Suicide Squad: Kill the Justice League (ou Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça) passou por um desenvolvimento de cerca de 7 anos e finalmente foi lançado após muitas polêmicas e a fase beta aberta que foi habilitada. No último acesso público que as pessoas tiveram ao jogo, o estado do produto final foi seriamente comprometido por uma série de más práticas de game design, que infelizmente foram mantidas no lançamento.
Desenvolvimento: Warner Bros. Games
Distribuição: Warner Bros. Games
Jogadores: 1-4 (online)
Gênero: Ação, Aventura, Tiro
Classificação: 16 anos
Português: Dublagem, legendas e interface
Plataformas: Xbox Series X|S, PS5, PC
Duração: 11 horas (campanha)/41 horas (100%)
Unidos por um interesse em comum
Metropolis, a cidade icônica, está sob invasão do vilão extraterrestre Brainiac. No entanto, há um detalhe: membros da Liga da Justiça caíram sob o controle dele, transformando-os em adversários implacáveis. A missão do Esquadrão Suicida é derrubar os membros da Liga da Justiça controlados mentalmente e salvar a cidade da iminente destruição. Tudo isso acontece depois dos quatro serem chantageados por Amanda Waller, que injetou uma substância no corpo deles.
Enquanto eles navegam por Metropolis, o Esquadrão enfrenta batalhas intensas, desvenda segredos e lida com seus próprios passados sombrios. O destino do mundo é o que está em jogo, e o quarteto deve decidir se abraça sua natureza vilanesca ou se eleva acima dela pelo “bem” maior.
Suicide Squad: Kill the Justice League gira em torno de um tipo de jogabilidade para quatro jogadores, na qual você se une a mais três amigos (online, apenas) e elimina todos os inimigos à sua frente. O game promete uma jogabilidade emocionante, diálogos espirituosos e alianças inesperadas à medida que os jogadores alternam entre os quatro membros do Esquadrão, cada um com habilidades e estilos de jogo únicos.
No entanto, a experiência geral é essencialmente um jogo como serviço, o que significa que o game design e a estrutura como um todo foram criados com atualizações a longo prazo em mente – ou a curto prazo, dependendo de como os usuários se mantêm engajados ao longo dos anos ou, mais provável, meses. A primeira grande atualização é a introdução de Coringa como personagem jogável.
Diferente jogabilidade, mas a mesma sensação
Em suma, a jogabilidade tem um estilo diferente para cada personagem, embora, no final, todos pareçam resultar na mesma coisa. Harley Quinn é como o personagem Homem-Aranha aqui, e uma boa escolha para quem quer correr e atirar, além de balançar por aí. Ela prefere armas com uma taxa de disparo mais rápida, empunhando armas pesadas e submetralhadoras, além de também poder usar tiros explosivos de sua pistola para maximizar o dano em alvos. Sua habilidade de travessia única reaproveita a tecnologia do Batman, permitindo que ela use seu gancho para se mover rapidamente até um Bat-Drone móvel que a segue.
Deadshot, o atirador de elite com superpoderes, possui força imensa para saltar de um lugar para outro. Ele pode dar um impulso no ar, mas não consegue ficar suspenso como Harley Quinn. Sua força bruta permite que ele se lance como uma bala de canhão nos inimigos de cima, além de que seu jetpack adiciona alguns impulsos para chegar mais longe.
King Shark, com sua força formidável e monstruosa, possui habilidades tanto para combate de curto quanto de médio alcance, que funcionam bem com seu estilo de movimentação. Ele pode causar danos significativos se jogado com maestria. Suas granadas e outras armas de fogo são eficazes a distância, e posteriormente, ele pode entrar em combate com ataques corpo a corpo poderosos. Ele definitivamente lembra o Hulk, pois King Shark se move de forma desajeitada, destruindo (visualmente) o ambiente ao seu redor. De longe, é o personagem mais legal de se jogar por causa de seus aspectos visuais e pulo bastante alto com uma forma de socar o chão na queda.
Capitão Bumerangue, o mestre dos bumerangues, traz uma ideia única para o combate. Seus bumerangues podem ser usados tanto para ataques à distância quanto para teleporte, lembrando os poderes do Flash. Ele é ágil, capaz de lançar bumerangues para criar aberturas ou escapar de situações difíceis. Seus talentos podem aumentar o potencial destrutivo de sua arma, transformando-as em algo letal. Se quer agilidade, ele é o personagem indicado.
Árvore de habilidades e recompensas
Todos os personagens possuem uma árvore de habilidades que pode ser desenvolvida à medida que você avança. No entanto, todas elas parecem ser semelhantes, mesmo que a animação seja diferente. Quero dizer, os efeitos são basicamente iguais, com diferentes aspectos em termos de estética. Isso é uma grande decepção, porque você não sente nada necessariamente único ao escolher um personagem específico, já que o resultado final será o mesmo: correr e atirar, coletar escudos e evoluir.
Além disso, há momentos em que temos muitos elementos na tela (não estou falando do HUD), e a agitação do combate com superlotação e muvuca leva o jogador à confusão e preocupação com muitas coisas ao mesmo tempo. Ademais, as missões concedem armas novas para os personagens, além de skins serem obtidas comprando com dinheiro real ou avançando no game. Nem todas podem ser adquiridas apenas jogando.
Existem algumas cenas marcantes aqui e ali, como o Museu do Batman, onde você precisa atravessar todo o local e ser atingido por inimigos de propósito, porque é assim que o jogo foi projetado. No mais, as cutscenes aparecem quase que o tempo todo, tornando o jogo um tanto sobrecarregado com essas conversas entre os quatro personagens – mas admito que algumas interações são bastante engraçadas de assistir. Por fim, você precisa estar sempre online, então se os servidores ficarem desligados ou forem encerrados de vez, já viu.
Não é o jogo que todos esperavam
Tendo jogado recentemente o Arkham Knights, devo dizer que Suicide Squad é bastante semelhante a ele como produto, porém, apresentando zonas mais confinadas e um sistema de escolha mais limitado. De maneira geral, os quatro personagens e suas habilidades e estilos de jogo “únicos” não são suficientes para sustentar toda a experiência absurdamente repetitiva, tornando Suicide Squad: Kill the Justice League uma escolha questionável ao ser incluído na categoria de jogos como serviço. Eu teria preferido uma experiência única, como a série do Batman ou algo do gênero, com menos repetição em termos de mecânica e jogabilidade. Aqui, basicamente estamos fazendo as mesmas coisas sem parar, o que mesmo com amigos é decepcionante e leva à saturação rapidamente.
Cópia de Xbox Series X|S cedida pelos produtores
Suicide Squad: Kill the Justice League
Prós
- Cutscenes e interações são engraçadas
- Jogabilidade de tiro é bem feita
- Também temos ataque corpo-a-corpo
- Tem online para até 4 pessoas
Contras
- Repetitivo ao extremo
- Mundo "aberto" sem graça
- Andar por aí é maçante demais
- Mecânica de coletar escudo não faz sentido algum
- Precisa estar sempre online pra jogar