Em junho de 2022, o que era inimaginável até então se tornou realidade: Resident Evil 4, um dos jogos mais importantes da história, teve sua revitalização anunciada pela Capcom. Nove meses depois, a nova versão foi lançada, alcançando um sucesso comercial estrondoso, com quatro milhões de vendas em apenas duas semanas.
Não à toa, a Capcom já sinalizou que dará um tratamento semelhante para mais jogos, já que o estúdio decidiu questionar a comunidade a respeito do assunto em uma pesquisa. Dado que nada está fora de possibilidade, o seguinte questionamento surge: qual será o próximo jogo da franquia a receber um remake?
Resident Evil 5
![RE5](https://jogandocasualmente.com.br/wp-content/uploads/2023/07/artigo-resident-evil-remakes-01-1024x576.jpg)
Naturalmente, o título que dá sequência aos eventos de RE4 pode ser a próxima parada da Capcom. Lançado em 2009, RE5 refina a fórmula de seu antecessor e troca o que restou do terror por uma aventura cooperativa com outro jogador, seja localmente ou online. Um remake poderia aprimorar a jogabilidade, que ainda mantinha a clássica filosofia de não poder atirar e andar ao mesmo tempo.
Além disso, uma nova versão pode também corrigir a questionável representação da região em que a narrativa é situada, além de expandir o papel de Jill Valentine durante a campanha. No entanto, a história dificilmente fará sentido para novos jogadores sem a devida apresentação do arco de vilania de Albert Wesker.
Resident Evil: Code Veronica X
![RECVX](https://jogandocasualmente.com.br/wp-content/uploads/2023/07/artigo-resident-evil-remakes-02-1024x576.jpg)
Code Veronica é o jogo que de fato apresenta o grande vilão da série, tornando o título uma parte fundamental de Resident Evil que foi misteriosamente esquecida pela Capcom nos últimos anos. A produtora nunca sequer converteu a versão HD do game para novas plataformas, e hoje ela está disponível somente através da retrocompatibilidade do Xbox.
Uma recriação seria uma ótima ideia para encerrar o arco narrativo iniciado no remake de RE2, já que o game aborda o ato final da busca de Claire por Chris na Europa. Sendo um dos primeiríssimos títulos da geração do Dreamcast e também a estreia dos gráficos completamente em 3D na franquia, a apresentação gráfica não envelheceu tão bem em comparação a RE0 e RE1, produzidos para o GameCube. A Capcom tem em mãos uma excelente oportunidade de retratar o drama na Ilha Rockfort com uma fidelidade técnica impressionante, proporcionada pelo motor gráfico utilizado pela empresa.
Resident Evil Revelations
![RE Revelations](https://jogandocasualmente.com.br/wp-content/uploads/2023/07/artigo-resident-evil-remakes-03-1024x576.jpg)
Com um roteiro assinado por Dai Sato (Ergo Proxy, Ghost in the Shell), Revelations apresenta uma campanha incrível, que desenvolve a relação de Chris e Jill por meio de uma aventura em alto mar repleta de reviravoltas e tramas mirabolantes. Situado antes dos eventos de RE5 e logo após o fim da Umbrella, o título introduz a BSAA (Aliança de Segurança e Avaliação em Bioterrorismo), servindo como uma ponte essencial entre as diferentes fases da franquia.
Revelations foi projetado com as limitações de um Nintendo 3DS em mente, e a remasterização feita pela Capcom em 2013 não é boa o suficiente. O jogo possui visuais ultrapassados, além de mapas pouco detalhados e uma baixa variedade de ameaças. Uma revitalização poderia adequar a apresentação do título à altura de sua narrativa, que é estruturada como uma série de TV.
Remake de Resident Evil 1 Remake
![RE1 Remake](https://jogandocasualmente.com.br/wp-content/uploads/2023/07/artigo-resident-evil-remakes-04-1024x576.jpg)
A definição de survival horror foi refeita há 20 anos sob o comando de Shinji Mikami, criador e diretor do game original. Só que o remake não adota a mesma jogabilidade das reimaginações recentes, mantendo as câmeras fixas e controles tanques da versão de 1996.
Existe uma chance única de homogeneizar toda a série numerada através de um remake com uma câmera sob os ombros. Conectar os eventos deste primeiro jogo com os acontecimentos de RE0 seria uma ótima ideia, já que aprimorar a narrativa é uma necessidade. RE1 precisa de uma história coesa que se encaixe com o cânone da franquia, já que é impossível testemunhar um final que faça sentido em relação ao restante da série.
Resident Evil Outbreak
![RE Outbreak](https://jogandocasualmente.com.br/wp-content/uploads/2023/07/artigo-resident-evil-remakes-05-1024x576.jpg)
Apesar de ter um potencial alto, a primeira empreitada da Capcom no multiplayer não terminou bem. Focado no cooperativo e na narrativa, Outbreak é considerado pelos fãs como um padrão do que um título online de Resident Evil deve ser. Contudo, a Capcom nunca retornou ao conceito e desde então investe pouco em jogos do gênero, oferecendo sempre experiências decepcionantes e mal feitas, como Umbrella Corps ou Re:Verse.
Atender um pedido antigo da comunidade é uma ideia fantástica, e essa oportunidade pode ser aproveitada para ampliar o arco de setembro de 98 retratado em RE2 e RE3. A Capcom possui uma divisão especializada em games online, e utilizar os talentos dos desenvolvedores que hoje se dedicam a títulos como Monster Hunter e Exoprimal seria uma decisão excelente para garantir um multiplayer de alta qualidade, o que é raridade para a franquia.
Ou simplesmente jogos realmente novos
![RE7](https://jogandocasualmente.com.br/wp-content/uploads/2023/07/artigo-resident-evil-remakes-06-1024x576.jpg)
Durante esse período em que a Capcom decidiu focar em revisitar clássicos, os jogos inéditos entre lançamentos principais foram deixados de lado pela empresa. Desde a adoção da RE Engine em 2017, recebemos cinco jogos novos, mas apenas dois deles são obras originais. RE7 e Village surpreenderam e alcançaram um grande sucesso por conta da excelente mixagem de novidades e elementos característicos da franquia. O mesmo cuidado narrativo e técnico do remake de RE4 aplicado em projetos novos seria o melhor caminho possível para Resident Evil, que não precisa ficar vivendo das glórias de seu passado.
Revisão: Jason Ming Hong