Pra quem sentia falta do clássico Doom, jogar Doom 64 Remastered foi como voltar aos anos 90 e saborear com dignidade os tempos de glória desse clássico do FPS – ou, melhor dizendo, o pai de todos eles.
Desenvolvimento: ID Software, Night Dive Studios
Distribuição: Bethesda Softworks
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Tiro, Terror, Ação
Classificação: 16 anos
Português: Não
Plataformas: PC, PS4, Xbox One, Switch
Duração: 7 horas (campanha)/11 horas (100%)
Revivendo com estilo

Lançado em 1997 pela deliciosa Midway Games, mas com a ID Software de olho, me recordo do primeiro contato que tive com o DOOM 64 no meu Nintendo 64. Isso ocorreu no ano de 2004, na época mais gostosa do ano para jogar, em minha opinião: o Natal. Se você é nascido nos anos 90, provavelmente gostava muito de jogar com os amigos no sofá tomando aquele nescau extremamente gelado.
Além disso, o natal trazia mais pessoas para minha casa, pois era a época em que meus primos e amigos sempre estavam em casa por estar todos de férias da escola. E nesse tempo aconteciam as melhores jogatinas com a galera, e é aí que nosso querido DOOM 64 entra.
Acabei ganhando o cartucho de presente de Natal após a meia-noite, e me lembro de jogar até às 10h da manhã do mesmo dia, tendo junto a mim meus primos criando teorias insanas sobre o jogo. Certas criações só existiam em nossas cabeças, mas me trazem memórias incríveis.

Reviver Doom 64 Remastered, ainda mais da forma como ele veio, foi uma surpresa repentina e bem maneira pra mim, pois me senti de volta aos tempos de criança, mas com gráficos que ficaram lindos e bastante fiéis à versão original do Nintendo 64.
Vale dizer que também joguei no PC e tive uma experiência muito boa, pois a jogabilidade me encantou muito e eu já tinha jogado o primeiro Doom no PC há tempos – mas não me encheu os olhos. Sua jogabilidade era mais complicada, e nesta versão nova é possível jogar com o mouse para mirar, sem uso de mods como era preciso no Doom clássico.
O que era bom, ficou melhor

Um ponto alto dessa remasterização foi a jogabilidade, a qual está sensacional. Tudo performa de maneira fluida e respondendo muito bem em todos os aspectos.
A versão do Nintendo 64 já era de encher os olhos com a qualidade gráfica para época, mas a remasterização trouxe um visual insano com cores vibrantes e bem definidas, tanto em cenários quanto em relação aos inimigos em geral. Fora isso, foram acrescentados vários detalhes gráficos que deixam os visuais ainda mais lindos.

Essa versão ainda traz um novo capítulo que ocorre após a campanha principal, e agora a já derrotada Mother Demon nos apresenta sua irmã e temos que dar um jeito nela também. A parada mais maneira desse novo capítulo é que ele não parece algo novo ou deslocado, mas sim aparenta ter sido criado lá em 97 e fazer parte da campanha original do game.
A trilha sonora não foi como esperada, pois não apresenta várias riffs de Heavy Metal, mas o tema original continua sensacional como sempre. Os efeitos sonoros, apesar de simples, são umas das marcas do game, além de perfeitas para cada ocasião, e trazem desde barulhos bizarros emitidos pelos inimigos até sons de cada arma que contrastam com a carnificina que o jogo impõe ao longo dos seus 32 níveis.
Tiro certeiro
Para os jogadores das antigas que já conhecem a dificuldade de Doom 64, a remasterização é como um sabor a mais para se deliciar de maneira insana. Já para novos jogadores, isso pode ser motivo de desistência.
Porém, a missão da Night Dive Studios foi concluída com sucesso absoluto, pois mantiveram o jogo na sua raiz de forma categórica e ainda disponibilizaram o game em um preço justo.
Cópia de PC adquirida pelo autor
Revisão: Jason Ming Hong