Bossgard capa

Review Bossgard (Switch) – Arena da destruição

Bossgard é um jogo de arena em que você controla personagens baseados na cultura Viking. Sua jogabilidade tem foco em destruir chefes enquanto conta uma história básica apenas para dar contexto ao jogador, ao mesmo tempo que conta com alguns modos extras para aumentar sua longevidade.

Desenvolvimento: Sand Sailor Studio
Distribuição: Sand Sailor Studio
Jogadores: 1-6 (local e online)
Gênero: Ação, Luta, Multiplayer, Party
Classificação: 10 anos
Português: Não
Plataformas: Switch, PC e PS4
Duração: Sem registro

Um por todos, todos por um

Arenas

No meu principal, a opção Intro funciona como uma espécie de campanha, e devo dizer que é ridiculamente curta ao contar a história de Ragnarok e Valhalla, da cultura nórdica. Com menos de 20 minutos de duração, a “campanha” de Bossgard serve apenas como uma base para entender as mecânicas e se preparar para os outros modos disponíveis na tela inicial.

Como dito, Bossgard tem foco em jogabilidade multiplayer, e o principal objetivo é eliminar o chefe da arena. É possível de jogar em até 5×1, sendo que cinco de um lado são Vikings e do outro existirá o “chefão”, que vem das formas mais bizarras possíveis. Você vai enfrentar desde uma aranha monstruosa até um pedaço de pão gigante e maligno, personagens com design incrivelmente bizarros e únicos.

Mesmo assim, felizmente Bossgard é bem pensado e permite com que os companheiros e o próprio chefe sejam controlados por bots. Existe um elenco de personagens bem bacana e mais alguns para serem liberados com dinheiro adquirido através de vitórias em batalhas, como também nos baús recebidos ao final representando por loot boxes.

Personagens

Há Vikings para todos os gostos, com ataques de curta distância e de longa. Adicionalmente, cada personagem possui uma habilidades única, mas também pode ser acompanhado de uma adicional equipada como perks. Estas skills existem em categorias ofensivas e auxiliares, como super golpes que tiram danos extras de inimigos ou então que revivem aliados em campo.

Algo inesperado em títulos de menor orçamento provavelmente é um modo online, coisa que Bossgard faz com maestria. É possível entrar em salas rapidamente ou então pesquisar por servidores criados. Facilmente conseguimos encontrar pessoas jogando online, ainda mais com a existência de um servidor oficial de Discord criado pela equipe oficial do jogo.

O chefe venceu!

As partidas funcionam sem problemas, sem apresentar qualquer tipo de lag ou input delay. Apenas acho que poderiam ter colocado alguma forma de comunicação interna entre os jogadores, mesmo que tivesse sido algo bem simples como emojis ou mensagens rápidas para se fazer entender.

São vários os tipos de partidas que podem ser criadas, todas tendo em mente o cerne de Vikings contra Chefes. Talvez o modo mais diferenciado seja o PvP de Vikings vs Vikings, em que jogadores se enfrentam na arena enquanto minions surgem para intervir. Todos estas formas de jogo também estão disponíveis para partidas locais no mesmo console para até seis pessoas, portanto você não precisa se sentir obrigado a assinar o online para jogar em mais de uma pessoa.

Uma boa notícia é ser possível receber loot boxes mesmo jogando o modo multiplayer, algo que muitos games erram e transformam a brincadeira em experiências apenas arcade e sem tanto propósito além de diversão superficial que não agrega ao progresso.

Um modo menos importante

Modos de jogo

Ah, por último – e bem menos importante – , Bossgard dispõe ao jogador um modo single player chamado Survival. Aqui, seu objetivo é justamente, bom, sobreviver aos inimigos existentes no mapa, explorar o ambiente e adquirir efeitos temporários dados em shrines. É um modo bem monótono, já que a movimentação e ataques dos personagens são bem travadas e não combinam muito com esse estilo de jogabilidade, na minha opinião. Foi um reaproveitamento que não resultou em algo tão divertido.

Sua missão principal aqui é coletar itens que são adquiridos ao enfrentar inimigos mais fortes – chamados de inimigos Épicos – no mapa, considerados uma espécie de subchefe com vidas e ataques que causam danos acima do comum. Depois de uma quantidade específica, você tem um encontro com o real chefe. Também é possível adquirir itens cosméticos e ouro nas loot boxes ganhadas perdendo ou sobrevivendo à missão. No fim, acaba sendo o modo mais fraco e sem estímulo existente, sem um mapa para guiar quem joga ou qualquer tipo de bússola.

Desbloqueáveis é o que segura

Como Bossgard é um jogo que se sustenta muito pela proposta de arenas num formato party game arcade, e nada mais inteligente do que adicionar desbloqueáveis. Na loja do menu principal, existem várias peças cosméticas para serem compradas com o dinheiro do próprio jogo – felizmente. Além disso, novos personagens e chefes únicos estão à venda, porém exigem uma quantia relativamente exagerada para serem adquiridos. Por isso, pode esperar um grinding por aí, mas deveras recompensador.

Cópia de Switch cedida pelos produtores