Capa de Exoprimal

Preview Exoprimal (PC) – Dinossauros versus tecnologia

2023 promete ser um grande ano para a Capcom. Além de Street Fighter 6 e do remake de Resident Evil 4, a distribuidora japonesa planeja realizar o lançamento de Exoprimal, um novo título de ação em terceira pessoa que é dirigido por Takuro Hiraoka, game designer principal de Monster Hunter World Iceborne. Antes de disponibilizar o jogo oficialmente, a equipe de desenvolvimento vem realizando constantes testes beta para garantir que tudo esteja “nos trinques” para a estreia daqui alguns meses.

Desenvolvimento: Capcom

Distribuição: Capcom

Jogadores: 10 (online)

Gênero: Ação

Classificação: 16 anos

Português: Não

Plataformas: PS4, PS5, Xbox Series X/S, Xbox One, PC

Duração: Sem registros 

História maluca

Cena de Exoprimal, que acontece no começo de cada partida

O grande foco de Exoprimal aparenta estar centralizado nas partidas em rede, mas os produtores se preocuparam em criar toda uma narrativa para contextualizar e ensinar as mecânicas e sistemas do jogo. A história futurista é situada em 2040, em um universo que sofre com invasões insanas e repentinas de dinossauros, que colocam a humanidade em risco. Uma grande corporação desenvolveu um sistema de inteligência artificial denominado Leviatã, que prevê os locais que serão invadidos pelos animais com antecedência e direciona os jogadores para lutar contra as ameaças e evitar a extinção da raça humana.

No modo principal, a IA coloca duas equipes para realizar testes de combates, em uma experiência jogador-contra-jogador-contra-ambiente, com cinco pilotos em cada lado que batalham entre si, ao mesmo tempo em que os times completam missões e lutam contra as gigantescas ondas de dinossauros. Para vencer as disputas, é necessário concluir todos os objetivos antes dos adversários. A mistura entre duelos contra jogadores reais e a máquina funciona muito bem, e faz o jogo ter simultaneamente um clima de competição e cooperação. 

Jogabilidade legal

Gameplay de Exoprimal

No campo de batalha, os combatentes vestem exotrajes, que são equipamentos de alta tecnologia que auxiliam os pilotos no combate. Cada traje representa uma classe diferente (entre suporte, dano e tanque), sendo preciso unir todas elas em uma única equipe para conseguir suceder na luta contra o time adversário.

Ao invés de gastar tempo antes do início das partidas com a seleção do equipamento de cada soldado, Exoprimal preza pelo dinamismo e permite que o traje seja alterado no meio dos confrontos, garantindo uma jogabilidade que é completamente flexível em todos os instantes possíveis. As mecânicas de tiro e combate corpo-a-corpo são responsivas e impressionam, pois são bem polidas para um produto que ainda está em um estado beta.

Enxurrada de dinossauros em Exoprimal

No entanto, o grande problema do combate de Exoprimal está na quantidade extremamente exagerada de inimigos na tela. Claramente se inspirando em jogos do gênero musou, os desenvolvedores optaram por incluir um número absurdo de dinossauros simultâneos no campo de batalha, transformando tudo em um completo caos durante quase todo momento de jogatina. A bagunça faz parte da proposta, mas a Capcom precisa reduzir o número de ameaças simultâneas para garantir uma experiência menos confusa no lançamento final. 

Estado técnico precisa melhorar 

Personagem criado do zero em Exoprimal

Construído na RE Engine, a direção de arte de Exoprimal é focada no fotorrealismo, com ótimos gráficos, uma boa ambientação e excelentes efeitos visuais. O design dos trajes é sensacional, e o criador de personagens, embora inútil nessa versão prévia, possui opções suficientes para personalizar o soldado jogável.

Porém, a otimização, que é uma marca registrada da engine proprietária da Capcom, deixa a desejar na versão atual do jogo. A performance em geral é ruim e pesada, e a quantidade de quadros por segundos depende exclusivamente do número de inimigos na tela. O framerate cai absurdamente em momentos de muita ação, prejudicando a fluidez da boa jogabilidade. Isso é algo que precisa ser resolvido pelos produtores, já que Exoprimal será também disponibilizado para os consoles da antiga geração. 

A Capcom aparenta estar fazendo um trabalho completo para que Exoprimal seja um bom produto online, pois o jogo utiliza tecnologias que combatem hackers e cheaters, e o sistema de matchmaking é rápido. Contudo, o título precisa incluir suporte ao crossplay para garantir a maior quantidade de jogadores possíveis, pois a experiência é apenas em rede, sem modos offline para apenas uma pessoa. 

Divertido

A produtora japonesa criou um jogo que tem tudo para ser um dos grandes sucessos do próximo ano. Mesmo em uma versão beta, Exoprimal consegue ser um game cativante. A narrativa, que mistura elementos da era jurássica com ficção científica, funciona bem, e a jogabilidade é excelente – embora o combate precise de alguns ajustes pontuais. É uma boa promessa, que certamente terá um grande futuro pela frente. 

Revisão: Jason Ming Hong

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