Capa de Bloodhunt

Review Vampire The Masquerade: Bloodhunt (PC) – O battle royale de sempre, agora com vampiros

Já faz cinco anos desde que Fortnite e Playerunknown’s Battlegrounds tomaram conta do mundo e deram início a febre do battle royale. Desde então, muitas equipes de desenvolvimento viram uma oportunidade de embarcar no popular e lucrativo gênero. A Sharkmob, desenvolvedora sueca que tem a Tencent como proprietária, é uma delas.

Utilizando a propriedade intelectual de World of Darkness, série de jogos de RPG de mesa com um universo conhecido por sua complexidade, o estúdio criou uma combinação inusitada entre elementos vampirescos e mecânicas consagradas dos grandes jogos battle royale.

Em Vampire The Masquerade: Bloodhunt, entramos na pele de vampiros que estão travando uma batalha mortal, sendo necessário ser o último a sobreviver para vencer.

Desenvolvimento: Sharkmob AB

Distribuição: Sharkmob AB

Jogadores: 1 – 45 (online)

Gênero: Tiro, Ação

Classificação: 18 anos

Plataformas: PC, PS5

Português: Interface e dublagem

Duração: Sem registros

Pano de fundo

Lobby em Bloodhunt

Ambientado nas ruas e telhados das noites de Praga, a capital da República Checa, Bloodhunt é situado após o início de uma declaração de caçada de sangue, ordenada após uma reunião entre diferentes facções de vampiros que não terminou bem. Entre uma partida e outra, é possível explorar o lobby e conhecer mais sobre o universo do título, com missões, exploração e conversas com NPCs. Por ser um jogo focado no combate multijogador, Bloodhunt não dá muita atenção para o lado da história. No entanto, a desenvolvedora planeja adicionar mais conteúdo narrativo ao jogo em atualizações futuras, com a chegada de novas temporadas.

A caçada sanguínea

Gameplay em Bloodhunt

45 jogadores – ou 15 times diferentes – nascem em uma área selecionada antes do início da partida, portando nada além de uma pistola. Para sobreviver, é preciso encontrar armamentos, mantimentos e armaduras, que estão espalhados nas ruas e telhados de Praga. O gás, que fecha o mapa, se aproxima lentamente com o passar do tempo, e por consequência força todos os jogadores vivos a se encontrarem para duelar. Quem vence é quem sobrevive. É a fórmula básica do battle royale, consagrada por outros títulos e executada com sucesso por Bloodhunt, sem grandes mudanças ou inovações.

Os jogadores reais não estão a sós em Bloodhunt, pois vários civis ficam perambulando durante as ruas de Praga, no meio de uma batalha mortal. Mas os transeuntes não estão presentes no mundo à toa. Alguns deles são uma fonte de sangue, que dão importantes power ups e vidas adicionais para o jogador. Porém, outros civis marcam presença para incomodar e atrapalhar as batalhas, realizando a segurança de armamentos importantes, e tornando a estratégia e a furtividade habilidades necessárias para sobreviver em Bloodhunt. Durante a jogatina, é um pouco difícil discernir no calor do momento quem são os civis e quem são os verdadeiros inimigos, podendo causar atenção indesejada ao atacar o alvo incorreto.

Se alimentando de um civil em Bloodhunt

Além das fontes humanas de alimentação e da presença de leves adversidades, o que diferencia Bloodhunt de outros jogos battle royale é a movimentação. Utilizando mecânicas simples, responsivas e bem polidas, o jogo em terceira pessoa oferece a possibilidade de escalar paredes e deslizar no chão. O foco na movimentação ágil e rápida, combinado com o level design vertical e a variedade de armamentos, fazem com que as batalhas em Bloodhunt sejam completamente divertidas e viciantes.

Crie e personalize seu vampiro 

Criação de vampiro em Bloodhunt

É possível jogar com sete personagens diferentes, cada um representando um arquétipo e clã distinto. Todos possuem acesso a um arsenal único de poderes e habilidades, úteis para a sobrevivência e para o trabalho em equipe. Os bonecos podem ser personalizados pelo jogador, com um sistema de customização limitado, que incentiva o uso de skins

O passe de batalha possui níveis pagos e gratuitos, liberando recompensas cosméticas a cada subida de nível. Além disso, o jogo traz o mesmo modelo de negócios de Fortnite, uma loja cíclica com itens cosméticos, que ficam disponíveis apenas por tempo limitado. As fichas, necessárias para realizar transações em Bloodhunt, custam de 39 a 399 reais. Não é um preço convidativo.

Loja de Bloodhunt

Ao chegar em determinados níveis, o passe recompensa o jogador com fichas. Porém, conseguir moedas a ponto de ter o suficiente para adquirir itens ou realizar a compra do passe sem ter que abrir a carteira é uma possibilidade que demandará muito tempo.

Juntos, mas nem tanto

Battle Royale em Bloodhunt

Bloodhunt suporta a jogatina entre plataformas, colocando os jogadores de PlayStation 5 e PC juntos na trocação de tiro. Porém, o suporte ao crossplay funciona apenas pelo sistema de matchmaking, sem a possibilidade de poder adicionar amigos de outra plataforma e formar um trio.

Sendo exclusivo temporário de PlayStation 5 para o mercado de consoles, Bloodhunt ficará de fora das plataformas da Microsoft até, pelo menos, outubro de 2023. A exclusividade não faz sentido nenhum, e faz o jogo perder uma boa base de jogadores em potencial por não estar presente no Xbox. Isso pode acabar sendo péssimo para o futuro do produto, já que Bloodhunt é um título que sempre precisa de um alto número de jogadores simultâneos por partida.

Mais um battle royale

Completamente traduzido e dublado em português brasileiro, a combinação que é considerada inusitada por muitos fãs de Vampire The Masquerade funciona, mas não é muito diferente do que é apresentado por seus concorrentes, sendo apenas mais do mesmo. No entanto, o jogo gratuito produzido pela Sharkmob pode acabar sendo uma ótima alternativa àqueles que estão cansados dos outros títulos battle royale e querem conferir algo semelhante, com mecânicas levemente diferentes do usual.

Revisão: Jason Ming Hong

Vampire The Masquerade: Bloodhunt

8

Nota final

8.0/10

Prós

  • Bom combate
  • Gráfico ótimo

Contras

  • Mais do mesmo
  • Monetização cara
  • Crossplay limitado