Criado por uma pequena equipe independente, Pneumata é um jogo de terror inspirado em clássicos modernos como Resident Evil 7 e Outlast. O game da Deadbolt Interactive oferece uma experiência promissora e está programado para sair no meio deste ano. Mas antes desse lançamento, a Perp Games, editora do título, está distribuindo uma versão prévia para a imprensa, na qual o Jogando Casualmente teve a oportunidade de testar.
Desenvolvimento: Deadbolt Interactive
Distribuição: Perp Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Terror
Classificação: 14 anos
Português: Não
Plataformas: PC, Xbox Series X|S, PS5
Duração: Sem registros
Um complexo prisional
Durando cerca de uma hora, a demo começa um pouco depois da metade da campanha, colocando o jogador para explorar um centro de detenção do asilo de uma cidade norte-americana, sem muitas explicações sobre sua trama. É necessário adentrar as celas e salas de segurança desse local para achar dinamite e explodir uma das saídas da cadeia para chegar até um hospital.
O mapa é repleto de quebra-cabeças, daqueles que não exigem apenas a leitura, mas também a anotação de informações para evitar esquecê-las e se perder no meio do caos. O título exige muita atenção, pois, caso contrário, a experiência será frustrante e cansativa. É vital saber exatamente o que fazer enquanto se explora o mapa, uma vez que o backtracking é uma parte essencial de Pneumata.
Pelo menos nessa prisão, o design de fases é excelente e completamente interconectado, com objetivos que nunca estão em lugares óbvios ou próximos uns dos outros. Um exemplo disso é uma fase em que é necessário retornar a um banheiro para anotar os números desenhados nos mictórios. Em seguida, é preciso coletar um documento com a ordem correta desses números para ir a um terceiro local e inserir a combinação numa porta protegida por uma senha. Essa filosofia de design é o survival horror em seu estado mais puro.
Combate lento, mas com muitos inimigos
A gameplay é lenta, mas, nessa prévia, os responsáveis quiseram dar uma ideia de como será o sistema de combate do jogo. Há muito mais inimigos do que na versão final, mas essa alta quantidade de ameaças não se encaixa com a proposta de um survival horror cadenciado – certamente, essa não foi uma das melhores ideias.
Alguns confrontos são até maçantes devido à quantidade excessiva de dano infligido pelos inimigos, mesmo na dificuldade normal. Certos adversários deixam surpresas fatais quando morrem, como explosivos que são acionados quando o jogador se aproxima deles, levando o personagem principal a morrer aleatoriamente. Isso tira a graça das mecânicas de combate, que, ainda assim, são bem completas. Em adição as armas e tacos, o protagonista também pode usar suas mãos para se defender, como Ethan em Resident Evil 7.
Além de aprimoramentos na inteligência artificial dos oponentes, uma das promessas para a versão finalizada é justamente um foco menor nessa ação em favor de mais opções furtivas. Jogos de terror de sobrevivência costumam ser bastantes abertos para que os jogadores decidam como lidar com as ameaças, então uma mudança como essa será bem-vinda para Pneumata.
No entanto, esse é o único ponto em que Pneumata deixa a desejar. Tudo que faz com que um jogo seja um bom survival horror está presente aqui, incluindo um gerenciamento de itens com um inventário pequeno, além dos salvamentos manuais em salas de descanso e uma atmosfera medonha. O aspecto sonoro cria uma sensação de que há sempre algo perseguindo o personagem principal, resultando em sustos provenientes de criaturas que surgem do nada. Todos os momentos dessa prévia proporcionam uma energia tão intrigante quanto desconfortável que é sensacional.
Interessante
É claro que um indie será sempre mais limitado que uma grande produção AAA, mas Pneumata já se mostra ser uma experiência bastante interessante para os fãs de Resident Evil 7 em particular – especialmente porque a franquia da Capcom seguiu uma direção oposta no RE8. Vale a pena prestar atenção nesse jogo, cujo lançamento está planejado entre junho e setembro de 2024 para os jogadores de PC, PlayStation 5, Xbox Series X|S e até plataformas de realidade virtual.
Cópia de PC cedida pelos produtores
Revisão: Ailton Bueno