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Review Adore (Xbox Series S) – Um adorável Monster Taming brasileiro

Adore é um RPG de ação e coleção de criaturas desenvolvido pelo estúdio brasileiro Cadabra Games. Após um longo acesso antecipado de 3 anos e diversos prêmios vencidos, o game finalmente foi lançado em sua versão final. Vamos conferir o que o místico mundo de Gaterdrik tem a oferecer.

Desenvolvimento: Cadabra Games

Distribuição: QUByte Interactive

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Ação, RPG

Classificação: Livre

Português: Legendas e interface

Plataformas: PC, Xbox One, Xbox Series X/S, PS4, PS5, Switch

Duração: Sem registro

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Um cenário comum em Adore
Um cenário comum em Adore

Adore é uma junção de dois gêneros: RPG de ação e coleção de criaturas. Contamos com 39 monstrinhos, com estatísticas como vida, velocidade, dano e tipo. A captura dessas criaturas é feita através do seu cajado, posicionando o analógico na direção de uma área específica. Assim como em outros jogos do gênero, quanto menor a vida do monstro, mais fácil é de capturá-lo.

A gameplay de Adore consiste na invocação das criaturas em tempo real. É possível invocar até 4 membros da sua equipe, contanto que seu personagem tenha estamina suficiente. Existem mecânicas de upgrade para nossos monstros, podendo aumentar a sinergia entre os tipos – nature, beast, mystic, arcane e dragon –, e também receber pontos de características ao adorar estátuas pelo mapa.

O mundo de Gaterdrik é separado por 5 áreas, que são destravadas conforme a história progride. As fases são geradas aleatoriamente, sendo possível escolher qual delas fazer, resultando em diferentes recompensas. Adore também possui elementos de roguelite, como atributos temporários por fase e a perda total de recursos em caso de morte. Nossas criaturas não morrem, mas ficam amaldiçoadas. Em caso de ataque, o dano recebido por elas afeta diretamente nosso personagem.

Uma bela fantasia

Artwork presente nas telas de carregamento
Artwork presente nas telas de carregamento

Adore conta a história de Draknar, o deus das criaturas. Ele foi o responsável pela criação de Gaterdrik com sua essência divina, mas viu Ixer, o semideus do fim, lançar uma maldição sobre o mundo. Ixer travou uma batalha contra Draknar e venceu, pondo suas garras na essência divina. Draknar, por sua vez, reencarnou em nosso protagonista, Lukha, que tem como objetivo salvar o mundo das garras de Ixer.

Artisticamente falando, o game é muito bonito. As cores são vivas e bem espalhadas pelas diversas áreas que podemos explorar. Todas as criaturas são muito bem desenhadas, e os efeitos visuais de seus ataques também são agradáveis. Infelizmente, faltou uma trilha sonora melhor para acompanhar Adore, visto que, apesar das músicas não serem ruins, elas não se encaixam muito bem com o jogo e se repetem demais durante a gameplay.

Muito conteúdo postgame

Ascensão, um dos modos disponíveis após zerar Adore
Ascensão, um dos modos disponíveis após zerar o game

Após a última missão, desbloqueamos três novos modos de jogo: as caçadas, onde temos a oportunidade de capturar todas as criaturas restantes do game, a ascensão, onde recebemos um grupo de criaturas específicas que devem ser usadas para lutar até o fim do modo, e por fim novas profundidades, que nada mais são que as áreas que já jogamos, porém ainda mais difíceis.

Esses três modos podem adicionar muitas horas de jogo, principalmente a ascensão, visto que muitas criaturas o jogador possivelmente ainda não capturou, e terá que encontrá-las e subir seus níveis caso deseje progredir com maior facilidade pelo modo. As caçadas também são divertidas, já que possuem certa dificuldade e necessitam de pistas encontradas pelo mapa para achar as criaturas.

O mundo de Gaterdrik tem seus bugs

O terror de Gaterdrik: o portal
O terror de Gaterdrik: o portal

Adore tem alguns probleminhas que podem atrapalhar a experiência. A troca de nome das criaturas no Xbox não funciona caso aperte o botão Start, sendo necessário selecionar manualmente a opção de finalizar o texto. E sem dar muitos spoilers, mas após o final do game é necessário obrigatoriamente inserir um texto, o que pode fazer muitos ficarem travados caso não saibam a solução desse bug.

Mas o principal problema são os portais. Ao fim de cada fase, um portal aparece para voltarmos ao cenário inicial do game. Porém, em diversos momentos nosso personagem anda em direção ao portal infinitamente, sem abrir qualquer tipo de opção para retorno ao refúgio, sendo necessário reiniciar o jogo por completo, perdendo todo o progresso feito.

Um jogo certamente adorável

Adore é um ótimo indie brasileiro. O jogo fez um ótimo trabalho ao unir dois gêneros muito bons, oferecendo bastante conteúdo durante a campanha e depois dela, além de conseguir aplicar muito bem diversas mecânicas diferentes. Infelizmente, alguns bugs podem fazer com que a experiência não seja tão sólida, mas no geral, Gaterdrik é um ótimo mundo a ser explorado.

Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Adore

8

Nota final

8.0/10

Prós

  • Mapas gerados aleatoriamente funcionam muito bem, tornando a experiência dinâmica
  • Boa diversidade de criaturas
  • Várias mecânicas disponíveis
  • Muito conteúdo disponível após zerar

Contras

  • Bugs que podem atrapalhar a gameplay
  • Trilha sonora não se encaixa com o jogo