Capa Rising Hell

Review Rising Hell (Switch) – Escapando do inferno

De uns tempos pra cá, vimos uma explosão de títulos de Roguelike e Roguelite, subgênero caracterizado por sistema de morte permanente, níveis gerados de forma procedural e exploração e exploração. É nesta onda que o jogo indie Rising Hell tenta surfar para atrair holofotes e se destacar entre dezenas de games desse tipo. 

Desenvolvido pelo estúdio indonésio Tahoe Games, o jogo monta um ambiente bem heavy metal e visceral como base para fazer seu nome. Rising Hell é repleto de labaredas infernais, uma trilha sonora de puro, novamente, heavy metal e desafios, mas não sabemos se isso é suficiente para agitar o inferno.

Desenvolvimento: Tahoe Games
Distribuição: Chorus Worldwide Games
Jogadores: 1 (local) e 1-2 (online)
Gênero: Ação, RPG
Classificação: 16 anos
Português: Legendas e interfaces
Plataforma: Xbox One, PS4, PC e Switch
Duração: Sem Registros 

Fuja do inferno!

Moldando o caminho de fuga

Em Rising Hell somos colocados no papel de Arok. Um prisioneiro infernal, que dispõe de habilidades poderosas e as usa para dilacerar demônios, seres infernais. Use os poderes do protagonista a fim de achar o caminho da fuga, através dos caprichados níveis, que são feitos de forma caprichada em pixel art, gerados de forma procedural e sempre cheios de plataformas pouco desafiantes e inimigos. 

Conseguir encaixar bem os rápidos combos, manobras acrobáticas de pulo e saber bem usar as habilidades que encontramos nas fases são as bases para se dar bem. Com essas bases em mente, podemos construir nossas chances de escalar o abismo demoníaco de forma frenética e ágil.

O abismo dos roguelikes 

Orbes são moedas de trocas importantes no jogo

Rising Hell é um Roguelike, e segue bem a fórmula. É algo sobre achar novos meios de lutar, aumentando os atributos e ganhando habilidades durante cada vez que jogamos, morremos e retornamos. Quando batemos os demônios ganhamos almas, que são uma das moedas de troca do game. E com estas almas nós compramos novas habilidades e talentos, e isso coloca à disposição novos modos de sobreviver ao inferno.

Além das almas, também é possível encontrarmos orbes roxas que são outra moeda de troca de Rising Hell, e com essas orbes somos capazes de comprar relíquias que ficam conosco de forma permanente, tais relíquias que podem ser escolhidas antes de cada partida jogada nos oferecem variados tipos de melhorias. Fora as habilidades que conseguimos com almas e orbes, possuímos ainda inimigos que dropam talentos temporários que são extremamente úteis no percurso. 

Jogando através das fases de Rising Hell coletamos recursos suficientes para desbloquearmos outros personagens jogáveis além de Arok, cada um deles com status e habilidades diferentes das que vemos no herói principal. 

Os caminhos para a fuga. 

Combates intensos e satisfatórios

Rising Hell dispõe de dois modos de jogo: no Gauntlet Mode enfrentamos variados desafios que servem como testes para nossas habilidades; já em Conquest temos o famoso History Mode sem muita novidade. 

Este indie possui ao todo apenas 3 chefes, e eles são variações de monstros comuns do game. Junte isso ao fato de termos também somente 3 personagens jogáveis e que as habilidades, talentos e vantagens disponíveis não são tão variadas quanto em outros títulos como Hades e Spelunky 2. Infelizmente, isso causa uma grave falta de conteúdo mesmo com a obra sendo curta. 

Sobre labaredas e demônios. 

Possível desbloquear outros personagens jogáveis

Rising Hell tem uma atmosfera eletrizante e interessante, dando um bom exemplo de uso da pixel art, equilibrando bem entre o retrô e o contemporâneo. Tudo converge no game, desde sua trilha sonora até sua arte e combate, criando um ambiente empolgante e violento. 

Rising Hell é, sem dúvidas nenhuma, um bom Roguelike. O loop da gameplay e a repetição de fases é algo que tem potencial para agradar e viciar os fãs desse subgênero, somando isso a trilha sonora encorpada com ótimos riffs de heavy metal e música gótica medieval mais uma jogabilidade ligeira, temos um produto que, apesar de parecer incompleto, consegue ser bom. No geral não existem bugs, além de ser bem polido tecnicamente, e tudo isso mostra que Rising Hell tem bastantes atributos bons que vão agradar os jogadores mais adeptos de games do mundo Roguelike. 

Copia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Raising Hell

8.5

Nota final

8.5/10

Prós

  • Trilha sonora
  • Pixel art caprichada
  • Gameplay satisfatória

Contras

  • Falta de conteúdo