Slaughter: The Lost Outpost é o quinto jogo (contando com o spin-off Mindcell) de uma série originada no cenário mobile. Tendo jogado Slaughter desde o primeiro, lá por volta de 2016, é triste dizer que não vi muito desenvolvimento nas mecânicas gerais do jogo, considerando seu começo humilde. Nesta análise, explico por que o criador (um russo chamado Ray Spark) simplesmente reciclou o mesmo produto inúmeras vezes ao longo dos anos.
Desenvolvimento: Ray Spark
Distribuição: VenomizedArt
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Tiro, Ação
Classificação: 18 anos
Português: Legendas e interface
Plataformas: Switch, Android, iOS, PC
Duração: 2 horas (campanha)
Russell tem que escapar, de novo
Desta vez, você assume o papel de, adivinha só, Russell mais uma vez, que foi preso por sabe-se lá o quê. Os caras queriam transformá-lo em escravo. A história não traz nada interessante, nem se preocupa em oferecer qualquer profundidade para prender o jogador. Deixando isso de lado, seu objetivo é escapar do local, assim como nas versões anteriores da série.
Você vaga pelo ambiente, usa o terrível sistema de mira para abater inimigos com diversos tipos de armas, atira em travas de portas, abre portas ao ativar alavancas ou simplesmente empurrá-las, e puxa mais alavancas para ativar mecanismos que permitem seguir em frente. E tudo isso num labirinto chatão de salas. Há um nível decente de verticalidade, já que é possível pular obstáculos e subir em caixas, mas isso não ajuda em nada o fato de que você está sempre fazendo as mesmas coisas.
Mais do mesmo, de novo
De vez em quando, você encontrará batalhas contra chefes, nas quais precisa derrotar inimigos mais fortes. Portanto, é bom economizar munição e outros equipamentos, como granadas, para esses momentos. Aliás, armamentos aqui não fazem muito sentido, já que uma shotgun pode ser usada de bem longe. Além disso, é possível personalizar ligeiramente o protagonista com alguns itens cosméticos, mas é só isso.
Desde o início, a série Slaughter tentou imitar Resident Evil 6 e jogos semelhantes, adicionando a famosa câmera sobre o ombro e o movimento em terceira pessoa. Para ser honesto, ainda sinto um pouco das vibrações de Resident Evil 5 e 6, mas jogar o mesmo jogo ao longo dos anos é desconcertante. Além disso, os controles ainda são ruins, assim como no jogo anterior, sem mencionar o vai e vem constante que você precisa encarar, o que torna a experiência geral uma repetição horrível.
Estou farto de Slaughter
A série Slaughter tem sido a mesma coisa ao longo dos anos, e preciso dizer que cansei dela. Ray Spark reciclou o mesmo jogo inúmeras vezes. Embora ele tente trazer alguma novidade aqui e ali, é muito claro que você está sempre jogando o mesmo jogo. Infelizmente, não posso recomendar um produto tão preguiçoso como este. Se você gosta da era pós-moderna de Resident Evil ou de jogos de tiro em terceira pessoa, procure em outro lugar, mas não aqui.
Cópia de Switch cedida pelos produtores