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Review Azurebreak Heroes (Switch) – Mais do mesmo, mas ainda bem divertido

A onda do momento, sem dúvidas, é o Rogue-lite. Procure nos lançamentos da semana de qualquer plataforma, e pelo menos dois serão encontrados. É razoavelmente difícil inovar quando essa onda vira um tsunami – de tantos que são criados. Porém, raramente, mesmo com tantas coisas em comum, alguns conseguem entreter apenas com o básico.

Azurebreak Heroes é um Rogue-lite que não sai do padrão já conhecido, mas consegue entreter por algumas horas. O balanceamento e a dificuldade são os grandes benfeitores para que essa proposta, fadada a repetição, funcione.

Desenvolvimento: Piotr Powroziewicz

Distribuição: Silesia Game

Jogadores: 1 (local)

Gênero: Ação, Aventura, Arcade, RPG

Classificação: 10 anos

Português: Não

Plataformas: PC, Switch

Duração: Sem registros

Heróis de outra dimensão

A humanidade e os demônios não tem um bom relacionamento.

Humanos e demônios não possuem um histórico muito bom de convivência. Em Azurebreak Heroes isso não é tão diferente, a ponto de fazer humanos pedirem ajuda para heróis de outras dimensões. A guerra então pendeu para o lado da humanidade, até os demônios responderem.

Com muita força e ódio, os endiabrados utilizaram do Azure, uma runa mágica muito poderosa, para aprisionar os heróis em uma dimensão chamada Heldia. Agora, enfraquecidos, eles precisam lutar para conseguir fugir e vencer a guerra.

Richie, o rato que só atrapalha.

Como em muitos títulos do subgênero, a história não é um grande atrativo e não fica muito melhor. Além disso, um rato que conhecemos no hub deste mundo nos segue para trazer mais informações sobre Heldia, porém, tudo o que ele consegue é embaralhar mais as coisas. No final, a história vai de simplória para muito complexa, dificultando a compreensão dos eventos.

Poderes demais e balanceamento

Muitos poderes que facilitam a vida do herói.

Os heróis enfraquecidos em Azurebreak Heroes precisam de esteroides para conseguirem fugir de Heldia, e para isso existem os poderes rúnicos. Demônios, monstros e caixas escondem livros com esses poderes, e há três níveis deles: azul, amarelo e vermelho. 

O azul é o mais comum, visto que monstros e caixas espalhadas pelo cenário escondem ele. Por outro lado, o amarelo e o vermelho “dropam” apenas de chefes e baús escondidos. Na teoria, os dois últimos deveriam conter os poderes mais fortes, e isso realmente acontece. Porém, como eles são cumulativos, conforme muitos azuis são encontrados, as coisas vão ficando desbalanceadas.

Um exemplo claro é um poder que aumenta muito o dano do herói e também dá roubo de vida (quando ataca recupera vida). De tanto pegar esse poder e um outro que aumenta a armadura e também as curas recebidas, me tornei imortal antes do segundo chefe. Com muita vida, armadura e dano, em dois ataques qualquer inimigo era derrotado – até chefes – e toda vida perdida era recuperada.

Demônios e suas habilidades.

No entanto, surpreendentemente, os inimigos se tornaram muito mais fortes a partir do terceiro chefe, equilibrando bem as coisas. Foi só na terceira tentativa de fugir de Heldia que notei como Azurebreak Heroes é balanceado com a famigerada dificuldade adaptativa. Quanto melhor eu me saia no combate contra os demônios, mais difícil ia ficando, com aumento na quantidade e dano que era sofrido.

Um mundo indiferente

As ambientações não mudam muito.

Heldia não possui muitos lugares bonitos e nem tão variados. A prova disso é que, como de costume em Rogue-lite, há uma mudança nos cenários, mas aqui isso não ocorre. Além disso, todo o percurso é bem linear, não permitindo a escolha de caminhos distintos. Tudo isso torna as coisas mais repetitivas e monótonas.

Em contrapartida, é possível pular cenários e fases sem matar nenhum dos demônios. O pior que pode acontecer é a perda de Azure, a moeda do jogo. Essas runas azuis podem ser utilizadas para aumentar a qualidade de poderes encontrados nos livros e também liberar novos heróis para serem utilizados.

Há 5 heróis para serem desbloqueados no hub.

Quando se trata de variação de combate, Azurebreak Heroes faz bonito. Como há muitos poderes para serem escolhidos e 6 heróis, com cada um possuindo seu estilo próprio de combate, tudo se torna menos repetitivo, Começamos com Blake, que é um herói de fogo com foco na velocidade de ataque, contudo, há outros que atacam à distância ou com muita resistência. Cada um exige a escolha adequada de poderes rúnicos, mas, no final, há sempre uma forma de tornar as coisas facilmente desbalanceadas.

Parquinho de diversões

Azurebreak Heroes não é um poço de inovações, mas, pela forma como se adapta ao estilo de quem joga, ele torna essa escapatória menos entediante. O melhor de tudo são as variedades de poderes que podem ser conquistados, assim como os heróis que podem ser desbloqueados. Esses dois aspectos conseguem fazer da jornada algo dinâmico e diverso. Para aqueles que gostam de experimentar builds e inventar combinações malucas, então esse parquinho é todo seu!

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Azurebreak Heores

7.5

Nota final

7.5/10

Prós

  • Divertido
  • Bem balanceado
  • Múltiplas magias
  • Variedade de heróis

Contras

  • Repetição de cenários
  • História confusa