review-warhammer-40-boltgun-xbox-series-x-capa

Review Warhammer 40,000: Boltgun (Xbox Series X) – Pelo imperador!

Warhammer 40,000: Boltgun é um jogo de tiro em primeira pessoa repleto de combates frenéticos e muita ação desenfreada. Com uma clara inspiração em títulos de tiro da década de 90, como os primeiros DOOM e Wolfenstein, ele se utiliza das estruturas e mecânicas que fizeram essas franquias sucessos tão grandes na época. E com um belo estilo artístico, e uma boa trilha sonora, os desenvolvedores da Auroch Digital nos permitem experimentar um pouquinho da nostalgia de jogar esses grandes clássicos.

Desenvolvimento: Auroch Digital
Distribuição: Focus Entertainment
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, Tiro
Classificação: 14 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X/S
Duração: 9 horas (campanha)/17 horas (100%)

Um boomer shooter de respeito

Explodindo os inimigos do imperador!
Explodindo os inimigos do imperador!

Warhammer 40,000: Boltgun possui uma história, mas, sinceramente, ela serve apenas como uma desculpa para podermos massacrar centenas de criaturas infernais. Devemos ajudar a encontrar alguns artefatos em um planeta infestado de perigos, sendo a justificativa perfeita para um Space Marine poder matar e dilacerar a vontade.

Inspirado nos clássicos boomer shooters (games criados a partir da engine de Doom), temos aqui a utilização de um sistema de progressão com várias fases, nas quais precisamos explorar bastante para podermos avançar na campanha. Muitas vezes é necessário eliminar todos os inimigos de uma área para poder abrir uma porta ou pegar uma chave específica. E essas chaves funcionam como os cartões de acesso dos primeiros DOOM, e cada uma delas abrirá apenas a porta da sua respectiva cor. É uma estrutura bem simples e linear, mas, que não deixa a desejar em momento algum naquilo que se propõe a fazer.

Jogabilidade rápida e combate brutal

Lavando o chão com o sangue dos inimigos.
Lavando o chão com o sangue dos inimigos.

Rápida e brutal: assim podemos definir a jogabilidade do Warhammer 40,000: Boltgun. Com cenários infestados de criaturas que tentam nos matar incessantemente, ficar parado é algo que você não vai querer fazer aqui. Devemos estar sempre atentos e em movimento para escapar dos vários projéteis que vêm em nossa direção. Não só isso, mas também precisamos devolver o favor aos nossos inimigos, fazendo chover balas e granadas sob eles. Para isso, temos à nossa disposição um arsenal bem interessante, com várias das armas clássicas do universo de Warhammer, como a própria Boltgun, que dá nome à obra, essa que é uma metralhadora bem eficiente. Além dela, também podemos utilizar uma arma de plasma, escopeta, uma espécie de serra elétrica para ataques corpo a corpo, entre várias outras.

E como já era de se esperar de um Warhammer, o combate é extremamente brutal, e vamos passar toda a nossa jogatina fazendo o sangue dos inimigos jorrar pelos cenários. Mas, nem só de violência vive um Space Marine, pois devemos tomar cuidado para não morrermos neste planeta infernal, e para isso existem vários itens espalhados pelas fases que recuperam nossos pontos de vida e de armadura.

Pontos negativos

Um mapa facilitaria a exploração.
Um mapa facilitaria a exploração.

Durante as minhas jogatinas apenas duas coisas me incomodaram no Warhammer 40,000: Boltgun. Uma delas foi as quedas de fps, que acontecem com uma certa frequência, e que quebram o ritmo frenético. E como esse é o foco da obra, isso acaba sendo algo bem chato.

Já o outro ponto que me incomodou, e que, na minha opinião, é o principal problema do jogo, se deve a falta de um mapa ou minimapa à nossa disposição. E como na maior parte do tempo estamos correndo e atirando nos inimigos, conseguir se localizar acaba por ser algo bem difícil, principalmente em trechos com muitos corredores.

Acabar voltando para o começo da fase pensando estar seguindo na direção certa foi algo que me aconteceu várias vezes, e tudo isso seria facilmente resolvido com a adição de um mapa. Além de ser algo bastante útil até mesmo para sabermos se exploramos todo o cenário antes de avançarmos para o próximo estágio.

Tiro, porrada e bomba

Com uma ótima duração, jogabilidade precisa, comandos responsivos, belíssimos gráficos e uma boa trilha sonora, Warhammer 40,000: Boltgun entrega aos jogadores uma experiência pra lá de satisfatória, possuindo pouquíssimos pontos negativos. Com seu arsenal variado, diferentes ambientes, muitas criaturas, e boas lutas contra chefes monstruosos, dificilmente algum jogador vai sentir aquela sensação maçante de repetição, tudo isso graças ao ótimo ritmo que o jogo possui.

A primeira coisa que me chamou a atenção durante o anúncio desse título foi justamente a sua forte inspiração em franquias lendárias com DOOM, e como alguém que teve a infância marcada por isso, eu não poderia estar mais animado. E mesmo estando com altas expectativas, posso afirmar que a espera valeu a pena.

Os desenvolvedores da Auroch Digital entregam exatamente aquilo que estava esperando, um ótimo jogo de ação com fortes inspirações em títulos retrô que me marcaram. Então, eu não poderia deixar de recomendar essa obra para todos os que estão à procura de um bom FPS, com muitos desafios, combates épicos, porradaria e muitas explosões.

Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Warhammer 40,000: Boltgun

8.5

Nota final

8.5/10

Prós

  • Boa jogabilidade
  • Belo estilo artístico
  • Vasto arsenal
  • Variedade de cenários
  • Variedade de inimigos

Contras

  • Ausência de mapas
  • Quedas de FPS