Para entender totalmente The Legend of Heroes: Trails into Reverie, é preciso estar em dia com os três jogos que compõem a primeira trilogia Trails in the Sky, a duologia de Crossbell e a quadrilogia de Trails of Cold Steel. Aqui temos 3 protagonistas: Rean Schwarzer, Lloyd Bannings e “C”.
Desenvolvimento: Nihon Falcom
Distribuição: NIS America Inc.
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, PS5, Switch
Duração: 44 horas (campanha)/ 111 horas (100%)
3 jornadas
A aventura acontece em dias. Para isso, temos que acompanhar o desenrolar das aventuras dos protagonistas até liberar a próxima cena de determinado personagem. Podemos alternar entre eles a quase todo momento, e quando ficamos presos em determinado cenário, somos avisados, o que é muito bom e evita enganos.
A história segue os finais de cada personagem no seu respectivo jogo e nos mostra o mesmo conflito de pontos de vista diferentes. Eles inclusive acabam se encontrando em alguns momentos, o que gera uma luta. Há também alguns momentos em que os grupos precisam ajudar uns aos outros, mas sem dar muitos detalhes para não estragar a aventura de ninguém. Só digo que tudo foi feito de forma muito divertida. Há realmente muito o que explorar, mas se quiser é possível ignorar tudo e seguir sempre em frente na trama.
Uma parte que achei bem legal foi a de andar por campos abertos, nos mostrando que o mundo é relativamente vasto, e que há muitas coisas para descobrir. Os gráficos vistos no game não são os melhores do mundo, mas para a proposta apresentada, estão de bom tamanho.
Lutando no nível… 100?!
Sim, começamos praticamente no nível 100. Ou seja, qualquer golpe causa uma grande quantidade de dano. Sei que todos eles são bem fortes no final dos seus respectivos jogos, mas isso acaba sendo um tanto quanto chocante. Ainda assim, vamos liberando alguns novos poderes com o passar da jornada.
Podemos escolher em como abordar os inimigos, já que é possível vê-los no mapa, e assim decidir lutar ou não. Felizmente, a NIS America adicionou um sistema que acelera o jogo, ou seja, tudo acontece muito mais rápido. Além disso, é permitido automatizar as lutas, e ficar sem se preocupar em apertar botões, o que é totalmente excelente.
O combate é em turnos, mas podemos andar pela arena, o que nos ajuda na hora de conectar golpes com nossos aliados e ao fugir do alcance dos adversários. Contudo, o mesmo vale para os vilões. E em alguns turnos, podemos apenas nos movimentar para conseguir ter o alcance necessário. As animações de golpes especiais são soberbas, sejam elas de cada um dos personagens, das suas magias ou até quando eles atacam juntos. Todos eles receberam um carinho especial, o que dá gosto na hora de usar esses movimentos.
Uma longa jornada
Ouso dizer que a franquia The Legend of Heroes é uma das mais ousadas que já vimos na indústria dos games. São tantos jogos e muitos personagens ao ponto de ser complicado de acompanhar tudo. Em especial para os brasileiros, já que não há legendas em português, o que pode afastar novos fãs. Fica difícil de recomendar The Legend of Heroes: Trails into Reverie para quem vai começar por ele, já que esse é, efetivamente, o décimo jogo oficial da franquia. Contudo, caso tenha alguma paciência, vale muito a pena. Temos que torcer para os jogos da trilogia Trails in the Sky recebam um remaster para a geração atual, então nos basta apenas aguardar.
Cópia de PS5 cedida pelos produtores
Revisão: Julio Pinheiro
The Legend of Heroes: Trails into Reverie
Prós
- Combate divertido
- Ótimo desenvolvimento da história
- Bons gráficos
Contras
- Falta de legendas em português
- Começamos em um nível muito alto
