Police Shootout tenta ser uma experiência ousada, com uma proposta que mistura estratégia por turnos, ação e escolhas morais. O jogo tem seus momentos, mas também tropeça em falhas que podem testar até os jogadores mais pacientes.
Desenvolvimento: Games Incubator
Distribuição: Ultimate Games S.A.
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, aventura, simulação
Classificação: 16 anos (violência, drogas, linguagem imprópria)
Português: Interface e legendas
Plataformas: PC, PS5, Xbox Series X|S
Scott Price e sua cruzada em San Adrino

Você assume o papel de Scott Price, um policial novato tentando fazer a diferença em uma cidade que parece ter saído de um pesadelo policial. Com crimes brotando em cada esquina e mistérios pendurados em cada poste, sua missão de encontrar o irmão desaparecido tenta adicionar drama ao caos.
Os diálogos? Bem, digamos que eles tentam soar profundos, mas parecem escritos por alguém que dormiu na aula de roteiro. E o final? Prepare-se para uma reviravolta que você já viu chegando a quilômetros de distância. Mas, olha, créditos por pelo menos tentar entregar um enredo com camadas. Intenção houve, execução que é bom… nem tanto.
Mecânicas que desafiam… sua paciência

Police Shootout tenta ser diferente, e nisso ele consegue. Esqueça tiroteios frenéticos comuns aos FPS, aqui o negócio é planejar cada passo como se fosse a última jogada num jogo de xadrez. Cada movimento é planejado, cada ação é medida. Parece interessante, certo? Bom, na teoria, sim. Na prática… prepare-se para arrancar alguns cabelos.
A ideia de balancear combate e negociação é legal. Você pode tentar resolver as coisas no papo (boa sorte com isso), ou ir direto para o tiroteio. Só que o sistema de combate baseado em quick time events apresenta aquele tipo de mecânica que ri na sua cara quando você erra um tiro absurdamente fácil. Os controles desajeitados e as falhas nas mecânicas te deixam mais irritado do que empolgado.
San Adrino pede socorro

Visualmente, Police Shootout parece um jogo preso na geração passada. A cidade de San Adrino tem personalidade? Talvez no papel. Na tela, ela parece a versão beta de um mundo aberto que nunca foi terminado. Bugs visuais aqui e ali são a cereja no bolo, mas, pelo menos, nada que realmente destrua a experiência – só te faça suspirar de frustração.
Agora, o áudio… Ah, o áudio. Dublagem? Passável. Trilha sonora? Insossa, como sopa sem sal. Para um jogo que quer te deixar tenso e imerso, a falta de impacto do som é quase uma ironia.
Pelo menos, o básico funciona

Se tem um ponto em que o jogo não desmorona completamente, é na performance. Police Shootout até roda direitinho e sem grandes travamentos, mas os bugs menores ainda aparecem, só pra lembrar que você está jogando um título indie. Se objetos flutuando e colisões estranhas são o seu tipo de diversão, você está no lugar certo.
O sistema de progressão até tenta ser interessante, mas acaba parecendo uma promessa vazia. Você melhora suas capacidades de negociação, furtividade e combate, mas sente que está montando um sanduíche com pouquíssimos ingredientes. Funciona? Sim. Empolga? Nem um pouco.
Conclusão
Police Shootout é um jogo que tem boas intenções. Ele tenta misturar estratégia e ação com escolhas morais, mas acaba sendo mais frustrante do que inovador. Se você curte jogos diferentes e tem paciência para falhas irritantes, talvez valha a pena dar uma chance. Caso contrário, é melhor esperar por uma sequência que, quem sabe, transforme o conceito em algo realmente marcante. Por enquanto, é só mais um que ficou no “quase lá”.
Cópia de Xbox Series X|S cedidas pelos produtores
Revisão: Júlio Pinheiro