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Review Ender Magnolia: Bloom in the Mist (PS5) – Explore um mundo sombrio

Ender Magnolia: Bloom in the Mist é a sequência de Ender Lilies: Quietus of the Knight, um bom metroidvania lançado em 2021. Essa sequência mantém o estilo do anterior, mas melhorando em todos os aspectos, iniciando 2025 já com um excelente título do gênero.

Desenvolvimento: Live Wire, Adglobe
Distribuição: Binary Haze Interactive
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, aventura
Classificação: 12 anos (violência)
Português: Legendas e interface
Plataformas: PC, PS4, PS5, Switch, Xbox Series X|S
Duração: 15,5 horas (campanha)/19 horas (100%)

Mundo sombrio e sem esperança

É possível andar e também nadar, igualmente agradável
Cenários são bonitos e vastos

Ender Magnolia se passa décadas após Ender Lilies. Navegamos por um mundo melancólico e pós-apocalíptico, que assim restou após a exploração até a exaustão de recursos naturais mágicos. Esses recursos deram origem a seres conhecidos como homúnculos que, em um momento inicial, auxiliaram a humanidade a prosperar ainda mais. No entanto, vapores misteriosos vindos do solo enlouqueceram os homúnculos, trazendo o mundo ao seu atual estado deplorável.

Dessa vez, controlamos Lilac, uma jovem que possui a capacidade de sintonizar com os homúnculos, partindo em uma jornada em busca de outros homúnculos e de tentar amenizar a dor nesse país. Magia e tecnologia se misturam nesse grande mundo a ser explorado, repleto de criaturas orgânicas e mecânicas que te desafiam. A história é legal e contada aos poucos, com cenas em momentos chave. Além disso, é possível conversar com seus homúnculos em algumas cenas nos pontos de descanso, permitindo descobrir mais sobre seu passado.

Uma continuação que não ficou na zona de conforto

Poder se transportar a partir de qualquer lugar é uma funcionalidade muito útil
Mapa é grande e facilmente navegável

Em sua estrutura geral, Ender Magnolia parece bastante com Ender Lilies: um metroidvania ambientado em um mundo sombrio, onde a personagem controlada não ataca diretamente, mas sim por meio de habilidades dos homúnculos. Felizmente, o time de desenvolvimento não se limitou a apenas fazer mais do mesmo nessa continuação, criando uma experiência melhor em praticamente todos os aspectos.

Como dito, Lilac não ataca diretamente, mas sim por meio dos homúnculos que ela sintoniza ao longo da jornada. O jogador é livre para associar um homúnculo a cada um de três botões de face e a um botão de ombro. Portanto, há grande liberdade para personalizar o estilo de jogo, ainda que o game indiretamente sugira um padrão (um botão de ataque básico, um para um ataque forte, um para contra-ataque e o botão de ombro para um homúnculo auxiliar). Há menos homúnculos do que no jogo anterior, mas cada um deles possui três diferentes habilidades que podem ser aprimoradas.

Bom de lutar e de explorar

O uso de um homúnculo de cada tipo é fundamental para vencer os chefes
Cenários são incríveis, mas nem todas as batalhas com chefes são memoráveis

O sistema de combate é excelente, sendo um dos destaques do game. É bastante divertido personalizar seus ataques e todas as possibilidades de combinações de equipamentos e acessórios, que permitem você focar nos aspectos que preferir. Os inimigos são bem diversos, assim como os chefes, que são vários. Mesmo no nível normal, o desafio pode ser razoável para alguns jogadores, mas o título oferece diferentes níveis de dificuldade.

O design do mapa é ótimo, tornando a exploração, o meu aspecto favorito em metroidvanias, em um ponto bastante positivo. O mapa mostra quando uma área foi totalmente explorada ou não, o que auxilia muito na busca por itens e no backtracking. Ainda que mantendo sempre o clima sombrio, os cenários são bastante variados, desde cidades, florestas e até partes aquáticas.

Algumas partes podem ser um pouco chatas, como os cenários com teletransportes, mas assim que você explora totalmente o cenário, tipicamente são criados atalhos para não precisar repetir esses caminhos. É possível utilizar a viagem rápida a qualquer momento, não sendo necessário ir a algum ponto de transporte. Em resumo, é um game com ótimos recursos de qualidade de vida, não cansando o jogador.

Também bom de ver e ouvir

Não raro você morrerá durante a exploração, mas é divertido tentar novamente
Inimigos são bastante distribuídos pelos cenários

Além do combate, Lilac também pode realizar outras ações, sempre com o auxílio dos homúnculos. É possível fazer rasantes para cima ou para baixo, correr com um lobo, se agarrar em pontos de engaste, entre outras. Todas as habilidades são divertidas de serem usadas e se adaptam bem ao mapa e à sua exploração. Além disso, o mapa registra especificamente que habilidade é necessária para atravessar determinado obstáculo, não fazendo com que você perca tempo dando voltas para retornar a algum ponto e vendo que ainda não é capaz de acessar determinada área ou segredo.

Na parte artística, Ender Magnolia também não deixa a desejar. Os gráficos 2D de alta definição são lindos, com ótimo design de personagens, efeitos de luz e sombra e animações. De forma semelhante, a trilha sonora acompanha a aventura com ótimas músicas, que em muito lembram a já clássica trilha sonora de Nier: Automata.

Como todo bom metroidvania, é viciante

Ender Magnolia: Bloom in the Mist eleva a série a um novo patamar, criando um novo ponto de referência para o gênero metroidvania. Para fãs do gênero, é um daqueles títulos que você pode ficar até tarde da noite jogando, querendo explorar só mais um pouquinho.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Julio Pinheiro

Ender Magnolia: Bloom in the Mist

9

Nota final

9.0/10

Prós

  • Excelentes gráficos e trilha sonora
  • Sistema de combate divertido e personalizável
  • Exploração satisfatória

Contras

  • Alguns chefes não são tão criativos