bosque Profundo

The Wild at Heart, desenvolvido pela Moonlight Kids, traz a história de dois jovens em fuga que entram em uma floresta sobrenatural repleta de mistérios. Com uma história cativante, uma arte linda e uma jogabilidade fora do comum, The Wild at Heart consegue trazer uma atmosfera envolvente e que consegue prender o jogador por horas.

Desenvolvimento: Moonlight Kids
Distribuição: Humble Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Aventura, Estratégia
Classificação: Livre
Português: Legendas e interface
Plataforma: PC, Xbox One, Xbox Series, Switch
Duração: 10 horas (campanha)/ 26 horas (100%)

Uma fuga que deu errado

Wake em um cenário com os pequenininhos

O jogo inicia com Wake acordando pronto para fugir de sua casa, e até o momento não sabemos o motivo dessa fuga, equipado com um aspirador de pó modificado. Ele tinha combinado de encontrar sua amiga Kirby no caminho, mas acaba se perdendo e se distraindo com uma pequena criatura, que o leva até o Bosque Profundo, lugar em que o protagonista vai passar por coisas que nunca imaginou para impedir o fim dessa floresta.

Após entrar dentro do bosque, encontramos o Casaco Cinzento, um dos guardiões da floresta, que vai apresentar o universo onde o jogo se passa e nos guiar durante a aventura, sendo possível contatar ele a qualquer instante.

A história é complexa e mais extensa do que aparenta ser, com muitos personagens carismáticos e com personalidades únicas. Através de uma evolução interessante e sempre mantendo certo suspense, ela consegue manter o jogador instigado para saber o que vai vir a seguir.

Você não precisa fazer isso sozinho

Uma conversa entre Wake e Kirby, em que Wake diz a ela: "Sim, tô bem melhor agora, obrigado... Tenho que ter mais cuidado."

Durante o enredo, temos a presença dos Pequenininhos, que são criaturas que nos ajudam a resolver puzzles, passar por caminhos bloqueados, a carregar itens e no combate que, acredite, fica muito difícil ao decorrer do jogo. Existem diversos tipos de Pequenininhos, cada qual com suas características específicas e, desse mesmo modo, tendo suas vantagens e desvantagens. Além disso, é possível invocar e depositar eles em acampamentos, já que tem um número limite de criaturas que podem andar com o personagem.

Após certo momento, nos encontramos com Kirby e é possível alternar o controle entre os protagonistas, todos tendo seus prós e contras. Em questão de combate, ambos são idênticos, mas possuem ferramentas diferentes que auxiliam em puzzles de formas diferentes. Wake possui seu aspirador, que permite aspirar e movimentar pequenos moinhos, que podem abrir portas ou oferecer sucata – a moeda do jogo -, já Kirby possui um tipo de lanterna, que permite matar inimigos durante a noite e tirar um tipo de escuridão do mapa, além de outras utilidades. Outra vantagem de Kirby é a capacidade de passar por pequenos buracos e chegar em áreas que antes eram inacessíveis, trazendo uma dinâmica maior para o mapa e para quebra-cabeças.

Falando sobre o mapa, você vai andar muito por ele e voltar ao mesmo lugar várias vezes, já que ao longo da gameplay serão conhecidos Pequenininhos diferentes que vão te levar a lugares diferentes, o que pode cansar às vezes. Além disso, o mapa pode ser um pouco confuso no início e vai ser fácil ficar perdido nele, ou acabar pegando um caminho errado e perdendo completamente o foco.

Uma arte criativa e performance praticamente impecável

Wake conversando com dois guardiões da floresta

Uma das melhores partes do jogo é o gráfico cartunesco maravilhoso e com detalhes minuciosos. The Wild at Heart consegue diferenciar bem o dia da noite através de sua arte, mostrando de forma clara que durante o dia tudo é calmo e simples, porém, durante a noite a arte consegue passar um clima tenso e assustador, passando a sensação que algo está espreitando e pronto para aparecer e te atacar, que é uma das premissas daqui. Aproveite o dia e durma durante a noite para se manter seguro.

A trilha sonora é outro detalhe incrível, possuindo músicas e sons calmos que realmente fazem você se sentir no ambiente em que The Wild at Heart quer que você esteja, seja em uma floresta ou na beira de uma praia, com sons de inimigos ao fundo.

A performance é muito boa e os gráficos continuam impecáveis mesmo no modo portátil, apresentando taxa de frames estável e sempre mantendo uma boa imagem. O único problema são as telas de carregamento, que vem em grande quantidade e demoram um pouco, mas nada que chegue a quebrar o ritmo da jogatina.

Se aventure no Bosque Profundo

The Wild at Heart é um dos únicos jogos em que é difícil você achar um defeito que possa fazer uma pessoa odiar ele, já que apresenta uma história envolvente, jogabilidade dinâmica e diferente do convencional, além gráficos maravilhosos, sem falar que toca em assuntos sensíveis com cuidado e de forma perspicaz para não deixar algum jogador desconfortável durante a gameplay. Acompanhar a jornada de Wake e Kirby de perto e descobrir o que motivou cada um a fugir de casa é algo incrível e que realmente vale a pena. Desvendar os mistérios e ver o desenvolvimento da relação deles com o próprio Bosque Profundo e seus habitantes faz as horas que você passar jogando esse game serem únicas e inesquecíveis.

Cópia de Nintendo Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

The Wild at Heart

9.5

nota final

9.5/10

Prós

  • Jogabilidade dinâmica
  • Enredo cativante
  • Gráficos lindos
  • Personagens memoráveis

Contras

  • Mapa um pouco confuso
  • Telas de carregamento longas