Vaccine Rebirth Capa

Review Vaccine Rebirth (Switch) – Uma tentativa de Resident Evil em formato Roguelike

Muitos jogos tentam imitar a série Resident Evil, mas poucos conseguem acertar. Vaccine Rebirth é a sequência de um título que, para ser honesto, eu nem sabia que existia. O primeiro jogo foi lançado há alguns anos pela desenvolvedora chinesa Rainy Night Creations, mas o segundo game foi inteiramente produzido de forma independente, e talvez seja justamente isso que tenha tornado esta sequência tão mais refinada e polida. Neste jogo de sobrevivência Roguelike, você assume o papel de um agente que precisa explorar uma mansão cheia de perigos, encontrar a vacina e salvar seu parceiro que está em estado crítico.

Desenvolvimento: Rainy Night Creations
Distribuição: Rainy Night Creations
Jogadores: 1-2 (local)
Gênero: Aventura, Ação
Classificação: 14 anos (violência, linguagem imprópria)
Português: Não
Plataformas: Switch, Xbox One, Xbox Series X|S, PS4, PS5, PC
Duração: 2 horas (campanha)

Resident Evil em formato Roguelike

Lembra Resident Evil, mas é Roguelike
Lembra Resident Evil, mas é Roguelike

Vaccine Rebirth mantém a natureza Roguelike do primeiro título, colocando o jogador na pele de um agente que parece saído diretamente da Umbrella Corp. Sua missão é encontrar a vacina para salvar seu parceiro, que está em uma cama sofrendo com tremedeiras pelo corpo. Para isso, você precisará explorar as salas geradas proceduralmente em uma mansão, vasculhando cada canto e caixa, enfrentando inimigos e se protegendo das ameaças que surgem.

Ao contrário do primeiro game, que deixou uma má impressão em mim por ser limitadíssimo, Vaccine Rebirth apresenta uma boa variedade de inimigos, desde insetos até os clássicos zumbis. As armas disponíveis incluem opções de curto e longo alcance, embora as de longo alcance sejam mais raras. Se optar por usar uma faca, precisará se aproximar bastante, o que expõe seu personagem ao perigo. No entanto, itens de ajuda espalhados pelos cenários podem melhorar habilidades, como mira precisa ou corrida mais eficiente, oferecendo alguma vantagem nas batalhas.

Um ciclo que se repete

Puzzles dão recompensas
Puzzles dão recompensas

Ao completar um estágio, você avança para o próximo cenário, que permanece no mesmo universo do jogo. O ciclo de gameplay consiste em explorar salas à procura da vacina, enfrentando ameaças pelo caminho. Quando finalmente encontra o item, um monstro que lembra bastante o Tyrant de Resident Evil aparece, e você precisa fugir até conseguir entregar a cura ao seu parceiro.

No entanto, mesmo com o formato Roguelike, o progresso falha em oferecer um senso de recompensa ou avanço ao longo das partidas. Existem nanorrobôs com atributos pro personagem espalhados pelos cenários, que podem ser armazenados para uso em futuras tentativas, mas eles não contribuem para nenhuma melhoria significativa nas habilidades suas e são perdidos ao usar. Isso tira boa parte do incentivo para continuar jogando, já que o esforço não parece ser devidamente recompensado.

Modo cooperativo mal pensado

Co-op é competente, mas se um morrer já era
Co-op é competente, mas se um morrer já era

O jogo também conta com um modo cooperativo, mas, infelizmente, ele está longe de ser bem implementado. Se um dos jogadores morrer, o sobrevivente não tem a opção de reanimá-lo ou fazer algo para trazê-lo de volta. Isso resulta em um fim de jogo imediato, o que é frustrante e poderia ter sido evitado. Um sistema de reviver companheiros teria transformado a experiência e tornado o modo co-op muito mais divertido e estratégico.

Apesar disso, o jogo oferece alguns pequenos incentivos, como desbloqueio de novos trajes para os personagens ao final de cada partida, mas isso não é o suficiente para tornar o replay interessante.

Um Roguelike repetitivo com potencial

Vaccine Rebirth é claramente uma evolução em relação ao seu antecessor, mas a escolha de mantê-lo como um Roguelike pode ter sido um erro estratégico. Talvez o próximo título da franquia se beneficie mais ao abandonar esse formato e se aproximar de um Resident Evil tradicional, com progressão linear e recompensas mais significativas. Embora a qualidade geral do jogo seja alta, as falhas na mecânica de recompensas e no modo cooperativo acabam limitando o potencial de uma experiência que poderia ter sido muito melhor.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Vaccine Rebirth

6

Nota final

6.0/10

Prós

  • Gráficos nostálgicos
  • Co-op local pra duas pessoas
  • Boas mecânicas de tiro e sobrevivência
  • Upgrades para o personagem

Contras

  • Upgrades perdidos ao morrer
  • Co-op não permite reviver parceiro
  • Cenários muito sem diversidade
  • Roguelike estragou a experiência