World's End Club Capa

Review World’s End Club (Switch) – Avante, Go-Getters

O que começou como um divertido passeio escolar de um grupo de crianças do ensino fundamental, deu início a uma incrível aventura em que os laços de amizade e a coragem, para se fazer o que é certo, serão testados a cada nova etapa.. Vença o jogo de eliminação e descubra a mente por trás de toda a encrenca em que Reycho e seus amigos entraram.

Será que um dia eles conseguirão voltar à superfície?  O que deu origem à estranha explosão que originou o acidente com o ônibus escolar? O mundo estaria do mesmo jeito quando os pequenos heróis conseguissem voltar? Vem conferir tudo isso comigo nessa em World’s End Club.

Desenvolvimento: IzanagiGames
Distribuição: NIS America
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Aventura, Plataforma, Ação
Classificação: 12 anos
Português: Legendas e Interface
Plataformas: Switch, iOS
Duração: 9.5 horas (campanha)/13 horas (100%)

Conhecendo a sua equipe

Go-Getters

Reycho, Vanilla, Kansai, Chuko, Mowchan, Nyoro, Aniki, Pai, Tattsun, Pochi e Jennu formam o Clube Go-Getters, amigos que prometeram nunca abandonar um ao outro, sempre superando todos os obstáculos unidos. Reycho é aquele amigo ponderado sempre disposto a ouvir todos os lados e a ajudar, já Vanilla é a típica cabeça de vento presente em todo grupo de amigos – suas falas são realmente sem importância ou haveria algum segredo por trás?

Kansai é um obstinado jogador de beisebol que deseja provar, a uma pessoa muito querida de seu passado, que tem o que é necessário para ser um líder. Chuko possui um pavio curto, mas tem uma quedinha por um certo atleta do grupo. Mowchan adora comer, e sabe tudo sobre as comidas típicas de cada região do Japão. 

Personagens carismáticos

Nyoro pode parecer uma garota preocupada apenas com sua beleza, mas sua inteligência é tão grande quanto a importância que dá a sua aparência. Ela é filha de um renomado cientista. Aniki é o anti social, e sempre tenta não demonstrar muito apreço pelos seus colegas por se culpar de um evento no passado que acha ser sua culpa. Pai é a mãezona, e faz de tudo para ver todos felizes e se dando bem. Tattsun tem amor por seguir as regras, chegando até a se sentir mal quando precisa quebrar alguma. Pochi é um menino calado que só quer ficar jogando seu portátil de boas. Já Jennu gostaria de entrar em uma grande companhia artística no futuro, sendo tão incrível quanto sua irmã.

As características, desejos e motivações descritas acima são o norte de cada personagem, porém, durante a história eles agem de forma mais orgânica, fazendo com que se tornem mais tangíveis e detentores de camadas. Apesar do elenco bem inflamado, existe espaço para cada um deles brilhar, fazendo com que o jogador entenda um pouco mais do personagem ao longo do seu desenvolvimento. Não desista de algum deles caso lhe pareça um pouco intragável no começo, pois após conhecer cada meandro de suas histórias, com certeza, você vai acabar se afeiçoando por todos.

Escolha seu caminho, sem medo de voltar

Mapa

A narrativa acontece de forma assimétrica, porém obedecendo um sistema de fases. Elas existem em três tipos: Act, Story e Camp. A primeira se refere à gameplay em si, que obedece ao sistema de plataforma. Interaja com itens, colete figurinhas para seu álbum e supere inimigos que ameaçam a sua equipe. Cada personagem possui uma habilidade em específico e você deve prosseguir no desafio utilizando apenas ela. Existem momentos nos quais você poderá controlar mais de um personagem por fase, mas será apenas em alguns específicos – e um de cada vez.

Story, como o próprio nome diz, desenrola os fatos e por vezes permite escolhas que irão impactar por qual caminho sua equipe irá seguir. Aqui sua decisão realmente impacta o seu futuro, porém, existiram momentos que, para prosseguir, o jogo irá requisitar que você revisite fatos passados, escolhendo outros caminhos para adquirir informações as quais seu personagem deve lembrar no “futuro” para seguir com a história. Não estava acostumado com games que possuíssem essa liberdade narrativa tão grande e achei um ponto realmente positivo, sem que seu personagem saiba de fatos que nem nunca vivenciou.

Jogabilidade fraca

Existem momentos entre as fases de Act e Story conhecidas como Camp. Nelas, você poderá dialogar com os membros da sua equipe, podendo conhecer mais um pouco deles  e saber como os acontecimentos mais recentes estão impactando seus psicológicos. Essas conversas revelam curiosidades e pequenos sinais de como a narrativa irá se desenrolar e, caso esteja engajado na história, recomendo “perder” um pouco de tempo aqui.

Nem tudo é um passeio no parque

Apesar das inúmeras qualidades narrativas, World’s End Club peca demais na jogabilidade. Os trechos de ação são bem simples, porém os comandos demoram a responder e o fato do seu personagem morrer com apenas um hit não ajuda muito. Não será raro se ver irritado por estar preso em uma fase até acertar o tempo correto de como acertar o inimigo, levando em conta a resposta lenta dos comandos.

Chega a ser um péssimo contraste com a narrativa tão bacana que o jogo possui, fazendo com que você só veja as fases com gameplay com um empecilho entre você e a história. Apesar de não ser um grande amante de RPG por turno, creio que esse tipo de jogabilidade casaria melhor com a proposta, e as batalhas contra os chefes se tornariam realmente épicas.

Portanto, se uma gameplay fraca impedir você de se divertir World’s End Club, sugiro esperar uma promoção na qual ele esteja com um preço mais convidativo. Caso contrário, vá sem medo ajudar os carismáticos integrantes do Clube Go-Getters.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

World's End Club

8

Nota final

8.0/10

Prós

  • Direção de arte
  • Narrativa
  • Personagens

Contras

  • Comandos não responsivos
  • Sistema de combate