Warhammer: Chaosbane Capa

Review Warhammer Chaosbane (Xbox Series X) – Eliminar cultistas nunca foi tão divertido

Muitos jogos ao longo da história tentam copiar o sucesso de Diablo. Alguns têm mais êxito, outros menos, e nesse balaio de gato temos Warhammer Chaosbane. O game se suporta em seu irmão mais velho, os jogos de tabuleiro de guerra, e traz consigo uma história gigante, sendo Chaosbane mais um capítulo dessa longa jornada. 

Desenvolvimento: Eko Software

Distribuição: Nacon

Jogadores: 1 (local) e 1-4 (online)

Gênero: Ação, Aventura, ‪RPG‬

Classificação: 16 anos

Português: Legendas e interface

Plataformas: PS4, PS5,  Xbox One, Series S/X e PC

Duração: 10 horas(campanha)/15 horas (100%)

O mundo de Warhammer Chaosbane

Mundo de Warhammer Chaosbane
Há diversos tipos de cenários para serem explorados em Warhammer Chaosbane

Antes de começar a falar sobre o Chaosbane, é preciso trazer todo um contexto sobre o que é efetivamente a franquia Warhammer. Esse jogo de fantasia foi lançado originalmente em 1983 pela empresa britânica Games Workshop como um tabuleiro. Suas maiores inspirações foram em Conan, o Bárbaro, e no clássico O Senhor dos Anéis. Esse universo vem se expandindo constantemente, com novas atualizações, livros, quadrinhos, revistas, videogames e muitas outras mídias.

Em Warhammer: Chaosbane, somos apresentados a um mundo que acabou de passar por uma grande guerra, e Magnus, com a ajuda de elfos, anões e outras raças, conseguiu derrotar as forças do mal. No jogo, podemos escolher entre as seis classes disponíveis: Soldado Imperial, Elfo-nobre Mago, Matador, Elfa da Floresta Batedora, Anã Engenheira e Inquisidor. Cada um pertencente a uma raça com um passado já escrito, ou seja, nós não criamos um herói, e sim acompanhamos seus passos em mais esse capítulo de sua jornada. 

Todos eles têm suas características próprias e formas de jogar. Particularmente, curto muito destruir adversários com a minha espada, e por isso minha escolha foi o soldado imperial, o qual dá muito dano e aguenta bastante pancada. E, apesar de Sir Konrad Vollen ter o seu passado de glórias, ele nada mais é que um peão na mão do destino, sendo usado como ponta de lança durante toda a jornada.

Espadas e magias

Imagem do combate de Warhammer Chaosbane
O visual de Warhammer Chaosbane é muito bonito

Um dos grandes baratos de Warhammer é o seu combate. Com influências óbvias da franquia Diablo, é extremamente divertido matar monstros e cultistas nos vários mapas existentes. Vários foram os momentos em que ignorei completamente a história e só ia à procura do próximo inimigo para destruí-lo. 

Todos os equipamentos coletados durante a jornada podem ser utilizados e eles mudaram visualmente o personagem. Constantemente o conjunto usado deixava meu herói com um aspecto engraçado, seja por causa de uma calça extremamente colorida ou um capacete ou chapéu com plumas de aparência bizarra. Os equipamentos não podem ser comprados, mas somente coletados dos monstros, mesmo assim eles surgem com bastante frequência. 

Os itens sem uso podem ser doados na cidade e, assim, ganhar pedaços de trajes especiais. Essas fantasias cobrem o item utilizado, mas não acrescentam nenhum tipo de benefício, pois são totalmente cosméticos. É possível criar até quatro tipos de conjuntos de equipamentos diferentes, e assim tirar proveito das fraquezas de possíveis chefes, mas confesso que não usei em momento algum.

Passeando por um mundo de Chaos

Outro cenário de Warhammer Chaosbane
Eventualmente somos envolvidos por hordas de inimigos

Uma coisa que me surpreendeu foi a dificuldade geral. Não sei se isso ocorreu por estar acostumado a jogar Diablo, mas, pra mim, Warhammer Chaosbane foi extremamente fácil. Depois de subir alguns níveis e coletar equipamentos um pouco melhores, senti a necessidade de aumentar a dificuldade e passei a me aventurar no “muito difícil”. Isso fez com que eu ganhasse ainda mais experiência e melhorasse ainda mais meus equipamentos, quase transformando a jornada em um passeio no parque. A única dificuldade que tive foi contra alguns “chefões”, mas, fora isso, nada demais.

Warhammer Chaosbane acerta em cheio no seu sistema de habilidades. A cada nível ganhamos uma quantidade de pontos que podem ser distribuídos nas diversas opções dadas. Podemos melhorar alguma das habilidades passivas, isto é, que estão sempre ativas, ou então alguma de combate que são ativadas quando queremos. O melhor de tudo é que montamos tudo do nosso jeito, ou seja, se quisermos ignorar alguma habilidade e focar na que mais usamos, isso é possível, o que aumenta e muito a forma de montar o seu herói personalizado.

Além disso, há também as habilidades divinas que podem nos dar golpes avassaladores ou então aumentar algumas características, como a armadura, vida máxima, dano, e muitas outras opções. Assim como as habilidades básicas, as divinas podem ser distribuídas da forma que quisermos, basta seguir a linha inicial e ir para o lado desejado. Outra coisa bacana é que isso pode ser mudado sempre que desejarmos, sem a necessidade de arrumar algum item especial ou o quê quer que seja. 

Uma boa jornada

Warhammer Chaosbane é bastante divertido. O fato de estar legendado em português facilita bastante para quem deseja começar a matar cultistas e entender um pouco mais da história desse universo riquíssimo. Porém, caso queira ignorar e só caçar os infiéis, também é bastante permitido. Com um sistema de combate bastante parecido com a franquia Diablo, onde percorremos mapas com a câmera fixa e destruímos adversários abusando das muitas habilidades disponíveis e o melhor de tudo: com um herói montado do jeito que desejarmos.

É possível jogar em rede com até quatro amigos, mas infelizmente não podemos fazer isso localmente. Se estiver procurando algo para se divertir sem pensar muito, dê uma chance para essa versão de Warhammer.

Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Warhammer: Chaosbane

9

Nota Final

9.0/10

Prós

  • Combate divertido
  • Bastante variedade de itens
  • Sistema de habilidade muito balanceado

Contras

  • Fácil demais