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Review Catmaze (PS5) – A mistura de gatos com Metroidvania

Se tem uma coisa que jamais imaginei, seria a combinação de gatos com jogos no estilo Metroidvania. Catmaze traz uma história baseada em contos eslavos, e coloca felinos no centro de uma jornada que de bobinha e infantil não tem nada. 

Desenvolvimento: Redblack Spade

Distribuição: Ratalaika Games

Jogadores: 1 (local)

Gênero: RPG

Classificação: 10 anos

Português: Nao

Plataformas: PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series S/X, PC 

Duração: 10 horas (campanha)/13 horas (100%)

Uma História Eslava

Imagem de um lago em Catmaze.
O visual em pixel art é muito bonito.

Logo no começo acompanhamos Alesta e sua mãe. Nos é apresentado uma série de fases na vida das duas, e logo percebemos que elas possuem poderes mágicos. As cenas seguem até nossa heroína completar 16 anos, e nos é mostrado que a mãe está doente. A jovem finalmente recebe autorização da sua mãe para ir para o Oeste, e procurar ingredientes para produzir um elixir que pode curar a enfermidade.

Assim tem início uma longa jornada, que possui algumas reviravoltas que me pegaram desprevenido. Todo o folclore de Catmaze é baseado em contos eslavos, então, as casas, monstros e outros elementos fazem essa menção.

Durante a aventura, encontramos alguns personagens “perdidos” em partes do mapa. Geralmente eles nos dão alguma missão, e com isso ganhamos itens essenciais para o desenvolvimento da jornada. Mas chegar neles, por vezes, é um desafio à parte.

Com o desenrolar do jogo, liberamos a opção de se viajar pelo mapa. Mas há poucos pontos de viagem rápida, sendo que eles geralmente são longes das fontes de recuperação onde podemos salvar o jogo. Ou seja, há momentos em que os pontos de vida estão baixos, e toda cautela é crucial, já que não há salvamento automático. Portanto, matou um chefão e foi seguir a história e morreu? Faça tudo de novo… 

Outra coisa que me causou um pouco de choque foi a arte. Tanto os pixels quanto as ilustrações são um tanto quanto amadoras, por assim dizer. Sinceramente, não sei se isso foi proposital ou se não havia mais orçamento para contratar alguém com um traço mais artístico.

Metroidvania com animais

Imagem da cidade em Catmaze.
As cidades podem ser exploradas, e possuem segredos.

Um dos grande diferenciais de Catmaze é usar Familiares (na superstição britânica da Idade Moderna, um espírito familiar, Imp ou familiar é um espírito geralmente com forma de animal que serve para bruxaria, um demônio ou outras matérias relacionadas à magia. – Wikipedia). Por exemplo, logo no começo recebemos um simpático morceguinho, e no decorrer da jornada vamos encontrando outros que possuem habilidades especiais, como um tucano que ataca em todas as direções, e muitos outros. 

Para encontrá-los, precisamos realmente explorar o mapa, e por vezes conversar com todo mundo, já que podemos recebê-los de presente. Além disso, é assim que encontramos novas missões, itens e equipamentos. Quase todos os mapas possuem áreas secretas, por vezes com moedas, ou algo que usaremos mais para frente. 

Particularmente, a forma como foram distribuídas as Fontes de Gatos, usadas para gravar o progresso, deixou-as extremamente escassas. Entendo que a ideia não é fazer um jogo fácil, mas não precisavam exagerar, já que muitas das vezes precisamos de novos poderes para poder seguir determinadas partes dos mapas. 

Gatinhos e mais gatinhos

No geral, a forma como o jogo foi construído foi muito boa e há um incentivo à exploração, já que o mapa é bastante grande e é visível que existem seções que precisam de novos poderes para serem exploradas. Gostaria de poder falar um pouco mais da história sem entregar nada da trama, mas seria bastante complicado. Os comandos são precisos e o combate é divertido, e toda vez que fizermos uma ação errada seremos punidos, seja caindo de um lugar alto ou perdendo pontos de vida. Catmaze me surpreendeu, tanto na arte, que não é a melhor do mundo, mas também com sua temática pra lá de adulta.

Cópia de PS5 cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Cartmaze

8.5

Nota final

8.5/10

Prós

  • Diversos segredos para descobrir
  • Bom desenvolvimento
  • Excelente exploração

Contras

  • Poucos pontos de teleporte