WitchSpring3 Re Fine - The Eirudy Story cover (Switch)

Review WitchSpring 3 Re: Fine – The Eirudy Story (Switch) – Uma aventura leve e bonitinha

WitchSpring 3 Re: Fine é uma remasterização de WitchSpring 3, lançado originalmente para IOS em 2017. A nova versão traz gráficos melhorados, dublagem e alguns refinamentos na jogabilidade. Também é o terceiro título da série WitchSpring, com uma história acontecendo paralela aos acontecimentos dos dois primeiros jogos, porém de forma totalmente independente. 

Desenvolvimento: G Choice
Distribuição: ININ Games 
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG, Aventura, Ação 
Classificação: 10 anos
Português: Não 
Plataformas: Nintendo Switch e PC
Duração: 13 horas (campanha)/20.5 horas (100%) 

A bruxinha solitária

Eirudy com uma de suas bonecas

Vivendo sozinha em uma floresta para se esconder dos humanos, Eirudy sonha em ter amigos. Por causa desse desejo, ela cria bonecas e lhes dá vida, mas infelizmente isso não é o suficiente, já que elas não conseguem falar. Certo dia, explorando os arredores de sua casa, a bruxinha conhece um jovem humano, Adrian. Diferente da maioria, ele é gentil e educado, além de ser pacífico.

A Partir dessa nova amizade inusitada, Eirudy ganha novos amigos, novas aventuras e conhece novos sentimentos, mas também encontra novos inimigos e desafios. A história é simples, mas cativante, com bons personagens em suma maioria e boa situações e discussões.  

A melhor parte é que existem 2 caminhos que podem ser tomados, diferenciando o rumo da aventura. Um é o final bom, o verdadeiro, enquanto o outro leva a um final sombrio. Graças a isso o fator replay aumenta um pouco, e considerando a baixa duração do jogo, rejogar com escolhas diferentes não se torna um grande problema. 

Apesar das diferenças dos caminhos, ainda existem poucas escolhas de fato que culminam nas rotas, suas consequências e o que as diferencia realmente. 

Invocando bonecas 

Dias e treinos aplicados para a melhora dos Status

Outro ponto simples, mas competente é a jogabilidade que  conta com menus intuitivos e de fácil aprendizado que ajudam a ter uma fluidez muito maior durante o jogo. Não é preciso perder muito tempo ou entender esquemas complicados para conseguir progredir. Sem contar que sua jogabilidade é muito gostosinha e por ser fácil de entender torna tudo mais agradável.

Como um bom RPG, somos capazes de melhorar nossos status e elevar nossos níveis, mas não por meio de combates, como se espera, e sim por meio de treinamento. Gastando alguns dias no calendário – literalmente – é possível treinar várias ou apenas uma habilidade durante obrigatórios 5 dias, e ao fim deles os status referentes às habilidades treinadas ganhará um aumento. Dependendo do nível desses status, novos poderes são aprendidos para uso em batalha. 

As batalhas por sua vez funcionam como um clássico RPG, por turnos, mas com algumas habilidades “passivas”, sendo possível fazer mais de uma ação no mesmo turno. Um bom exemplo é que se pode invocar uma de suas bonecas, dar boost em sua arma, equipar um item e só depois atacar, seja fisicamente ou com magia. 

Eirudy e Adrian em uma batalha contra animais selvagens.

As bonecas são outro ponto forte, apesar da pouca variedade, cada qual com sua característica, ajudam Eirudy em sua jornada. Ao batalhar sua recompensa é acumular poder vital e matérias primas, que servem para dar vida às bonecas e criar novos itens.Sempre que uma é acordada fica disponível para inovação durante as lutas. Infelizmente só é possível adicionar 3 delas às batalhas, mas que são de extrema ajuda. 

