Legend of Runersia

Review Brigandine: The Legend of Runersia (Switch) – Complicado, mas pode agradar

Aqui temos um produto que pode atiçar a curiosidade de muitos: um jogo de estratégia por turnos com muitos elementos de RPGs táticos, tendo um cenário de fantasia medieval com muitos toques nipônicos, elaborado pelo escritor dos três primeiros jogos da aclamada franquia Final Fantasy. 

Bringandine: Legend of Runersia é a sequência de um game muito obscuro e, de certa forma, bem conceituado do PS1. Talvez você nunca tenha ouvido falar dessa tal série de RPG de estratégia – e tudo bem -, já que esse tipo de jogo costuma ser bem nichado, de fato. Contudo, é de se admitir que o título que chegou para o Switch traz uma experiência agradável e que não depende de seu antecessor para ser apreciado. 

Desenvolvimento: Matrix Software
Distribuição: Happinet Corporation
Jogadores: 1 (local)
Gênero: RPG, Estratégia 
Classificação: Livre
Português: Não
Plataformas: PS4, PC, Switch
Duração: 26 horas (campanha)/60 horas (100%)

Um cliché que se repetiu muito na história 

"A guerra nunca muda"

Continentes que entram em um turbilhão de guerras pela unificação são marcas da nossa história, e aconteceu isso em várias civilizações, fora que é retratado em várias obras literárias tais como Guerra dos Tronos, os quadrinhos japoneses Kingdom, Trilogia dos Espinhos, e até mesmo jogos como Fire Emblem e Total War. Brigandine nos traz a história de 5 nações e uma tribo que habitam o continente de Runersia, onde existe um poder natural chamado de Mana e está por todos os lugares. Desta energia foram criados os cavaleiros rúnicos, que possuem armaduras super poderosas chamadas brigandine. As nações estavam em paz até que uma guerra explode, e é aí que o jogador entra na história. 

Aqui podemos escolher qual região ou país queremos controlar, cada qual com seu motivo e história para entrar na guerra pelas terras de Runersia. Ao tomarmos as dores de uma nação ou tribo, conheceremos a história do seu herói principal e ao longo da história, e iremos entendendo pouco-a-pouco as relações que estes possuem com seus comandados e com seus inimigos. 

É complicado… 

Batalhas são as pérolas do jogo
É pau, é pedra é o fim do caminho…

Antes de começarmos a aproveitar Brigandine: Legend of Runersia, precisamos com toda certeza jogar todas as etapas do tutorial com bastante atenção. Depois disso, existe outro inimigo a ser vencido: um menu pouco intuitivo, feio, e que parece ter saído dos jogos de RPGs mais obscuros do PS1, como o próprio antecessor de Legend of Runersia.

Mas é como aquele velho ditado “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, pois depois de uma quantidade de turnos, você vai estar familiarizado com o menu horroroso do game e com sua jogabilidade complicada, cabeçuda, porém muito divertida pros fãs do gênero. 

Legend of Runersia é um RPG tático de peso, sem meias palavras, e a estratégia precisa estar na sua cabeça o tempo todo durante a jogatina, e é legal explorar os sistemas do jogo em busca da melhor estratégia para atacar bases, defender fortalezas e expandir o nosso território. 

Os comandantes e as unidades de monstros e seres fantásticos podem mudar de classe num determinado momento. Isso permite que o nosso esquadrão cresça e se torne mais forte depois de atingir um certo nível. Este sistema é de extrema importância, pois às vezes precisamos de um monstro ou classe específica para um cerco ou ataque, e voilá: podemos trocar as classes e definir a nossa estratégia como queremos. 

Táticas complexas fazem parte

As unidades têm diferentes habilidades que podem ser usadas logo após se moverem ou outras que exigem que sejam usadas sem se mover. Existem habilidades mágicas e uma boa variedade de classes. As batalhas tendem a serem longas, mas se você diminuir as forças inimigas o suficiente, elas recuam. Embora as batalhas sejam viciantes e geralmente divertidas, é preciso muito tempo para entrar de cabeça nelas. 

Jogadores de Fire Emblem, Disgaea, FF: Tatics e jogos do tipo vão ter uma certa vantagem e ver similaridades aqui. Aqueles que jogaram Total War, Civilization e até Mount and Blade vão ver coisas semelhantes em Brigandine: tomar castelos, recrutar soldados, jogar por turno, gerenciar certos recursos – especificamente a mana -, tudo isso são coisas que podemos ver em vários desses games. 

O conceito de estratégia 

The Legend of Runersia conta com ilustrações incríveis, o character design é impecável e marcante, as animações durante as batalhas são bem feitas, e a dublagem em japonês é esplêndida e poderosa. Os diálogos são bons e a música é bastante cativante fazendo de Legend of Runersia um excelente RPG de estratégia com todos os elementos clássicos do gênero misturados a boas inovações e ideias que refrescam o estilo do game. O título proporciona uma jogatina equilibrada que combinado ao bom trabalho de escrita torna o jogo um pouco viciante. 

Brigandine: The Legend of Runersia é com certeza um ótimo RPG de estratégia, e é 100% indicado para os fãs do estilo que, agora, podem aproveitar mais uma boa obra do gênero no console da Big N.

Cópia de Switch cedida pelos produtores

Revisão: Jason Ming Hong

Brigandine: Legend of Runersia

8.5

Nota final

8.5/10

Prós

  • Ótimo design de personagens
  • Jogabilidade divertida quando dominada
  • História interessante
  • Boa trilha sonora

Contras

  • Menu de navegação ruim
  • Talvez muito complicado