Os canadenses do estúdio Tom Banner, depois de quase uma década, nos entregam a sequência de Chivalry: Medieval Warfare, um conceituado game de combate medieval em primeira pessoa. t Tendo saído de um mod de Half Life 2, ele conseguiu um certo holofote ao ser lançado em 2012 e fez a alegria de muitas pessoas.
Anunciado em 2019, Chivalry 2, a sequência do primeiro simulador de combates na idade média, chegou nesta metade do ano. Com seu humor negro e muito sangue, o jogo entra na arena com combates mais agradáveis e técnicos, numa boa investida para superar o primeiro título da série.
Desenvolvimento: Tom Banner
Distribuição: Deep Silver
Jogadores: 1 (local) e 1-64 (online)
Gênero: Ação, Aventura
Classificação: 18 anos
Português: Legendas e interface
Plataforma: Xbox One, Xbox Series X/S, PS4, PS5, PC
Duração: Sem registros
Uma visão dos campos de batalha
O segundo Chivalry se difere em algumas coisas do seu antecessor, mas a premissa é a mesma – e não podemos negar que é interessante. A obra traz algo diferente, ele não é como Warbanner, no qual temos a possibilidade de controlar nossas tropas durante os combates, e tampouco se parece com exagerados jogos do gênero musou – nada de heróis super poderosos aqui. Chivalry 2 nos catapulta para intensos combates fictícios da idade média, batalhas nas quais podemos defender o Reino de Aghata ou Ordem Mason em situações diversas e repletas de ação.
Apesar de ser um título que se vende como arcade face aos concorrentes como Mordhau, em Chivalry 2 encarnamos combatentes comuns usando golpes que se aproximam da realidade e armas que existem no mundo real, lutando contra outros comuns e outros jogadores ordinários, e isso faz do campo de batalha um lugar divertido e bagunçado. A bagunça das pelejas com certeza existiam nos séculos XI, já a diversão eu acredito que temos apenas nos games.
O game nos dá uma espécie de história fictícia, que é pouco convincente como desculpa para nos colocar no meio dos enormes confrontos entre as facções que lutam pelo poder daquela terra, baseada na Europa da baixa idade média. Com esse mundo em guerra mergulhado no medievalismo, Chivalry 2 nos dá batalhas enormes, onde vemos as grandes influencias de obras populares como Game of Thrones e Senhor dos Anéis.
Entrando na arena
De início, Chivalry 2 já nos coloca num tutorial muito bem feito e bem humorado, lá aprendemos tudo que nos será útil nas batalhas multiplayer. No tutorial aprendemos a mudar a câmera de primeira pessoa para terceira pessoa, os diversos golpes que podemos utilizar nas variadas situações de luta, e também tomamos conhecimento de como esquivar e defender – movimentos importantes no game.
Infelizmente o tutorial só é focado na espada longa, e não podemos fazê-lo usando armas de haste ou arco e flecha e isso acaba sendo uma limitação aos que pretendem jogar com outras classes de guerreiros que utilizam outros equipamentos e armas.
Apesar disso, é possível treinar de forma menos organizada no treino offline,, e nele lutamos apenas contra bots e nossos companheiros que são controlados pela AI. E para aqueles mais hardcore que querem aprender no “mundo real”, também é super possível, apesar de fazer falta um tutorial com mais armas além do “espadão”. Chivalry 2 não tem uma curva de aprendizagem difícil, e uma horinha após começar o game é bem possível estar nas partidas multiplayer cortando cabeças e conquistando bases inimigas.
Caminhos de guerra
Chivalry 2 possui três modos de jogo que variam de 40 a 64 jogadores, e a maneira mais casual de jogar talvez seja no clássico Team Deathmatch. Nele, as duas equipes (Reino de Aghata e Ordem Mason) se digladiam numa arena muito que lembra as áreas de justas medievais, e este parece ser o jeito mais casual de jogar Chivalry 2, com partidas mais rápidas. Diferentemente do modo principal, em que cada equipe tem meia dúzia de objetivos para cumprir e conseguir a vitória.
Nessas possibilidades que o título nos oferece, podemos usar combatentes de diferentes classes, cada uma com sua utilidade durante as pelejas: os arqueiros têm mais facilidade em combates a distância, a cavalaria conta com armas pesadas e consegue lidar bem recebendo mais dano e os combatentes da infantaria, concedendo um bom suporte aos companheiros durante o choque dos escudos.
Quanto mais jogamos com uma classe, mais a evoluímos e assim podemos ganhar mais afinidade com a arma que usamos e desbloquear subclasses. No fim de cada combate recebemos uma quantia em experiência e ouro, e isso nos dá oportunidades de comprar itens cosméticos na Armeria, local do jogo onde podemos customizar nossos guerreiros. Apesar de não termos tantas opções de customização no físico, o número de armas é algo de fazer cair o queixo dos mais aficionados nesses assuntos. Existem muitas possibilidades para dar uma variada nos seus combatentes, e isso sem dúvida é um ponto alto da obra.
A cavalaria chegou?
Apostando em algo mais sóbrio do que o seu antecessor, e ao mesmo tempo mais arcade que os concorrentes, com uma gameplay deliciosa e satisfatória, Chivalry II chega como um exército firme para a batalha. Através de mapas feitos com esmero, combates interessantes e uma proposta muito legal, a sequência chega promissora e divertida.
Não sabemos como o futuro do game se desenrolará com updates que tragam novos conteúdos e se isso vai fazer comunidade ativa, mas o que podemos falar por agora é que Chivalry II é divertido, descompromissado e bem feito, mesmo sofrendo com falta de players, apresentando alguns bugs e problemas nos servidores. Chivalry 2 é ótimo e tem potencial para ser ainda mais. O segundo game da série é um grande parque de diversões para os amantes do tema, e deve ser testado por todos se possível. Por fim, Chivalry 2 tem bastante chances de conquistar bases no coração de muitos jogadores.
Cópia de Xbox Series X/S cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong
Chivalry 2
Prós
- Jogabilidade divertida
- Ótimos e variados mapas
- Atmosfera e ambientação
- Cross-play entre consoles e PC
Contras
- Problemas de server
- Falta de players
- Eventuais bugs
