Atelier é uma franquia já bastante antiga. Em quase todos os jogos há uma protagonista que parte em uma grande aventura, juntando itens para realizar grandes alquimias, fazendo amigos, e explorando um grande mundo. Atelier Sophie 2: The Alchemist of the Mysterious Dream traz de volta Sophie e Plachta, em um dos melhores títulos já produzidos da franquia até hoje.
Desenvolvimento: Gust
Distribuição: Koei Tecmo
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG
Classificação: 12 anos
Português: Não
Plataformas: PS4, PS5, PC, Nintendo Switch
Duração: Sem registros
O mundo dos sonhos
Sophie e Plachta seguem sua jornada. Juntas elas procuram uma árvore que Plachta viu em seus sonhos e precisava encontrar de qualquer jeito. Elas caminham até encontrar a árvore vista nos sonhos: um espécime muito grande com um grande cristal no meio. Juntas, elas ficam admirando a beleza do local, quando um buraco negro aparece e começa a sugar Plachta para dentro. Sophie não quer perder sua amiga de jeito algum e faz de tudo para segurá-la, mas ambas acabam entrando naquele vórtex.
Sophie então acorda em um outro mundo e é encontrada por Alette, que a leva para a loja de Pirka. Quando acorda, ela percebe que não está mais na companhia de Plachta. Nossa protagonista explica o que aconteceu, e que gostaria muito de encontrar sua amiga perdida. Alette e Pirka nos contam que aquele mundo se chama Erde Wiege, e é uma criação de Elvira, que tem o poder de trazer pessoas de diferentes tempos para morar em seu mundo.
Erde Wiege recebe todos aqueles que Elvira considera interessantes, e mais do que isso: todos ficam ali até realizar os sonhos de suas vidas. Para que isso aconteça, ninguém envelhece, e todos podem aprender tudo o que quiserem. É nessa premissa que a história de Atelier Sophie 2: The Alchemist of the Mysterious Dream se desenrola.
O mundo é maravilhoso e cheio de detalhes. A vegetação é farta, com rios, lagos, florestas e muitos mais detalhes prontos para serem explorados. Ainda há como controlar o tempo, e isso afeta diretamente o mapa. Exemplo: caso o sol seja ativado, os lagos e rios secam, aumentando ainda mais a parte exploratória, e por aí vai.
Os objetos a serem recolhidos para serem usados durante a alquimia são bem visíveis, com uma espécie de brilho no entorno de cada um deles, seja uma planta, pedra, ovo de animal e por aí vai. Quando há um ponto maior, com um dos minigames, eles são visíveis no mapa.
Esses minigames são vistos em pontos de obtenção de itens diferentes, como pesca, mineração de pedras, corte de plantas, e etc. Com eles é possível aumentar a quantidade de itens obtidos, a qualidade, ganhar dinheiro, entre outros.
Durante minha jornada, andar por aí obtendo itens foi a parte mais divertida. Graças aos cenários belíssimos, ficar andando de um lado para o outro não era nenhum sacrifício. Isso ajudava também a descobrir novas fórmulas de alquimia, que também é uma das partes mais divertidas de Atelier Sophie 2: The Alchemist of the Mysterious Dream.
A troca equivalente
Uma das principais características dos jogos da franquia Atelier é a alquimia. Aqui trocamos alguns itens por outros. E isso move completamente o desenrolar da história. Como esse é o segundo título trazendo Sophie como protagonista, ela já possui o conhecimento de alguns itens.
Sophie consegue aprender novas receitas, por assim dizer, ao recolher itens espalhados pelo mundo, ou então ao transmutar determinado item. Tudo varia de acordo com o nível de alquimia da personagem. Ela pode criar muita coisa: panos, peças de ferro, armas, armaduras, poções, itens de ataque e muito mais. Depois que Plachta começa a transmutar também, alguns itens ficam exclusivos para cada uma delas.
Ao selecionar os itens para fazer a transmutação, cada um deles dá um tipo de combinação diferente, em uma das várias opções disponíveis, como vento, gelo, fogo, trovão e luz. Elas nos dão estrelas e quadrados, e quando combinados aumentam ainda mais os bônus que o item a ser criado terá. Muitas das vezes é fácil perder vários minutos criando as melhores combinações. Isso é extremamente importante na hora de criar armas e equipamentos, já que podemos deixá-los muito mais fortes.
Turnos e mais turnos
Uma das melhores coisas de Atelier Sophie 2: The Alchemist of the Mysterious Dream é o seu ótimo combate por turnos. A ação acontece numa espécie de fila, na qual podemos checar quem dará o próximo movimento. Podendo verificar qual será sua posição ao designar determinada ação.
Com o desenrolar da aventura, algumas criaturas terão o poder da aura, que pode variar de acordo com o bicho, e dão uma espécie de proteção contra golpes e magias, causando bem menos danos. Contudo, ao quebrar a aura, o personagem responsável pelo movimento ganha mais um turno, e o dano causado nesse momento é muito maior.
Outra coisa muito bacana de se explorar são os ataques em duplas. Além de diminuir e muito o custo de pontos de magia necessários para executar golpes, eles trocam os personagens de lugar, deixando quem estava no banco na ativa, e vice-versa. Por fim, eles aumentam os pontos de afinidades entre os membros do grupo, o que libera algumas cenas e histórias a mais de cada um deles.
Muito além de alquimia
Dos jogos da série Atelier que já tive o prazer de jogar, com certeza Atelier Sophie 2: The Alchemist of the Mysterious Dream é um dos melhores já produzidos até hoje. Explorar esse mundo dos sonhos, batalhar contra criaturas e adquirir itens espalhados por aí é extremamente divertido. Some isso tudo ao fato de o jogo possuir um dos melhores gráficos de anime já feitos até hoje para o PlayStation 4, e se deleite nessa ótima aventura. A falta de uma legenda em português pode afastar um pouco quem gosta de JRPGs, mas nada que um pouco de força de vontade não dê para superar.
Cópia de PS4 cedida pelos produtores
Revisão: Jason Ming Hong