Esse é um título que apresenta uma ideia soturna e diferente. Vindo com uma arte linda e uma premissa que lembra RPGs antigos, Undungeon é um game de ação e RPG que tenta retornar a essência de RPGs de ação à moda antiga com um ar moderno.
Trazer a paz nas dimensões, mudar e determinar o destino dos mundos, criar e decidir o que acontecerá no novo Multiverso, parece uma ideia muito boa. E foi isso que me chamou a atenção no jogo, mas infelizmente nem tudo é tão bonito quanto a pixel art do produto.
Desenvolvimento: tinyBuild
Distribuição: Laughing Machine
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG, Ação, Aventura
Classificação: 18 anos
Português: Não
Plataformas: PC, Switch
Duração: 4 horas (campanha)/18 horas (100%)
Que viagem é essa?
Logo no começo, somos apresentados a uma premissa obscura e somos informados por uma divindade obscura sobre sete “universos alternativos” diferentes que se fundiram, causando um evento cataclísmico. Encarnamos um membro de uma sociedade secreta determinada a impedir a destruição de mais mundos. Pelo que pude perceber, assumimos a forma de um personagem ceifador trazido de volta à vida, um personagem sem memória do seu passado e que está recebendo ordens de um poder superior misterioso.
A história começa sem muita explicação. Normalmente, não gosto de ter muitas exposições sobre a narrativa, mas aqui a bagunça é generalizada, e pelo menos uma pequena construção de mundo é essencial para que nos sintamos imersos no universo da obra. Um pedaço de sua jornada mal explicada é coletar partes do corpo para se recriar, o que contribui para um interessante gancho de RPG, mas mata a história principal.Aqui temos também missões que precisam de mais explicações, pois, apesar de termos toneladas de textos, nada fica claro, tudo parece levar nada a lugar algum.
Golpes no vazio
Pior ainda, é o complexo esquema de controle. O ataque é simples, exigindo que você aperte o botão Y para danificar seus oponentes. Para usar um item, você deve pressionar o botão X, que arremessa o item na sua frente e então deve acertá-lo com um golpe corpo a corpo. Para alterar elementos e itens é tudo igualmente bizarro e complicado de realizar. Isso causa um cansaço dando à jogabilidade um ar triste, inchado, engessado e nada prazeroso
Acima vimos que encontramos diferentes partes do corpo para modificar nosso ceifador morto-vivo. Ao trocarmos moedas raras ganhamos melhores números de habilidade. Mas para complicar as coisas, existem também runas que podem alterar as estatísticas. É perceptível o esforço dos devs querendo nos passar a possibilidade de muita personalização, mas há pouca coisa boa.
Ademais, Undungeon está repleto de longas telas de carregamento. Os níveis têm um mundo superior e áreas que você explora. Precisamos suportar longos tempos de carregamento ao sair de uma área e reentrar no mundo superior. Esse tempo do loading nos tira história e da atmosfera. Para um título que já sofre com uma narrativa fraca, temos aqui mais um prego para o caixão do game.
Não tem mais jeito
Além da sua arte muito maneira, Undungeon tem algumas características únicas como o elemento de karma no jogo, que determina como os personagens reagem a você. Se você ajudar as pessoas e completar missões secundárias, isso aumenta seu carma. Não completar essas missões diminuirá sua pontuação de karma. É uma característica legal é mal utilizada que fica submersa sob o material ruim do título
A ideia desse produto me fez sorrir genuinamente, que é um RPG de ação ambientado em um mundo de ficção científica com uma direção de arte incrível em pixel art. Contudo, a história muito esquisita e complicada, o sistema de combate esdrúxulo e confuso, e a quantidade enorme de telas de carregamento contribuem para uma experiência geral ruim. O jogo é mais um daqueles indies de carinha bonita, mas super ordinários.
Cópia de Switch cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong