Capa de AEW: Fight Forever

Review AEW: Fight Forever (PC) – A volta da Yuke’s

AEW: Fight Forever marca o retorno da Yuke’s aos games de luta livre, quatro anos após o término da parceria da empresa com a 2K Sports. Produzido em colaboração com a THQ Nordic e a própria All Elite Wrestling, o título leva o concorrente da WWE para o mundo digital, mantendo a essência dos jogos de wrestling anteriores da desenvolvedora.

Desenvolvimento: Yuke’s

Distribuição: THQ Nordic, AEW Games

Jogadores: 1-4 (local e offline) 

Gênero: Luta 

Classificação: 12 anos 

Português: Interface e legendas 

Plataformas: PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S, Switch 

Duração: Sem registros

Simulador de telecatch

Luta de arames explosivos em AEW: Fight Forever

Seja localmente ou online (mas sem crossplay), as lutas com até quatro jogadores giram em torno da imobilização dos oponentes, exigindo a aplicação de um pinfall para conquistar os cinturões. As batalhas são dinâmicas, existindo sempre a possibilidade de adicionar elementos extras à fórmula. Objetos, armas e até explosivos refrescam os confrontos de Fight Forever, dando ao jogo toda a insanidade característica do wrestling. O elenco é composto por lutadores que fazem parte da história da liga, incluindo nomes como Kenny Omega, Chris Jericho, Britt Baker, CM Punk e a brasileira Tay Melo.

No entanto, a jogabilidade não traz o frenesi que pode ser visto em um dia normal na AEW. As lutas são esquisitas e lentas por causa da movimentação robótica e pesada dos personagens. A inteligência artificial é burra e ruim em todas as dificuldades possíveis, o que leva a confrontos maçantes e desinteressantes contra a máquina. O jogo possui problemas de resposta aos controles, que são prejudicados por constantes bugs que congelam o personagem no meio da luta. Mesmo com uma gameplay decepcionante, é admirável como a desenvolvedora reproduz fielmente as características individuais de cada lutador, já que todos os golpes de assinatura deles estão presentes em Fight Forever.

Muito conteúdo

Cena do modo Road to Elite

O grosso de AEW: Fight Forever está nas lutas, mas o pessoal da Yuke’s se preocupou em entregar um pacote completo, com 10 modos disponíveis. Um dos principais destaques é o Road to Elite, que retrata a jornada de um lutador para o topo das competições, ao mesmo tempo em que glorifica os grandes acontecimentos reais da liga. O modo vai além das lutas, dado que é possível interagir com outros atletas e inventar novas rivalidades (ou amizades) ao longo do caminho, o que é divertido e engraçado, embora repetitivo depois de algumas horas. 

O sistema de customização é sensacional. Fight Forever dá a liberdade de criar um lutador, organizar equipes e até editar arenas. Há uma grande quantidade de conteúdo para ser liberado para estes modos, visto que o título constantemente nos recompensa com moedas para serem utilizadas na loja e obter animações e objetos novos. É possível gastar horas escolhendo golpes para construir o personagem perfeito, personalizando todo o set de movimentos do lutador, algo que torna a criação de personagens em um ponto alto do jogo.

Bugs prejudicam tudo

Tay Melo completamente bugada

AEW: Fight Forever abraça completamente a estética pelo qual o wrestling é conhecido. Conflitos exagerados, entradas escandalosas no ringue e uma trilha sonora recheada de nu metal marcam presença no game. Porém, o jogo dá uma sensação de que está faltando algo para completar o espetáculo. A equipe de desenvolvimento optou por não implementar uma narração e nem uma câmera dinâmica, similar ao que pode ser visto durante as transmissões dos eventos na TV, resultando em uma imersão que não é tão intensa quanto poderia ser. 

Faltou também um cuidado adicional no departamento gráfico, porque os visuais são frequentemente afetados por uma iluminação mal posicionada, além de perceptíveis falhas técnicas na física dos cabelos dos personagens. Pelo menos os gráficos ruins resultam em uma boa versão para computadores, com um desempenho agradável e sem os travamentos que rondam games que utilizam a Unreal Engine. 

Legal, mas faltou polimentos

Apesar de passar longe de proporcionar o show propiciado pelos programas de TV da liga, AEW: Fight Forever não é um jogo ruim. A experiência é divertida devido à diversidade de modos e opções de combate oferecidas que impedem com que o produto seja monótono. Contudo, os bugs e a jogabilidade mal acabada acabam sendo os maiores oponentes dos lutadores.

Cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Ailton Bueno 

AEW: Fight Forever

7

Nota Final

7.0/10

Prós

  • Dez modos disponíveis
  • Quantidade alta de lutadores
  • Customização incrível

Contras

  • Gráficos feios
  • Muitos bugs
  • Estética do wrestling incompleta
  • Sem crossplay