Para deixar a jogabilidade mais interessante e aumentar a exploração no mapa, cada inimigo derrotado fornece um tipo de material. Quanto mais forte o inimigo, mais rara e importante é sua matéria prima e com isso, há a possibilidade de se criar itens melhores e mais poderosos. O que faz da exploração essencial para se tornar mais forte. 

O título em si não é muito desafiador, tem uma dificuldade bem baixa na verdade, já que basicamente é só treinar um pouco para se fortalecer. Os inimigos, fracos e fortes, ficam misturados no mapa, em posições fixas, você pode decidir lutar ou não com eles tranquilamente, o que diminui bastante as chances de fracasso. E mesmo que morra, o game over não existe a menos que seja uma batalha de evento. 

Explorando o mundo

O caldeirão é onde se cria os itens

Infelizmente nem só de coisas boas é feito um jogo, e por mais que a jogabilidade seja bem gostosinha, ela tem seus pontos fracos. 

A primeira falha está no mapa, ele é péssimo! Mas me refiro ao mapa mundi, o mini mapa na tela funciona bem. É impossível ter uma navegação satisfatória nele. Os lugares estão listados no canto esquerdo, enquanto são mostrados por pontos azuis no mapa, porém, na hora de navegar entre eles para procurar os lugares não é possível fazer isso livremente, apenas seguindo a lista que já existe, o que torna impossível muito das vezes verificar um local ligado a outro de forma rápida e objetiva

Infelizmente, os objetivos no diário de Eirudy também não são muito claros, o que te deixa mais tempo perdido rodando pelos lugares do que realmente chegando no ponto que precisa. Isso atrasa e te frustra em vários momentos, já que a desinformação é quase constante.  

E o pior de tudo: subir alguma escada, ou passar por algum lugar estreito que tenha obstáculos. É praticamente impossível de se fazer isso. Eirudy desliza para os lados, volta ao início, e parece bater em paredes invisíveis que não a deixam prosseguir livremente, dando uma tremenda dor de cabeça sempre que há partes assim. Com certeza o maior inimigo dessa divindade são as escadas e caminhos estreitos.

Arte e mudanças para o Switch

Um dos chefes que pode ser encontrado livremente pelo mapa antes de seu evento acontecer na história.

A arte de WitchSpring 3 Re: Fine é muito bonita, sempre que a tela é preenchida com uma imagem estática é de encher os olhos. Os gráficos em si também são agradáveis, simples e competentes. A remasterização ficou bem bacana, melhorando os gráficos e colocando uma boa dublagem nos diálogos. Praticamente 90% do jogo tem diálogos dublados, alguns poucos com personagens de baixa importância que não a possuem. 

A nova versão também veio com todos os DLCs inclusos, uma nova roupagem para os menus e mapas para que ficassem mais atraentes no Switch, assim como os controles. Infelizmente, o único pecado dessa remasterização foi não usar a tela tátil do console híbrido. Poder acessar os menus com um toque agilizaria bastante nos momentos de batalha e navegação. O que é estranho de pensar o porque eles não foram incorporados, afinal sendo originalmente um jogo mobile tudo era feito através da tela touch. 

Adorando as divindades

Para um RPG mobile remodelado para um console e com uma remasterização bacana, WitchSpring 3 Re: Fine até que cative bem. Tem um enredo legal, uma jogabilidade gostosinha apesar de pouco desafiadora e de seus altos e baixos em alguns aspectos. Se o que busca é um jogo mais para relaxar e curtir, mas com uma história interessante, então pode estar no caminho certo ao decidir jogar este título. 

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Ailton Bueno

WitchSpring 3 Re: Fine - The Eirudy Story

7

Nota Final

7.0/10

Prós

  • Jogabilidade simples e fluida
  • Menus intuitivos
  • Arte e gráficos bonitos

Contras

  • Navegação no mapa mundi ruim
  • Objetivos não muito claros
  • Difícil se locomover em escadas e caminhos estreitos
  • Dificuldade praticamente nula